Nova Punição

457 31 4
                                    

*REVISADO.

*************

Desci com má vontade e coloquei de quatro ao lado dele. Ele prendeu a corrente em meu pescoço e fomos para o banheiro. Chegando lá, Lance e Lucien fizeram a chuva dourada nos escravos. Ao ficar de pé para fazer o ritual, notei minha vulva depilada e uma marca nela. Por quê? O que tinha acontecido? Não soube na hora como me senti em relação àquilo. Então fiquei quieta, tentando entender. Eles não falariam nada? Mexiam no meu corpo como se eu fosse um objeto? Sem nenhum direito de opinar? Lance tinha dito que falaria comigo sobre as coisas. Me depilar e me marcar enquanto eu estava inconsciente... Aquilo... Me fazia sentir mal.

Eu fiz na mesma jovenzinha de sempre. Curiosamente, ela não me desagradava, era delicada e bonita. Vi Lucien encostar na parede na minha frente observando minha primeira vez fazendo aquilo. Olhei a jovem fechar os olhos, não em desgosto, mas como se bebesse o drink mais saboroso do mundo. Ela sorveu tudo que conseguia, em goles grandes e rápidos. Os demais lambiam o que escorriam por ela e pelas minhas pernas, caindo no chão. Quando terminei a jovem ousadamente sugou minha buceta, como se esperasse algumas gotas extras da fonte.

"Assim como existem coisas que os escravos fazem pelos donos, existem coisas que os donos aprendem a fazer pelos escravos." Ouvi Lucien dizer.

"Como assim?"

"Eu não gostava disso. Mas tive uma escrava... Uma cadela de um outro mundo. Ela começou com o próprio xixi, mas logo descobri que ela se juntava escondida aos escravos do castelo. Eu aprendi a fazer isso por ela, para deixá-la feliz. No final, entreguei ela para o Castelo. Não é algo que eu faço por me excitar, ao contrário dele. Mas sei que eles precisam disso."

Eu nunca pensei nisso. No outro lado da moeda. Havia coisas que os donos faziam apenas para agradar os escravos? Encarei o Lance. Ele fazia algo só para me agradar? Com certeza me depilar inconsciente não era uma delas... Encarei ele sentindo uma irritação crescer. E fui me sentar para minhas necessidades. Bufei quando Lance veio me limpar e tentei me esquivar dele. Mas ele me segurou firme.

"Fique quieta enquanto eu te limpo." Ele me segurou pela cintura, e começou a limpar minha bunda, como se eu fosse uma criança. Senti minha irritação crescer perigosamente e me debati.

"Ou o que? O que você vai fazer?"

"Ou você será punida, você sabe. Mal comportamento não é admitido, Lyta." Ele passava a toalha úmida sem pressa na minha bunda e eu sabia que ele estava demorando mais que o normal. Ele fazia isso mais rápido nos outros dias!

"Eu não posso quebrar regras, mas vossa magnanimidade pode, certo? O dono pode fazer tudo, correto?"

"Se você tem algo a falar, fale. Mas se continuar agressiva, eu vou puni-la. É seu último aviso."

"Você me depilou e tatuou sem autorização! Você me tatuou! Como um animal! Marcou meu corpo definitivamente como um maldito animal! Seu bastardo!" Eu esperneei e tentei chutar ele. Mordi sua perna e o esmurrei. "Eu não sou um animal! Não sou! Eu te disse que não era um animal e você me marcou como um animal! Uma vaca! Um bicho de fazenda! Eu vou te matar!" Era uma cena ridícula. Eu, pequena e minúscula, presa pela cintura em um único braço dele, nua, com joias douradas e uma coleira de ouro, me debatendo contra um homem enorme e musculoso, que limpava minha bunda, enquanto eu o xingava. Ele me deixou debater pelo tempo que eu quis, até ficar cansada e chorar de raiva. E o maldito ainda limpou minha bunda calmamente.

"Eu te depilei, isso é verdade. Mas eu não te tatuei."

"Mentiroso!"

"Cuidado com a língua, Lyta. Eu não sou mentiroso. Eu nunca minto. Não teste meus limites ainda mais. Não é todo dia que uma escrava dá um showzinho desses e sai ilesa." Mostrei a língua para ele num acesso infantil de raiva. E o dedo do meio. Bastardo. Ele me levou para o ambiente da piscina e me colocou na sua frente.

"Discutiremos isso quando voltarmos ao quarto. Agora, você ficará em silêncio. Eu preciso me acalmar depois do que você fez, ou você não gostará da sua punição."

"Eu não fiz nada de errado!"

"Chega!" Lance se levantou e me pareceu enorme. "Você será punida por ter falado após ter sido ordenada a fazer silêncio, fui claro?" Olhei surpresa para ele.

"Eu fui claro? Responda!"

"S-sim."

"Sim, o que?"

"Sim, Senhor."

"Punições não são prazerosas, Lyta."

"Eu sei... - Falei com medo." Ele saiu da piscina e me chamou. Eu saí lenta e com medo. Ele pegou uma vareta na parede, fina e delicada.

"Estenda as mãos." Mordi os lábios e obedeci.

"Serão 5 varadas em ambas as mãos. E você contará cada uma em voz alta, e você pedirá perdão por ter falado após ter sido proibida e agradecerá por ser educada por mim, seu dono. Entendeu?" Senti meus olhos encherem de lágrimas. Ele prometeu que não me machucaria e aquilo ia machucar. Mordi os lábios e assenti com a cabeça.

"Responda, Lyta."

"Sim."

"Ótimo. Vamos começar." A primeira varada pareceu cortar a pele das minhas mãos e arrancou um grito alto, me fazendo abaixar as mãos e curvar o corpo inteiro.

"Estou esperando, Lyta. Se você não falar, não irá contar."

"U-um. Perdão Lance, por ter falado após ter sido proibida. O-obrigada por me educar."

"Muito bem. Essa é a segunda. Estenda as mãos novamente." Vi minhas mãos tremerem ao serem estendidas, a pele vermelha onde a vara tinha acertado. Sem piedade, Lance acertou o segundo golpe e me fez urrar de dor novamente. Me encolhi inteira, sentindo meu corpo tremer com a dor. "Lyta..."

"D-d-dois. Perdão Senhor, por falar d-depois ter sido p-proibida. O-obrigada por me educar."

"Essa será a terceira. Estenda as mãos." Levantei minhas mãos com medo, já ciente da dor que viria. Tentei não gritar em vão, senti minhas mãos quentes e percebi a dor para movimentá-las. Inferno. Lembrei de falar o que precisava entre os dentes."

"Três. Perdão Senhor, por falar depois ter sido p-proibida. O-obrigada por me educar."

"Melhor. A quarta agora." Levantei as mãos jurando solenemente, dentro de mim, que um dia, eu faria o Lance sentir a mesma dor. Um dia eu seria cruel com ele da mesma forma. Um dia eu o machucaria, quebraria promessas e o trairia assim. Eu teria aquele prazer de feri-lo, e eu seria pior. Vingança é um prato que se come frio. A dor em minhas mãos, seriam meu lembrete, então eu me concentrei profundamente nelas. Eu queria gravar aquela dor, queria me lembrar e nunca mais esquecer.

"Quarta. Perdão, Senhor. Por falar depois. De ter sido. Proibida. Obrigada por. Me educar." Falei pausadamente. Respirando fundo. Me recusava a gaguejar. Eu não o chamaria mais pelo nome. De agora em diante ele seria Senhor. Para que eu não me esquecesse. Que ele era meu Senhor. Não um amante, não um namorado. Meu senhor. Sexo bom, delirantemente bom, não iria me quebrar.

"Excelente, Lyta. Esta é a quinta e última. Lembre-se, a última é sempre a pior." Estendi as mãos sentindo uma dor excruciante, inútilmente tentando controlar o tremor. Ergui meu queixo orgulhosa. Ele queria meu corpo? Ele teria meu corpo. Ele queria que eu aceitasse o irmão? Eu aceitaria. Eu foderia quem ele quisesse. Mas ele nunca teria minha mente. Nem ele nem ninguém. Enquanto agonizava com a última varada, reiterei minha promessa de vingança. Que toda dor que ele me desse, fosse o fogo do inferno no meu coração para alimentar a chama da minha vingança contra ele. Nem que essa fosse a última coisa que eu faria na vida, ou nas próximas.

"Quinta. Perdão. Senhor. Por falar. Depois de. Ter sido. Proibida. Obrigada. Por me. Educar."

A Escrava dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora