*a cia bbxs não existe aqui* "de acordo com a tradição: quem pegar o buquê que a noiva jogar será a próxima pessoa a casar."
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Daniel estava sentado num cantinho do bonito, bem decorado, grande e ao mesmo tempo aconchegante salão de festas. Seu melhor amigo, Anderson, tinha acabado de casar com a mulher mais doce, incrível e parceira que Daniel já havia conhecido.
Daniel, observando os dois já um pouco alterados – assim como os demais convidados – andando, dançando, rindo, trocando beijos e se divertindo pelo salão, sorria vez ou outra, tão feliz pela felicidade do melhor amigo. Tão feliz, sendo contagiado pela felicidade deles. Anderson e Anne realmente eram almas gêmeas.
Contudo, se sentiu triste por um momento. Se sentiu triste porque parecia que ele era o único solteiro da festa inteira. Na igreja, como brincadeira de Anderson, obviamente Daniel foi um dos padrinhos e como não tinha par, Anderson fez ele entrar segurando uma plaquinha escrito "procura-se um amor". Daniel durante todo o trajeto até o altar tinha um sorriso tímido e o rosto corado, recebendo sorrisos, risadinhas e assobios dos convidados e amigos presentes.
Agora, observando todos se divertindo na festa, sentia-se triste e desiludido que algum dia encontraria uma pessoa para passar o resto da vida, assim como Anderson havia encontrado a sua pessoa.
Suspirou, bebericando a taça com suco de laranja, já que nunca foi muito fã de bebidas alcoólicas. E, perdido em meio a mais pensamentos, voltou a realidade quando escutou a voz de Anne no microfone, dizendo que estava na hora de jogar o buquê e chamando todos para irem até lá.
Daniel observou praticamente todas as mulheres irem e, segundos depois, se assustou com Anderson o puxando pelo braço.
─ Vem, Dani! Você vai ser o próximo a casar! – disse com a voz meio enrolada e um sorriso típico daqueles sorrisos de pessoas embriagadas no rosto.
─ Não, Andy! Eu sou homem! Pegar o buquê é o momento das mulheres! – tentou argumentar, porém quando percebeu, já estava no meio delas, e Anderson havia sumido.
Depressa, se afastou da multidão, ficando a uma distância considerável da aglomeração de pessoas.
Escutou Anne contar até três e no último número, jogar o buquê que, para sua surpresa, parou em suas mãos sem Daniel fazer o mínimo de esforço para pegá-lo.
Extremamente surpreso, sentiu todos os olhares em si e o rosto esquentar. Algumas mulheres haviam ficado tristes, porém a maioria das pessoas estava eufórica, feliz por Daniel. Anne lhe sorria abertamente e feliz, desejando o máximo de coisas boas para o melhor amigo do amor da sua vida.
Segundos depois, a música alta voltou, ao que todos voltaram para a pista de dança, tirando os olhos de Daniel, este que não sabia ao certo o que fazer com o buquê e nem o motivo dele ter parado em suas mãos.
Com cuidado, desviando das pessoas o máximo que conseguia e com as flores em mãos, andava em direção a mesa em que estava e, há poucos passos dela, um dos convidados que dançava como se não houvesse o amanhã, acabou esbarrando em um garçom, este que derrubou duas taças com bebidas no terno de Daniel.
─ Pelo amor de Deus, me desculpa! Me desculpa, me desculpa! – o funcionário pediu desesperado. – Eu juro que foi sem querer! Me desculpa!
Daniel colocou as flores em cima da mesa, começando a desabotoar e tirar o paletó do corpo, ainda escutando o garçom pedindo mil desculpas.
─ Ei, cara! Tá tudo bem! – disse, interrompendo os pedidos de desculpa do homem desesperado. – Foi um acidente. Meu amigo bateu em você e aconteceu isso. Por favor, se acalma. – pediu com a voz calma, desabotoando alguns botões da camisa.
─ Mesmo assim, me desculpe. Eu deveria ter prestado mais atenção... – Daniel ainda não tinha olhado para ele, mas sentia o quanto ele se sentia mal e culpado pelo o ocorrido.
─ Ei, amigo, relaxa! Já falei que não foi culpa sua e que tá tudo b... – parou no meio da frase ao finalmente colocar os olhos no garçom que, com toda certeza, apesar do medo e arrependimento nos olhos dele, ele tinha os olhos mais bonitos que Daniel já havia visto.
O garçom, percebendo o rapaz em silêncio olhando para si, sentiu o rosto esquentar, dando uma risadinha em seguida, som este que trouxe Daniel de volta ao mundo que nem percebeu ter parado há alguns segundos atrás.
─ Ah, bem, me desculpe mais uma vez, por favor. – o garçom pediu baixinho pela milésima vez em minutos. – Eu nem sei como te ajudar, sinceramente. – jogou sincero, soltando um risinho de puro desespero.
Daniel riu junto. Por Deus, como era possível achar o sorriso dele a coisa mais linda do mundo em apenas segundos de interação?!
─ Tá tudo bem. Isso aqui foi alugado no cartão de crédito do noivo, então ele que pague depois. – deu de ombros, rindo, ficando feliz ao escutar o garçom rir junto, percebendo ele bem mais calmo agora.
─ Certo, ah, certo! Agora tenho que voltar ao trabalho. – disse, observando o homem a sua frente parecendo triste com isso. Ou talvez fosse só coisas da sua cabeça?
─ Ah, tudo bem... – Daniel respondeu, não conseguindo disfarçar que tinha ficado chateado.
─ Mas, ah, bem... – continuou meio tímido, ao que Daniel voltou a olhá-lo com intensidade e carinho ao mesmo tempo.
─ Sim?
─ Ah, bem... Eu termino meu expediente daqui 30 minutos junto com os outros funcionários e depois vamos trocar... Então daqui 30 minutos eu tô livre e bem... Você quer, sei lá, conversar um pouquinho depois? – ao se dar conta do que estava propondo a um convidado – não qualquer convidado: um dos padrinhos – arregalou os olhos, assustado, se dando conta do que estava fazendo. – Meu Deus, me desculpa! Eu-u não quis dizer isso, quer dizer, nós somos diferentes, você é um convidado importante e eu sou só o garçom e meu Deus! Eu realmente perguntei se você quer conversar depois que eu largar aqui?! – espantado, se sentiu ainda mais nervoso e confuso ao escutar o homem rir alto, tendo a certeza que aquela era a melhor risada que já havia escutado.
─ Ei, cara, relaxa! – Daniel pediu pela milésima vez para ele. – Eu estou feliz que você disse isso, porque eu mesmo não teria coragem... – revelou, sorrindo pequeno quando viu a feição confusa, porém fofa, na sua frente. – Eu não ligo pro que você é ou deixa de ser, ou só... adoraria conversar com você um pouquinho, de verdade. Não sei exatamente o motivo, mas... é isso. – sorriu sincero, timidamente.
O garçom continuava boquiaberto, não digerindo de fato o que estava acontecendo. Até que a voz do seu chefe se fez presente, o chamando.
─ B-bem, então se é assim... Eu posso te procurar quando acabar aqui? De verdade? – quis saber, ganhando como resposta um aceno de cabeça e um sorriso pequeno, porém nervoso e feliz, fazendo-o sorrir envergonhado, deixando seus olhos pequenos, outro detalhe dele que Daniel havia notado e achado lindo. – Certo, então, ah... te vejo em meia hora?
─ Sim. – respondeu apenas isso, ainda sorrindo. O garçom riu outra vez.
─ Certo, então, ah, com licença e até daqui a pouco. E ah, desculpe mais uma vez pelo acidente. – sorriu envergonhado, indo em direção a cozinha.
Daniel sentou-se no lugar, eufórico. O que diabos havia acontecido? Bem, sem respostas concretas e ou plausíveis, colocou os olhos no buquê em cima da mesa, soltando uma risada ao mesmo tempo que negava com a cabeça.
Talvez o cupido realmente existisse e havia colocado algo naquelas flores? Realmente não sabia. A única coisa que sabia era que, na sua opinião, os minutos estavam demorando muito para passar e tudo que queria era conversar por horas com o adorável garçom.
E que, mais tarde, deveria agradecer ao Evandro – que agora se encontrava fazendo a famosa 'dança da minhoca' no meio da pista de dança – por ter esbarrado nele e feito derrubar bebidas em si.
Tanto Daniel, quanto o garçom, sorriam vez ou outra para o nada, apenas esperando os minutos passarem para se encontrarem novamente.
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*16/31
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One Shots - Barbixas
FanfictionCada "capítulo" será uma história diferente. Algumas mais fofas, outras +18, outras mais sérias e assim vai. Terá MUITO DANIDIO; mas não será só isso. Provavelmente sairá uma oneshot por semana, toda sexta-feira ou todo domingo. ( não prometo nada )...