One Shots - Barbixas

Dengo.

 ─ Daniel, vem dormir. – Elídio o chamou estando encostado na porta do escritório de Daniel, enquanto observava o marido em frente ao computador digitando algo. Ambos já estavam vestindo seus pijamas. Elídio usava um shorts curto de algodão e uma camiseta qualquer; Já Daniel, vestia uma calça de moletom e uma camiseta bem velhinha. – Você tirou duas semanas de folga do trabalho pra poder descansar, mas você continua trabalhando. – continuou observando Daniel, que tirou os olhos da tela do computador para poder olhar Elídio.

Se esticou um pouquinho na cadeira, estralando de leve suas costas. Por mais que a cadeira fosse confortável, estava desde ás 22:25h ali apenas para revisar alguns textos que escreveu de tarde, e agora o relógio marcava 00:15h.

Daniel só não havia passado o dia todo em frente ao computador porque durante a tarde, Elídio praticamente o expulsou de seu escritório, arrastando-o para a sala e fazendo ele ficar deitado consigo no sofá, enquanto trocavam beijinhos e carinhos. Elídio também aproveitou que conseguiu tirar Daniel do quarto e o fez tomar um bom banho relaxante antes de ajudá-lo a preparar o jantar.

Após o jantar e ambos estarem com os dentes escovados, Elídio terminava de secar a louça que Daniel havia lavado e este avisou ao marido que iria ver algo rapidinho no computador. E o "rapidinho" já estava durando quase 2 horas.

─ Já já eu vou, Lico. – Daniel disse, observando o rosto de Elídio ganhando uma expressão nada boa. – Eu prometo que não vou demorar... E enquanto eu fico aqui, você vai esquentando a cama... – sorriu sem jeito, tentando amenizar a expressão no rosto dele.

─ Daniel, por favor! – Elídio suplicou, suspirando em seguida.

─ Lico, eu não vou demorar, juro pra você. – Daniel insistiu, porém ambos sabiam que isso era mentira, principalmente Elídio, que sorriu fraco, negando com a cabeça.

─ Tudo bem. – se rendeu, sabendo como Daniel não iria desistir. – Eu vou deitar e estarei te esperando, tá bom? Vê se não demora. – Daniel assentiu e antes de sair do escritório, Elídio lhe mandou um beijinho de longe, assoprando-o e Daniel o pegou no ar, guardando-o no coração.

Ambos sorriram e então Elídio se afastou, indo para o quarto; E no mesmo momento, Daniel voltou seus olhos a tela, dizendo a si mesmo que não demoraria mais que 30 minutos para ir deitar.

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Elídio acordou e, ainda de olhos fechados, passou a mão pela cama, sentindo o lado de Daniel vazio.

Com certo esforço, virou para o outro lado, pegando seu celular que estava carregando. Abriu minimamente os olhos para ver as horas e viu que eram 02:38h. Suspirou pesado, largando o aparelho no lugar onde estava.

Jogou o cobertor para o lado, sentou-se na cama e coçou um pouco os olhos. Bocejou e em seguida, levantou-se e caminhou devagar e lentamente para fora do quarto, vendo que a luz do escritório estava ligada.

Parou em frente a porta aberta e viu que Daniel continuava digitando e que não tinha notado sua presença ali. Sorriu fraco, andando até o marido, já sabendo o que fazer.

Chegou na mesa de Daniel e o mesmo levou um pequeno susto, pois até agora não tinha reparado que não estava sozinho ali. Sem deixar Daniel dar outra de suas desculpas, Elídio puxou a cadeira de rodinhas que ele estava sentado um pouco para trás. Em seguida, sentou-se no colo de Daniel, de frente para o mesmo, encaixando suas duas pernas para fora dos braços da cadeira e colando seu corpo ao corpo do marido, deixando sua cabeça encostada no pescoço dele, dando alguns beijinhos em sua pele. Daniel sorriu com o carinho, o abraçando carinhosamente, passando suavemente as mãos pelas costas de Elídio.

─ Já vamos deitar, só preciso terminar uma última coisinha... – Daniel sussurrou e em seguida, voltou sua cadeira ao lugar onde estava. Puxou o teclado um pouco mais para frente, conseguindo digitar sem muitas dificuldades, sentindo a respiração calma e relaxada de Elídio batendo na sua pele, o deixando relaxado também.

Elídio nada disse, apenas continuou em silêncio e de olhos fechados, praticamente com o rosto escondido no pescoço de Daniel e ouvindo somente o barulho das teclas do teclado.

Poucos minutos depois, Daniel sentiu Elídio completamente relaxado em cima de si, indicando que ele tinha dormido. Sorriu bobo ao sentir os batimentos calmos do coração dele, e isso lhe trouxe paz. Olhou as horas e viu que era praticamente 3h da manhã. Bocejou cansado, vendo que precisava terminar uma última coisa, porém antes de continuar, novamente sentiu a respiração calma de Elídio no seu pescoço e outra vez a sensação de paz estava presente.

Sorriu fraco, sentindo seus olhos pesados de sono e cansaço, salvando o texto como estava e se afastou da mesa. Fez alguns carinhos nas costas de Elídio, o acordando com muita dó. Ele até tentaria carregá-lo no colo para levá-lo até o quarto, porém as pernas do marido estavam encaixadas na cadeira de um jeito que ele não iria conseguir levantá-lo.

Alguns segundos depois, Elídio acordou e olhou nos olhos de Daniel, que sorriu levemente antes de murmurar um "vamos dormir na nossa cama, amor" fazendo Elídio retribuir o sorriso e lhe dar um selinho.

Elídio saiu do colo de Daniel, segurou na mão dele o levantando e juntos foram até a porta, saindo do escritório e desligando a luz. Foram até o quarto e deitaram na cama. Daniel praticamente gemeu baixo em satisfação ao finalmente sentir o colchão macio nas suas costas. Elídio riu baixinho enquanto se aproximava dele, cobrindo ambos com o cobertor quentinho.

Daniel sorriu ao sentir o marido se aconchegando nele, deitando a cabeça no seu peitoral e passando uma perna por entre as pernas dele debaixo do cobertor, deixando ambos colados. Daniel ama dormir desse jeitinho, grudado com Elídio, sentindo a respiração baixa e calma dele em cima de si.

Elídio ama dormir agarradinho a Daniel e também ama o fato de que, dormindo desse jeito, praticamente o "prendendo", sabe que acordará assim que Daniel acordar e se ele levantar cedo demais, vai fazê-lo ficar deitado e dormir novamente, tentando fazer ele descansar e aproveitar sua folga.

Pensando nisso, antes que pegasse no sono, sussurrou:

─ Dani... – o chamou baixinho.

─ Oi, amor... – Daniel respondeu com a voz no mesmo tom e bem sonolenta, já estando de olhos fechados, quase dormindo.

─ Você nem se atreva a levantar cedo e ir pro escritório que eu levanto junto e te arrasto de volta pra cá pelos cabelos, eu juro Daniel. – afirmou, também estando de olhos fechados e passando um braço pela cintura do marido, o abraçando carinhosamente.

Daniel não evitou que um riso baixinho escapasse da sua boca, até porque sabia que Elídio falava sério. Daniel sorriu, passando seus braços em volta do corpo do marido.

─ Eu também te amo. – Daniel disse, deixando um beijo suave na testa de Elídio, que sorriu com o gesto, ouvindo as batidas do coração de Daniel ficando mais calmas a cada momento.

E no silêncio do quarto, ambos adormeceram poucos segundos depois.