One Shots - Barbixas

Vizinho.

*a cia bbxs não existe aqui* "elidio precisa de um favor e quem melhor para ajudá-lo se não daniel, seu bonito e gentil novo vizinho há quase 3 meses?"

*elidio tem 29 anos e daniel 31*

[ ... ]

─ Elídio?! – Daniel exclamou espantado ao olhar pelo olho mágico da porta, encontrando o vizinho que sempre foi tão gentil desde o primeiro dia que se mudou para o prédio.

Daniel destrancou a porta, abrindo-a, conseguindo vê-lo melhor. Elídio estava completamente molhado de suor, com os cabelos desarrumados e também levemente molhados. Reparou que usava uma camiseta de time de futebol, uma bermuda e chuteira nos pés. Nas mãos, segurava uma toalha branca, algumas roupas e no rosto, tinha um pequeno sorriso, fazendo o coração de Daniel bater mais rápido em plena quase 10 horas da noite de sexta-feira.

─ Uau, Dani, não sabia que você usava óculos! – Elídio comentou, trazendo Daniel de volta a realidade.

─ A-ah, eu estava lendo antes de vir abrir a porta... Preciso deles pra ler... – respondeu, sorrindo timidamente, ajeitando-o no rosto com o dedo indicador.

─ Bem, você deveria usá-los sempre. Fica muito bonito de óculos! – elogiou com uma piscadinha, adorando como o vizinho bonito ficou desconcertado.

─ Certo, hm... Mas o que foi? Precisa de alguma coisa? – questionou afim de mudar de assunto.

─ Ah, sim! Na verdade, eu preciso de um favor, se não for incomodá-lo... – mordeu o lábio inferior, realmente envergonhado por um minuto. – Eu fui jogar bola com uns amigos e cheguei agora pouco em casa... Daí fui tomar banho, porque não sei se você percebeu, mas eu tô um nojo... – riu, sendo acompanhado por Daniel. – Quando liguei meu chuveiro, ele queimou e eu não tenho uma resistência reserva pra trocar... Eu tô muito sujo pra tomar só um banho de canequinha com água quente esquentada no fogão... E tá tão frio pra tomar banho com a água gelada essas horas da noite... – deixou no ar por alguns segundos. – Daí pensei... – colocou uma mão no queixo, fingindo pensar, fazendo Daniel rir outra vez. – Será que o meu vizinho gentil não deixaria eu tomar banho na casa dele não? – enfim pediu o que queria. – Prometo que serei rápido!

Daniel pensou por alguns segundos, não vendo problema nenhum naquilo. Afinal, vizinhos ajudam vizinhos, certo? E bem, seria uma maldade dizer não para Elídio, afinal, ele realmente precisava de um banho e estava muito frio para entrar embaixo da água terrivelmente gelada.

─ Claro que pode, vem cá! – com um pequeno sorriso, deu espaço para Elídio entrar, que sorriu de volta, deixando as chuteiras perto da porta para não sujar o apartamento que notou ser tão limpo, arrumado e organizado.

─ Obrigado mesmo, Dani. – agradeceu enquanto o vizinho fechava a porta.

Daniel apenas sorriu outra vez e foi mostrar onde ficava o banheiro para Elídio, deixando-o lá dentro, voltando para o sofá onde estava sentado usando seus pijamas – uma camiseta velhinha e calça de moletom –, pegando de volta o livro marcado pelo marca páginas que estava lendo antes de escutar a campainha tocar. Daniel riu sozinho por um momento, não acreditando que o vizinho lindo, fofo e engraçado por quem talvez, apenas talvez, tenha uma quedinha estava tomando banho no seu banheiro.

Lendo o livro, acabou perdendo a noção do tempo e, por estar tão entretido na leitura, se assustou por um segundo quando Elídio apareceu na sala, chamando-o. Daniel marcou a página que parou e devolveu o livro para a mesinha de centro, só colocando os olhos em Elídio agora, sentindo o coração bater mais rápido com a visão que teve.

Elídio estava limpo e muito cheiroso. Os cabelos ainda estavam levemente molhados, onde o vizinho continuava secando-os com a toalha que trouxe. Ele vestia uma camiseta branca que aparentava ser tão velhinha quanto a sua e um shorts curto azul claro. No rosto, um sorriso bonito, deixando as pernas de Daniel fracas.

─ Obrigado mesmo, Dani. – agradeceu outra vez, onde Daniel se obrigou a voltar ao normal, levantando do sofá e dando alguns passos em direção a Elídio. – Você salvou a minha noite. – comentou com um sorriso e Daniel retribuiu. – Te devo uma! – afirmou, onde Daniel negou com a cabeça.

─ Não precisa agradecer e não precisa me dever nenhum favor, Elídio. Fiz de coração e sei que você faria o mesmo por mim, certo? – indagou, recebendo um aceno de cabeça positivo, junto com um sorriso bonito.

Eles conversaram por mais alguns minutos, até Elídio dizer que estava muito tarde e Daniel deveria estar cansado, dizendo que iria embora. Andaram até a porta e Daniel a abriu, porém antes que Elídio saísse, segurou delicadamente o braço dele, pedindo-o que colocasse um par de chinelos seus, assim não sujaria seus pés. Elídio sorriu maior, feliz e admirado por outra gentileza do seu adorável vizinho. Vestiu o calçado e, com a toalha pendurada em um dos ombros, pegou as chuteiras sujas com uma mão e as roupas usadas na outra, saindo do apartamento.

─ Obrigado mais uma vez, Dani. – agradeceu e novamente Daniel apenas sorriu. – É, Dani... Desculpe se eu estiver sendo muito intrometido e tal, mas posso te fazer uma pergunta? – pediu e Daniel assentiu. Elídio respirou fundo. – Você tem alguém? Tá interessado em alguém? É solteiro? – questionou, pegando Daniel totalmente de surpresa.

─ A-ah, bem... Eu não tenho ninguém. – respondeu após alguns segundos. – Por quê? – quis saber o interesse dele por trás daquelas perguntas.

Elídio respirou fundo mais uma vez.

─ É que eu tô flertando contigo desde a primeira semana que você se mudou! – confessou de uma vez, deixando Daniel boquiaberto, surpreso outra vez. – E você, ao mesmo tempo que não flerta de volta, também não me rejeita... Eu queria saber se você é apenas educado demais e não quer me dar logo um fora ou se você também quer tentar algo comigo e eu não tô entendendo seus sinais! – disse de uma vez.

Ficaram em silêncio por alguns segundos, quando Daniel, nervoso, começou a rir, pegando Elídio de surpresa, fazendo-o rir junto consigo, amando a risada gostosa do seu novo vizinho.

─ Certo, certo... – Daniel disse, onde ambos pararam de rir após segundos. – Me desculpe, mas a verdade é que eu não sabia que você estava flertando comigo... – confessou, sentindo-se envergonhado. – Meus amigos dizem que eu sou um pouco lerdo e bem, acho que eles estão certos... – riu nasalado, sendo acompanhado por um risinho de Elídio. – Mas se eu tivesse percebido isso, teria flertado de volta, pois eu também tô interessado em você... – admitiu, sorrindo pequeno e Elídio sorriu um sorriso enorme de volta, deixando seus olhos pequenos e formando pequenas ruguinhas nos cantinhos. Daniel achou aquilo tão lindo, um charme.

─ Bem... Agora que você já sabe meu interesse por você... Aceita jantar amanhã lá em casa? Sabe, é apenas um pequeno agradecimento por me emprestar seu chuveiro... – sorriu de lado.

Daniel lhe sorriu de volta.

─ Eu adoraria. – aceitou o convite.

─ Perfeito! – exclamou contente. – Te espero lá as 20h, pode ser? – questionou e Daniel assentiu. – Só mais uma pergunta: você come qualquer coisa? Tem alguma coisa que não goste? Ou algum prato favorito? – quis saber, realmente interessado em fazer algo que Daniel gostasse.

─ Bem, ah... Eu sou vegetariano... Então algo sem carnes seria bom, por favor. – riu, sendo acompanhado por Elídio outra vez. – Mas qualquer coisa que você fizer vai estar ótimo e eu vou gostar! – sorriu aquele sorriso lindo que Elídio achava tão bonito.

─ Espero que goste mesmo. Assim como espero que goste da sobremesa depois... – com um sorriso de lado, piscou um olho, não tendo certeza se Daniel entendeu ou não. Contudo, no final da noite, Elídio mostraria de que sobremesa estava falando. – Até amanhã, Dani! E não se preocupe, eu vou devolver seus chinelos! – brincou, fazendo Daniel rir outra vez, andando em direção ao seu apartamento. Entrou, dando um tchauzinho com a mão e Daniel fez o mesmo antes de ambos fecharem as portas.

Daniel voltou para o sofá, rindo sozinho, não acreditando no que tinha acontecido. Realmente, tinha um encontro com o seu vizinho gentil, bonito e engraçado. Porém, instantes depois, ficou sério por um segundo, pensando que a sobremesa que Elídio se referia era... Não, não podia ser. Ou... podia? Soltou um riso nervoso, realmente em dúvidas. Mas bem, logo descobriria de que sobremesa ele falava.

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