Regra dos 5 minutos.

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*a cia bbxs não existe aqui* "caminhando pela rua, elidio avista um homem sentado na calçada, no meio fio, aparentemente chorando e, sem pensar duas vezes, decide ir até ele e perguntar o que tinha acontecido."

Ou

"daniel odiava com todas as forças se importar tanto com os comentários maldosos e de má intenções que recebia."

*ps: ACHO que em algumas one's, como nessa daqui, por exemplo, vou começar a colocar as idades que imaginei para os personagens; então >aqui< o elidio tem em torno de 22 anos e o daniel 23, quase 24 anos

[ ... ]

Elídio havia marcado de encontrar alguns amigos no shopping para irem ao cinema. Arrumado como tanto gostava, caminhava em passos lentos, ora recebendo sorrisos amigáveis e gentis de estranhos – que Elídio retribuía –, ora recebendo olhares tortos e risadinhas maldosas acompanhadas de cochichos. Esses gestos Elídio apenas ignorava, pois eles não o afetavam mais há muito tempo e se sentia extremamente feliz e orgulhoso por isso.

Estava quase chegando ao destino quando, ao olhar para o outro lado da rua, avistou um homem sentado no meio fio da calçada, parando de andar no mesmo instante. O homem estava com a cabeça baixa, praticamente escondida entre as pernas, que estavam dobradas rente ao seu peito.

Com o pensamento que o estranho estava sozinho e provavelmente chorando ou no meio de uma crise, Elídio não pensou duas vezes em ir ajudá-lo. Em passos rápidos, porém cuidadosos e silenciosos, atravessou a rua, parando ao lado do homem que, agora mais de perto, julgou ter a sua idade, sendo talvez um ou dois anos mais velho. Devagar e sem fazer barulho, sentou-se ao seu lado, onde escutou um fraco som de choro vindo dele, fazendo o coração de Elídio apertar. Ele odiava ver qualquer pessoa chorando; Contudo, ali, sentiu-se ainda pior.

Em silêncio, pegou o celular no bolso de seus jeans e mandou uma mensagem no grupo do WhatsApp dos amigos, avisando que talvez demorasse um pouco para chegar e que eles podiam assistir o filme sem ele, que depois ele se explicaria melhor. Guardou o aparelho de volta e ficou alguns segundos em silêncio até que, num momento, resolveu se pronunciar, pensando em quais palavras deveria usar.

─ Hm... ei. – disse numa voz calma e baixa, porém alta o suficiente para que o homem escutasse. – Você tá bem? Precisa de alguma coisa? – continuou falando suavemente.

Elídio escutou o homem fungar baixinho, como se estivesse com o nariz entupido e, em seguida, observou como seu corpo continuava na mesma posição, ficando triste e preocupado pensando em quanto tempo ele estava chorando naquela posição.

A resposta demorou mais alguns segundos.

─ Tô bem. – ouviu o sussurro extremamente fraco e baixo, odiando escutar a voz dele tão quebrada e chorosa. Elídio só queria ajudá-lo de alguma forma.

─ Tem certeza? – usou o mesmo tom de antes. Percebeu o estranho apenas fazer um leve aceno de cabeça, como se concordasse. Elídio mordeu o lábio inferior, não tendo tanta certeza quanto a isso. – Bem, hm... Fico feliz que você esteja bem, então! – exclamou baixinho. – Mas se você não se importar, eu gostaria de ver o seu rosto... só pra ter certeza, sabe? Por favor. – pediu com a voz doce de sempre, falando suave.

Continuou esperando por uma resposta em silêncio ao lado dele por alguns minutos. Elídio definitivamente não iria deixá-lo sozinho. Só o faria se o rapaz pedisse por isso.

Pacientemente, aguardou mais alguns instantes, até que a voz se fez presente outra vez.

─ Você ainda tá aqui, não tá? – escutou no mesmo tom de antes.

One Shots - BarbixasOnde histórias criam vida. Descubra agora