O Dia em que ela morreu

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É isso. Hoje chegamos ao fim desse arco.

E seguimos para o último. Estão preparados?

Eu estou feliz por finalmente chegar aqui.

Obrigada por estarem acompanhando e me dado feedback. É muito precioso.

Peguem a água, o café, sentem e vamos que vamos!

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PDV Lyta

Minha mente desperta como se eu estivesse acordando de um pesadelo. Minha boca está seca, meu corpo treme de falta de algo. Conforme minha mente volta, sinto dor. Uma dor imensa em em minha região íntima. Não há nada dentro de mim, mas sinto ardor e muita dor. Tento entender o ambiente ao meu redor, mas minha visão ainda está turva, meu corpo grogue. Aos poucos me dou conta que meu corpo está imobilizado, de joelhos no chão, as mãos apoiadas no chão. A coleira 100% responsável em manter meu corpo no lugar e posição.

Busco desesperada em minha mente memórias do que aconteceu. Minha reclamação com Lucien, a violência de Lance, a descoberta de minha Rainha, os escravos mortos, o fogo queimando dragões de gelo.

********* Flashback ************

Meu corpo estava dolorido, tenso, preso em uma posição desconfortável, sem espaço para movimentação. Eu estava sentada quase em posição fetal, dentro do que me pareceu ser uma jaula. Minhas duas mãos estavam presas ao chão, esticadas desconfortavelmente nas laterais do meu corpo. Minhas panturrilhas cruzadas e igualmente presas. Até respirar era difícil. Sem conseguir levantar minha cabeça, tudo que eu via era a escuridão entre meu tronco e coxas. Uma bola macia mantinha minha boca bem aberta, e me impedia de falar.

- Ela despertou. - Uma voz diferente soou.

Passos se afastaram. Dois dragões, duas fêmeas. Ambas emitem calor do corpo, calor demais, como Lucien. A visão infravermelha se provou útil. Testo as barras da jaula, forçando meu corpo e sou rapidamente admoestada. Me lembro de tudo que aconteceu ontem e tento manter minha respiração sob controle. Cada célula do meu corpo dói, mas não quero revelar isso. É estupidez, mas tudo que me resta são minhas vontades, por isso as agarro como um bote salva vidas nesse resto de sanidade.

Por alguns segundos sinto como se tudo estivesse acontecendo novamente, meu corpo sendo violado novamente com violência, dois Lances, em dois tempo, se encontrando para me ferir juntos, lado a lado. Uma revivência intensa que me transporta rapidamente ao inferno e me joga de volta à realidade, como se não fosse nada. Uma lágrima teimosa rola pelo meu rosto e amaldiçoo minha perda de controle. Minha respiração ofegante, controlada pelo espaço ridículo que tenho para respirar. A lembrança de que Lucien tentou me proteger me acalmando.

- Tem certeza? A mim pareceu que ele ficou animado com o que o bastardo de gelo fazia e estava na fila para ser o próximo. - Ela falou venenosa.

- Não, você está errada. Ele queria me proteger, mas o Lance ameaçou me matar.

- E ele não quer a escravinha predileta dele morta, né? Ainda não. - Não tive resposta para isso. - Que tal ver como eu vi?

Revivi o momento do ataque novamente, sentindo tudo novamente em meu corpo. Nessa nova memória, Lucien não parecia tão preocupado comigo, mas preocupado com o irmão. A mão dele acariciou o próprio pau algumas vezes enquanto ele observava o irmão me fodendo com violência. Não é como eu lembrava.

- Ele gosta de assistir, lembra? - O dia da aposta retornou com tudo nas minhas memórias e no meu corpo. A dor intensa pela violência com que o Lance metia no meu cu, cheio de lubrificante adstrigente. - Ele adora ser o santinho que fica cheio de tesão quando o irmão nos quebra. Depois ele pode ser o príncipe gentil que nos acolhe. Policial bom e policial mal, querida. É tão óbvio.

A Escrava dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora