Limites

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*REVISADO.

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Acordei com a luz do sol iluminando parte do meu corpo, e me espreguicei. Os dois dragões já estavam acordados e me esperando. Eles cuidaram de mim, da minha higiene matinal e me alimentaram e voltamos para o quarto. Após nos sentar no sofá, eles estabeleceram o início de uma conversa, com um tom mais sério.

- Muito bem, hora de conversarmos seriamente. – Lucien começou. – Precisamos saber o que você realmente gosta, Lyta. E seus limites.

- Eu e Lucien decidimos que, considerando que você não conhece o contrato de escravidão, as regras devem ser diferentes, então criaremos nossas regras.

- O que nós já fizemos, nós vamos te perguntar para saber se você gosta, se podemos continuar fazendo.

- E o que nunca fizemos, nós vamos conversar antes de fazer, para saber se você quer testar.

- O que você acha?

Os dois alternaram o discurso. Claramente tinham combinado e parecia orquestrado. Eles estavam se preparando para esse momento.

- Muito bem. Não me parece ruim. Mas não é porque eu concordo com uma coisa agora, que eu sempre quero fazer. Às vezes, eu posso não estar me sentindo bem. Ou querer algo diferente.

Eles se encararam.

- Eu não me importo. Desde que eu possa foder você, eu topo o que você quiser. – Lance falou casual.

- Eu também. – Lucien concordou.

Aquilo tinha sido fácil. Fácil demais.

- Certo. Então vamos lá. Comecem.

Lucien se levantou e pegou uma prancheta com um papel e uma caneta. Então voltou a se sentar. Eu aproveitei para sair do colo do Lance e me sentar no sofá, um pouco afastada deles. Me cobri com uma colcha e abracei um travesseiro, como um escudo. E bebi uma taça do drink de frutas vermelhas, do dia anterior, que havia sobrado na garrafa.

- Nudez. Quando você se sente bem?

Mordi os lábios.

- Não quero andar nua por aí. – Vi Lucien anotar. – Mas não me importo de ficar nua com vocês.

- E no quarto? Você aceita? - Pensei bem, tentando me imaginar.

- Não permanentemente, o tempo todo. Mas para vocês. Ou no banheiro... Eu acho que gosto de nudez em momentos específicos. Mas não o tempo todo, especialmente agora que está esfriando.

- Você está com frio? – Lance perguntou.

- Eu estou coberta... – Ele não parecia entender. – Não estou com frio agora porque estou com roupa e coberta.

- Certo... – Ele pensou um pouco. – Mas você ficou excitada no jantar, nua e exposta. E no parque.

- Sim. – Respondi vermelha, lembrando da nossa aposta. Eu gostei muito. – Aquilo é o que na Terra chamamos de... Jogo. Algo combinado. Nós podemos combinar previamente e vocês me exporem, nua ou parcialmente nua em alguns lugares. Eu... Eu posso gostar disso. Não tenho certeza.

- Então nudez no quarto, tudo bem. Fora do quarto, temos que combinar. – Lucien me encarou, me questionando.

- Isso. - Então mordi os lábios e falei mais baixo, sem acreditar em mim mesma. - Mas...

- Sim? - Os dois me encaravam curiosos.

- É... que... Em público, vocês podem expor uma parte do meu corpo sabe... Sem me avisar previamente. Eu gosto da ideia.

A Escrava dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora