Sob Meu Controle

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 [...]

Segui na direção do hotel onde estávamos hospedados. No meio do caminho acabei tendo um encontro indesejado, minha paciência estava esgotada, então resolvi o problema rapidamente e voltei para meu trajeto.

Eu havia acabado de chegar ao hotel, mal tinha entrado no quarto e retirando os sapatos quando ouvi a porta se abrir. Vi Zeke entrar no cômodo com uma expressão perdida e ofegante, seu rosto aparentava estar corado e pingos grossos se suor escorriam de sua testa, mas bastou ele colocar os olhos sobre mim para que ajeitasse sua postura, e seu cenho ganhou uma expressão preocupada.

- O que aconteceu? – ele se aproximou depressa, apontando para minhas roupas. Percebi que suas mãos tremiam um pouco – isso é sangue? O que aconteceu? – seu tom de voz alternava tão rápido que eu não conseguia decifrar.

- Eu... Dois idiotas me abordaram no caminho de volta – ele fez careta, e estava prestes a dizer algo, mas eu tomei a dianteira – não os matei, não se preocupe. Dei uma surra de leve só, nem precisei usar minhas habilidades... Eram dois patifes que provavelmente se aproveitavam de mulheres...

- Se você está bem, é o que importa! – dei de ombros. Preferi tentar esvaziar a cabeça tomando um banho – depois se quiser podemos conversar sobre o que você viu – ouvi sua voz antes de fechar a porta do banheiro.

- Não. Não temos..., mas de agora em diante posso começar a te chamar de "Zé buceta" - Ele cerrou os olhos, balançando a cabeça.

- Não queria que tivesse visto aquilo

- Estávamos em um puteiro. Você fez exatamente o que era esperado como um freguês assíduo! 

Fechei a porta e preparei meu banho, já havia separado minhas roupas e toalhas. Quando mergulhei na banheira foi que o primeiro pensamento surgiu na minha cabeça.

"Mas o que estou fazendo? Conversando e brincando com ele desse jeito? "

Foi um mês conturbado, mas que felizmente está chegando ao fim. Amanhã à noite estarei em Paradis, estarei em casa, no meu quarto, junto das pessoas que são especiais para mim, e principalmente, junto ao Levi, que é o mais importante.

Sai do banheiro, vendo uma pequena mesa pronta com chá e alguns petiscos. Zeke fez sinal para que me sentasse e me servisse. Começamos a comer tranquilamente, mas dava para sentir que o clima ainda estava pesado por conta de tê-lo pego desprevenido em um momento íntimo...

- A sua "amiga" me contou algumas coisas ao seu respeito... – puxei assunto despretensiosa e ele me encarou curioso – quer dizer então que você tinha uma namoradinha ou coisa do tipo antes de começar a patrocinar o prostibulo local?! – ele revirou os olhos um pouco irritado.

- é... Foi uma relação longa que não acabou tão bem, mas nós nos damos bem, deixamos os problemas de lado para continuar trabalhando em conjunto.

- é uma soldada de Marley, então? Ou talvez uma guerreira... A portadora do quadrupede?! – minha voz saiu alterada.

- O nome dela é Pieck.

- Macaquinho espertinho! – balancei a cabeça entusiasmada - Só a vi uma vez, mas admito que ela é realmente bonita... O que você fez para ela terminar?

- Por que supõem que fui eu quem fez algo?

- Desembucha!

- há três anos atrás, depois que se recuperou do estrago que você provocou naquele dia, Pieck começou a dizer que desde que nos conhecemos ela teve a impressão de que eu sempre parecia estar mentindo. Isso porque ela se lembrou das coisas que eu disse ao Eren. Pelo que parece aos olhos dela, aquela foi a primeira vez em que fui sincero.

Freedom Wings - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora