A Escrava dos Dragões

Uma Fada Dragão?

Extra!  Extra! Extra! Extra! Mais um capítulo lançado!

O que acontecerá com Lyta após essa informação bombástica???

Semana que vem descobriremos. ;)

Até lá, abraçem seus querido. Abraçar faz bem. E pratiquem exercícios físicos, nossa saúde mental agradece.

Fui!

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PDV Lucien.

- O Imperador, nosso pai? - Perguntei baixo.

- Sim. Eu estava esperando ser chamada pela Lysandra quando uma mulher chegou e me levou por um caminho diferente. Ela me levou até um jardim bonito, e lá o Imperador se apresentou.

- Espera. - Peguei uma imagem do meu pai, e mostrei para Lyta. - Ele?

- Sim! Ele mesmo. - Caralho.

- E o que aconteceu?

- Ele me perguntou se vocês me tratavam bem, e quando iriam tirar minha coleira. Disse que gostava que eu estivesse usando roupas, e perguntou quando vocês... - Vi ela se calar abruptamente, olhando de lado como quem escolhe as palavras, ou fala mais do que devia.

- Quando nós....? - Questionei.

- Quando vocês vão oficializar a união comigo. - Ela falou sem me olhar nos olhos e mordendo os lábios. - Que merda de pergunta é essa? Por que nós iríamos oficializar nossa união com uma escrava? Respirei fundo e analisei Lyta. O que meu pai queria com ela?

- O que mais, Lyta? - Perguntei, desviando o tópico. Ele ficou uma hora com ela, é óbvio que há mais.

- Ele me contou sobre a mãe de vocês, me mostrou as mulheres do harém... - Ali estava, a mesma hesitação. - Elas não usavam coleira e os filhos estavam com elas. - Maldito. Ele quer colocar Lyta contra nós, desconfiada? E visivelmente conseguiu.

- Lyta... - Comecei a falar mas fui interrompido pelo retorno de Lance. Encarei ele e resumi o que havia acontecido direto na mente dele. A expressão do meu irmão revelou toda a fúria e irritação que ele sentia. - Lyta... Olha para mim. - Segurei o queixo delicado dela e o ergui. Ela relutou em me olhar nos olhos e quando o fez, estavam úmidos, tristes e definitivamente desconfiados. - Lyta, as coleiras não tem uma forma definida. - Ela levantou uma sobrancelha questionadora.

Era melhor mostrar do que falar. Visualizei as jóias dela se transformando em um mero adorno no mamilo direito.

- As jóias podem assumir qualquer formato e aparência. Por padrão elas ficam como você está acostumada, é um marcador social dos escravos. Mas você sabe que o metal se molda em seu corpo, e não é difícil ocultá-lo. - Lance respondeu se sentando na mesa, de frente para nós.

- O único rastro, é sempre permanecer uma peça de metal em algum lugar, que pode estar oculto. - Ela olhou o próprio corpo, abismada. - Veja seu mamilo direito. Ela me encarou e puxou a gola da minha camisa, que a cobria.

- Como? - Ela perguntou.

- Se nós quisermos, podemos deixar em qualquer lugar. Heron costuma deixar um piercing na vulva das fêmeas do harém.

- Então todas elas...?

- Sim. Todas as fêmeas do harém usam uma coleira, para garantir a obediência delas ao Imperador.

- Eu achei que... - Ela suspirou.

- O que mais aconteceu, Lyta? - Perguntei novamente.

- Ele disse que a coleira é que me faz desejar vocês... E que ela me faz ser mais dócil.. - Desgraçado! Eu mesmo vou matá-lo. A coleira predispõe a escrava a gostar do dono, uma mera alteração hormonal, para que se excitem na nossa presença. Mas ela não faz com que elas gostem de nós ou sintam prazer. Se eu falar isso... Ela vai nos odiar. E ali estava ela, me encarando com seus lindos e redondos olhos castanhos.

- O que mais? - Ela apertou os olhos mas logo disfarçou a frustração.

- Eu vi as concubinas com seus filhos, crianças no colo. - Sorri amargo, mas antes que eu respondesse, Lance respondeu.

- Aqueles não são os filhos das concubinas, Lyta, mas das esposas dele. Os filhos das concubinas são levados assim que nascem, para serem criados pelas famílias delas. Apenas as esposas ficam com os filhos, para amamentá-los, o que os tornará mais fortes que os filhos das concubinas. Filhotes amamentados pela mãe são muito mais fortes que os filhotes que não recebem leite materno.

- Dragões amamentam? - Ela perguntou curiosa.

- Sim. Nós não somos répteis, mas... no seu mundo, o mais próximo de nós seriam os mamíferos, mas também não somos mamíferos. Somos dragões.

- Ahhh. - Ela parecia refletir sobre aquela informação. - Por isso vocês têm umbigo? - Aquela era a pergunta que ela fazia? Somente uma estudiosa para pensar nessas coisas.

- Não exatamente. Nossos umbigos são uma cicatriz da nossa conexão com nossos ovos. No caso de mamíferos, os umbigos são herança da conexão com a mãe, dentro dela. - Ela estava refletindo nas informações e era possível quase imaginar as engrenagens rodando. - O que mais Lyta? - Lance questionou ela, uma mão na coxa generosa dela.

- Ele me apresentou a Imperatriz.

- Venina. - Eu e meu irmão falamos ao mesmo tempo, o mesmo desprezo em nossas vozes.

- Sim. E eu questionei ele, o motivo dele achar que vocês me libertariam, e ele reforçou que vocês iriam se casar comigo. - Ela falou mordendo os lábios. - E ele disse que embora eu não tenha poder político, nem econômico, e seja inadequada social e culturalmente para vocês, eu sou algo que nenhum outro dragão ou raça pode oferecer.

- O que? - Perguntei. Que veneno ele colocou na cabecinha dela?

- Ele me disse que eu sou uma Fada Dragão. - Ela falou erguendo o queixo, desafiadora. Eu paralisei onde estava. Como assim? - Ele disse que minhas marcas são um sinal, minhas mudanças físicas, e que vai enviar livros para que eu possa ler e conhecer minha raça. Ele disse que uma Fada Dragão não pode ficar usando a coleira como uma escrava qualquer, que eu sou especial. E que ou vocês se unem a mim, ou os outros vão lutar por mim. E ele me mostrou que o tempo todo qualquer um pode controlar minha coleira!

Encarei Lyta, de queixo erguido, nos encarando. Ela estava irritada, muito irritada. Mas quais as chances? Quais as chances dela ser uma Fada Dragão? E se ela for... Merda! Nós teremos escravizado a raça mais perfeita para nós, mais perfeita que os próprios dragões. A coleira nela, seria um desrespeito. Olhei minha pequena nos olhos e a encontrei chateada. Fadas Dragão já nos abandonaram antes... Se ela for uma... Ela vai nos abandonar?