Ciúmes? ( +18 )

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Pov Narrador

Eles estavam em cena. Era o jogo "só perguntas" e o tema era "boca". Elídio e Anderson de um lado, Daniel e Evandro do outro; o MC era o Andrei. Após algum tempo de jogo, com risadas e palmas da plateia, agora na frente estão Elídio e Evandro. Já sem muitas ideias, visto que o jogo estava um pouco longo, Evandro começa:

─ E essa boca aí? - ele diz.

─ Que que tem? - Elídio responde, sem hesitar muito.

─ Ela só fala? Ou também beija? - Evandro responde, arrancando boa reações da plateia, mas deixando seu colega um pouco tenso.

Como Elídio não gostava de perder, apenas falou:

─ Ta afim de descobrir? - disse um pouco tenso.

A plateia nessa hora começou a gritar: "Beija, beija, beija". Antes que Andrei pudesse tocar a campainha, encerrando o jogo, Evandro puxa Elídio num movimento brusco e o beija, enquanto Andrei tocava a campainha diversas vezes, mostrando que havia acabado. Quando ambos se separaram, Elídio sabia os problemas que isso causariam para si. Foi somente um selinho, mas que durou mais que o necessário na visão de Daniel, e Elídio sabia disso. Evandro percebeu a tensão que havia ficado ali, mas achou melhor não comentar nada, apenas se cumprimentaram e seguiram para o último jogo da noite. Ocorreu tudo bem, tirando o fato de que a tensão que estava no ar poderia ser cortada com uma faca.

Elídio e Daniel namoravam a 5 anos, e Daniel era um pouco ciumento, mas nada exagerado, tinha medo de perder o amor de sua vida.

Chegando ao camarim, ninguém fala nada por um tempo. Até que Evandro resolve falar, ele não sabia do ciúme de Daniel, mas como o clima estava ruim, tinha que fazer algo. Talvez se desculpar pelo ocorrido? Mesmo que tenha sido só uma piada pra fechar o jogo?

─ Ei - Evandro disse, colocando a mão no ombro de Daniel e o encarando - Desculpa pelo... que aconteceu. Não foi a intensão, eu não pensei muito no que iria fazer, no-no que eu estava fa-fazendo e.... - quando ia continuar, Daniel o interrompeu: "Ei cara, ta tudo bem. Mesmo." - ele disse forçando um sorriso e saindo dali para ir ao banheiro para que não vissem seus olhos úmidos. Era medo de perder Elídio. Mesmo depois de anos, tinha pequenas inseguranças.

Elídio o seguiu até o banheiro, e ao entrar, trancou a porta. Viu que Daniel estava limpando seus olhos; então o puxou para um abraço.

─ Ciúmes? - Elídio perguntou.

─ Você não imagina o quanto. - Daniel respondeu, se rendendo as lagrimas.

─ Mas amor, isso é só nosso trabalho. Você sabe que não sinto absolutamente nada pelo Evandro. - Elídio disse, enquanto fazia carinho no cabelo de Daniel.

─ Uma parte de mim sabe disso, mas a outra parte ainda morre de medo de que um dia você se canse de mim. - Daniel respondeu, ainda abraçado nele.

Elídio, ao ouvir essas palavras, deu um beijo no topo da cabeça de Daniel.

─ Amor - falou, abraçando-o - Olha pra mim - puxou seu rosto, fazendo seus olhos se encontrarem - Esse beijo, selinho, seja lá o que foi, não significou absolutamente nada pra mim. Entenda que eu só amo você e sempre amarei somente você.

─ Eu sei, eu sei... - Daniel começou a falar - Eu te amo muito, Elídio, e não sei se iria suportar perder você. - falou com lágrimas nos olhos. Ao ver essa cena, Elídio o aperta no abraço e diz: " Nessa sua cabeça só passa besteira, senhor Daniel Nascimento. Olha pra mim e veja que sou inteiramente seu, assim como sei que você é inteiramente meu. Eu amo você demais."

One Shots - BarbixasOnde histórias criam vida. Descubra agora