Ela Voltou

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*REVISADO.

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PDV Lance

Saímos do marasmo e realizamos nossos afazeres. Ficar parados não garantiria nada. Eu garanti que Aldaron iniciasse sua jornada de penúria. Ele serviria sexo oral e anal a todos os demais prisioneiros, o dia inteiro, que aceitaram com prazer duplo ter a pena atenuada em troca de torturar o elfo física e psicologicamente enquanto fodem ele. Ele deverá levar uma surra no final do dia, como Lyta. Dormiria em uma cela imunda, minúscula, no meio do pátio, para que caso queiram fodê-lo a noite também, os trabalhadores da prisão possam. E estaria sempre nu, andaria de quatro para o resto da sua vida miserável, e não teria mais direito à privacidade. E ganhou uma coleira, não a de escravo, mas a de condenado.

As duas coleiras são similares em algumas funções, como controle físico e para permitir informações essenciais como risco de vida, mentiras, confusão mental. Mas a coleira do condenado impede a espiral da insanidade dos torturados, os mantendo conscientes por todo o período desejado, desde que usada desde o início. E ao contrário das coleiras de escravos, ela mata o usuário ao ser retirada, primeiro deixando vir à tona todo o sofrimento que foi ocultado de seu cérebro para mantê-lo são, e depois por quebrar todos os ossos e esmagar todos os órgão, num processo que leva dias. Garanti que ele seria tratado com magia de cura para garantir que ele permaneceria vivo por um longo tempo.

Depois visitei amigos de campos de batalha, preciso mapear os aliados fiéis. Lucien está tentando dar um passo ousado. Mas nenhum de nós dois chegou aonde chegou com voos seguros. Sinto a ansiedade tomar conta de mim conforme as horas passam. A dúvida pelo retorno dela, pela sua segurança. Volto para a ala de Lucien e o encontro no corredor conversando com Siluan.

- E então?

- Ela voltou há meia hora, Senhor. Está se sentindo confiante, mas extremamente solitária. Também sente muita falta e está ansiosa, preocupada.

- O que mais?

- Ela está segura, voltou sozinha, senti a mesma magia sutil.

- Certo. – Lucien suspirou. - Leve comida para nós daqui a alguns minutos. E traga Maya e Nya em uma hora. Usaremos as coelhas com Lyta hoje.

- Sim, Senhor.

Entramos no quarto e a encontramos sentada no sofá, com um livro aberto. Ela nos olhou com uma saudade imensa no olhar e pulou do sofá quase correndo em nossa direção.

- Lance! Lucien!

- Venha, Pequena. – Lucien e eu abrimos os braços para ela.

O mesmo comportamento anterior. Observei seu corpo e a percebi mais pálida, como se estivesse em um ambiente sem sol. O aroma forte dos seus cabelos e pele. Cheiros discrepantes, diferentes de tudo que usamos em nosso mundo. O mesmo cheiro que ela tinha quando a encontrei pela primeira vez. Abracei firme ela. Eu e meu irmão estávamos a esmagando entre nós dois. Observei seu cabelo, estava com brilho inferior ao da manhã, menos hidratado, os cachos ressecados. Seu cabelo está bonito, mas é visível nas escamas maltratadas que os produtos são inferiores. Dessa vez está mais curto, com um corte estranho. O cheiro artificial irrita meu nariz.

Sua pele está ressecada novamente, com uma camada de produtos, mas não profundamente cuidada. Eu encomendei produtos desenvolvidos especificamente para cuidar dela, manipulados para deixar a pele e cabelos bonitos, saudáveis, impecáveis. O que quer que ela esteja usando, não fazem isso. Busco sua boca que está sendo devorada por meu irmão, provo seu sabor e sinto seu hálito fresco novamente. Artificialmente fresco. Ela está mais gordinha, posso sentir, a carne sob minhas mãos está firme, mas mais rechonchuda. Ela não percebe as diferenças no próprio corpo? Como são gritantes e óbvios?

A Escrava dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora