*a cia bbxs não existe aqui* "elidio apenas gostava de fazer caretas e gracinhas para crianças, adorando os sorrisos doces e risadinhas que sempre ganhava delas."
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Segurando em uma das mãos um monte de pastas com papéis e documentos importantes dentro, com a outra Elídio mexia no celular enquanto esperava pelo elevador, que não demorou para chegar.
Distraído, entrou no quadrado de metal sem tirar os olhos da tela do aparelho, se desculpando ao bater em alguém que acreditou estar saindo de lá.
Apertou o botão com o andar que precisava ir do enorme prédio comercial e foi para um dos quatro cantos, encostando-se na parede gelada e, ao guardar o telefone no bolso da calça, levantou a cabeça, olhando para frente, encontrando uma garotinha de cabelos curtos e enrolados, enfeitados com dois lacinhos cor de rosa, que o olhava com olhos grandes e curiosos. Ela estava sendo carregada no colo pela mãe.
No mesmo segundo que viu a pequena criança, que Elídio julgou ter de 3 a 4 anos, abriu um sorriso iluminado e de olhos brilhantes. Elídio realmente amava crianças.
Sem demora, começou a fazer caretas, mexendo as sobrancelhas, colocando a língua para fora, fazendo a garotinha sorrir abertamente, mostrando alguns dentinhos e sua 'janelinha' no sorriso, adorando as caras engraçadas que aquele jovem adulto estava fazendo.
Elídio continuou com todas as suas caras e bocas, expressões faciais, caretas e tudo mais que conseguia durante todo o tempo dentro do elevador que, quando a garotinha começou a gargalhar aquela risada gostosa e contagiosa de criança, as portas abriram e a mãe, com pressa, acabou saindo sem investigar o porquê sua filha estava rindo alegremente, esta que acenava com a mão, dando vários 'tchauzinhos' para o rapaz, que retribuiu o gesto.
Satisfeito e completamente feliz, Elídio sorria todo bobo, pensando no quanto amava crianças e no quanto, mais para frente, gostaria de adotar várias, formando uma enorme família com um parceiro ao seu lado ou sozinho mesmo. O que importava era ter vários seres pequenininhos correndo pela casa, felizes e amados.
Ainda sorrindo, encostou a cabeça na parede, olhando para a frente, tomando um pequeno susto quando um homem que provavelmente teria a sua idade, sendo talvez um ou dois anos mais velho que si, saiu do seu lado, percebendo que a pessoa que ele havia esbarrado antes de entrar no elevador provavelmente deveria ser ele e que o estranho deveria ter visto todas as suas palhaçadas feitas para a garotinha segundos atrás. Levemente envergonhado, sentiu as bochechas ficando quentes, ganhando um fraco tão rosado.
Elídio sabia que muitas pessoas já tinham visto ele fazer isso e muitas vezes, foi pego no flagra por algumas; Porém por algum motivo, pela primeira vez em anos, havia realmente ficado envergonhado ao constatar que tinha sido pego em flagrante mais uma vez.
Com as bochechas ainda levemente vermelhas, Elídio levantou o olhar, torcendo para estar sozinho, soltando um suspiro aliviado ao verificar que sim, aparentemente, só haviam ele, a mãe com a criança e somente mais uma pessoa no elevador.
Contudo, assim que colocou os olhos na porta ainda aberta a sua frente, sentiu borboletas no estômago ao se deparar com o homem lhe olhando. Ele tinha o cabelo bem cortado, usava óculos, tinha uma mochila nas costas e fones de ouvido no pescoço. Mas o principal: ao mesmo tempo que o olhar dele para Elídio era intenso, era também carregado de admiração e doçura, assim como o pequeno sorriso em seus lábios bonitos, coisas que apenas fizeram as borboletas no estômago de Elídio aumentarem, as pernas ficarem fracas, o coração errar as batidas e as bochechas queimarem, ficando agora, num tom de vermelho bem mais forte.
─ Você é fofo... – foi a única coisa que escutou o estranho dizer antes que as portas do elevador fechassem-se, deixando-o sozinho lá dentro, subindo para o andar que deveria ir.
Elídio só pensava no que tinha acontecido, ao que sussurrou para si mesmo "você que é fofo... estranhamente fofo" sorrindo todo afetado sem nem perceber.
Seria idiota dizer que talvez Elídio tivesse se apaixonado á primeira vista por um completo estranho que literalmente não sabia nem o nome ou um apelido?
Ou então: seria precipitado dizer que talvez Elídio achasse – ou tivesse certeza – que havia encontrado sua alma gêmea e a pessoa com quem dividir a vida e formar uma família?
Bem, ás vezes o amor não tem explicação, muito menos o destino. E talvez essas almas se encontrem em algum outro lugar se for mesmo para ficarem juntas.
─ Andy, tô na rua agora, mas assim que chegar em casa vou te chamar. Preciso de respostas e principalmente dos seus conselhos e planos mais doidos. – enviou o áudio para o whatsapp do melhor amigo, querendo contar sobre o que aconteceu no elevador segundos atrás, com a esperança de que Anderson soubesse algum jeito de achar uma pessoa que não sabia absolutamente nada, mas que precisava urgente ver outra vez.

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One Shots - Barbixas
FanfictionCada "capítulo" será uma história diferente. Algumas mais fofas, outras +18, outras mais sérias e assim vai. Terá MUITO DANIDIO; mas não será só isso. Provavelmente sairá uma oneshot por semana, toda sexta-feira ou todo domingo. ( não prometo nada )...