Freedom Wings - Levi Ackerman

Salão De Quadros

As duas semanas que tivemos passaram-se rápido, Levi e eu voltamos a nos relacionar como antes, posso dizer que até melhor do que era.

Nas montanhas ocorria um fenômeno óptico muito bonito da natureza, composto de um brilho luminoso no céu noturno, eu conhecia aquilo como aurora. No tempo em que vivi nas montanhas todas as noites ficava observando o céu para presenciar aquele espetáculo.

Nessas duas semanas em que passamos aqui tentei mostrá-la para o capitão. Para um homem que saiu da cidade subterrânea já em sua fazer adulta, eu duvido que Levi já tenha visto algo assim, mas infelizmente não tivemos sorte dessa vez.

Quero mostra a ele o que mais existe nesse mundo, desejo um dia o levar para o outro lado do mar, e assim como eu tive a oportunidade de conhecer o mundo graças ao Zeke, quero dar essa oportunidade ao Levi, mas enquanto não puder o levar para o outro lado do mar, terei que me contentar em mostrar o que existe na ilha.

Recebi quatro mensagens daquele barbudo nesse período, foi complicado esconde-las do capitão, mas no fim tudo deu certo. Como planejado levamos todos os pertences da minha família de volta, guardamos tudo em meu novo escritório, ao poucos aquele cômodo começaria a se parecer mais comigo.

[...]

Há alguns meses, antes da discussão que tive com História, ela me enviou uma carta me fazendo um pedido especial. No tempo em que convivíamos intimamente eu a confessei uma espécie de ritual que criei para me lembrar de todos os membros do reconhecimento desde meu ingresso na tropa.

Como me foi pedido, enviei uma caixa com exatamente duzentos e oito esboços que retratavam cada soldado que se despôs a lutar na retomada da muralha Maria. Meus desenhos seriam usados de base para a criação dos quadros do memorial. Depois de algumas semanas ouve aquela discussão entre a rainha e eu, achei que depois daquilo essa história de memorial estaria encerrada, mas estava engana, meses depois fui chamada a comparecer em Sina.

Aparentemente faltava o esboço de um soldado, o meu. Não sou do tipo narcisista, nunca passou pela minha cabeça me auto desenhar, então de certa forma já sabia que isso aconteceria. Ao todo foram seis horas que precisei passar imóvel para que o tal artista fizesse um simples esboço. Meses se passaram desde aquilo. Meus desenhos foram devolvidos como prometido.

E enfim o dia da inauguração do memorial chegou. Hange fez questão que todos nós estivéssemos lá durante o discurso da rainha. Havia uma multidão extasiada do lado de fora, a preferencia foi dada aos familiares e amigos mais próximos dos heróis de shinganshina , e com o passar dos dias o salão seria aberto ao público, seria uma das poucas vezes que os cidadãos poderiam entrar livremente no quartel central do reconhecimento.

O espaço em si era um corredor extenso. Assim que entrei e pude ver seus rostos, senti um peso grande demais sobre os meus ombros. E mesmo que não adiantasse de nada agora, faço questão de passar por cada retratos prestando homenagem a meus companheiros.

Minha visão era tomada por famílias enlutadas, homens e mulheres aos prantos, se queixavam e lamentavam por suas perdas. As famílias dos Sasha e Jean também vieram prestar homenagem aos filhos, diferente dos demais eles pareciam felizes por terem seus entes queridos vivos.

Mas havia um canto que estava vazio, o local onde estavam os quadros de Connie, Armin, Eren, Mikasa, Hange, Levi e o meu. Apenas os pirralhos estava lá observando suas próprias imagens. Antes que pudesse chegar ate onde eles estavam, ouve algo de chamou minha atenção.

Próxima ao centro do corredor, um infinito número de pessoas estavam paradas em frente ao retrato de uma única pessoa, o ex comandante Erwin. Presto respeito ao antigo líder da tropa e quando estava para ir aos próximos retratos, me deparou com Hange e Levi a frente da multidão admirando o quadro de Erwin. Mas o que mais me incomodou foi a expressão emotiva e fanática com que os dois encaravam a imagem.