ANIMALIZADA

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*REESCRITO.

Parte desse capítulo não existia originalmente, mas faz parte de um conjunto de capítulos que estou reescrevendo e escrevendo pois estava incomodada ao reler a história e sentir que não havia conseguido demonstrar o sofrimento da Lyta nos primeiros meses. Ainda não sinto que consegui, mas ao menos estou satisfeita por sentir que agora, não parece que foi fácil para ela.

Ao contrário da outra história que estou escrevendo, essa aqui tem duas possibilidades. Um final feliz e outro alternativo, mais dark. E precisava trabalhar algumas questões.

Depois me digam o que estão achando.

Não esqueçam de beber água.

Fui.

************

Faz dezoito noites que minha vida como escrava começou. Dezoito dias desde que recebi essa maldita coleira. Estou contando no meu caderno. Já aprendi palavras o suficiente para uma comunicação rudimentar com Lance e Zaya. Eu entendo eles melhor do que falo, o que é normal em imersões. Já comecei a entender palavras básicas e estou praticando em livros de exercícios que Zaya fez para mim, e ela enfatizou que estava fazendo eles especialmente para mim.

Lance me levou ao banheiro como todos os dias, mas hoje ele deixou que os costumeiros escravos que ficavam na porta do banheiro e entravam depois de fazermos nossas necessidades, entrassem conosco. Eu estranhei muito ter outras pessoas, mas já estava acostumada, dentro do possível, àquela nudez compulsória. Mas levei um susto ao vê-los deitar o rosto abaixo da minha cadeira, e me levantei correndo.

"Lyta, senta." Ele me ordenou.

"Eles!" E indiquei os escravos se amontoando abaixo da minha cadeira sanitária. Lance me sentou com calma e falou com nosso diálogo precário.

"Eles" ele indicou com o dedo o grupo de pessoas de quem eu corri, "beber e comer."

Meu choque se estampou em meu rosto, certamente. Assim como no primeiro dia, eu não conseguia admitir a ideia de fazer nada assim. E me senti travada. Vi Lance tranquilamente despejar uma chuva dourada no rosto das pessoas, que abriam a boca e tentavam tomar. Elas pareciam felizes! Logo ele se sentou e fez suas fezes normalmente e eu quase vomitei vendo aquelas pessoas comerem aquilo. Logo ele veio até mim, se ajoelhou e começou a massagear minha barriga e colocou um dedo em meu ânus e fez movimentos circulares. Eu não estava com prisão de ventre seu idiota!

"Não, Lance! Eles, não."

"Eles sim. Faz. Eu gosto. Eles gostam."

"Por favor..."

E ele apertou minha barriga, me forçando a fazer xixi, desesperada. Eu tentei segurar, mas meu intestino sempre foi regular. E algo na alimentação ali e rotina, me deixava ainda mais regulada. Com Lance massageando minha barriga e estimulando meu ânus, eu, que já estava apertada, acabei soltando, e para meu horror, aqueles escravos comeram e beberam o que eu excretei. Brigando por pedaços e pelos líquidos que caíram no chão.

Durante o almoço com Zaya, criei coragem e perguntei para Zaya, indicando com um dedo eu e os demais escravos dela. Os escravos comiam de frente para a parede, em uma tigela de metal, como cães, na posição que me lembro de ter sido paralisada, a região íntima exposta aos olhos de todos.

"Eu diferente?" Perguntei.

"Lance quer assim."

"Lance?"

"Sim. Escravos comem no chão. Donos na mesa."

"Eu?"

"Escrava... diferente."

A Escrava dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora