*a cia bbxs não existe aqui* "chegando em casa após mais um dia de trabalho, daniel percebe o quanto é sortudo por poder chamar o melhor amigo – desde quando eram crianças – de 'marido' há alguns bons anos."
Ou
"daniel não imaginava que poderia amar ainda mais a sua família do que já amava."
[ ... ]
Após entrar em casa e trancar a porta, Daniel tirou os sapatos, deixando-os perto da entrada, ficando somente de meias. Deixou as pastas que carregava num cantinho em cima da mesa e afrouxou o nó da gravata que usava, soltando um suspiro cansado. Seu trabalho era um pouco cansativo, não negaria. Contudo, Daniel gostava e era bem feliz nele.
Com o nó da gravata já frouxo em volta do pescoço, tirou o paletó, deixando-o pendurado em uma das cadeiras da mesa e abriu alguns botões da camisa branca que usava. Em seguida, foi em direção a cozinha, onde lavou as mãos antes de abrir a geladeira para pegar um copo de água gelada.
Enquanto bebia, reparou em algumas coisas cortadas por ali, como alho, cebola, salsinha e um pacote de macarrão fechado. Daniel havia avisado o marido, Anderson, que não conseguiria pegar a filha na creche, pois seu chefe havia marcado uma reunião de última hora. Sendo assim, Anderson foi buscar a bebê de quase 6 meses.
Terminando de beber a água, Daniel imaginou que a pequena que sempre chega da creche já de banho tomado, barriguinha cheia e dormindo tranquilamente, acordando somente depois de algumas horas, havia acordado antes do previsto e Anderson precisou parar de preparar o jantar para ir até ela. Anderson normalmente fazia as refeições e Daniel ficava com a louça para lavar.
Daniel lavou o copo que usou e, buscando pelo marido e a sua bebê, começou a andar até o quarto dela devagar, sem fazer barulho. Talvez ela estivesse quase dormindo e Daniel não queria atrapalhá-lo.
Nas pontas dos pés, ao quase chegar na porta do quarto da filha, Daniel pôde escutar o marido cantar.
─ Vem, oh meu bem. Não chore não, vou cantar pra você... – escutou a voz baixa e doce, sorrindo. Daniel amava quando Anderson cantava.
Quando finalmente Daniel chegou na porta que estava aberta, com o quarto sendo iluminado apenas por uma leve luz lilás do pequeno abajur de tomada, Daniel sentiu um sorriso involuntário e enorme formando-se no rosto. Ele encostou-se na porta e, em completo silêncio, resolveu ficar apenas admirando a cena, admirando os dois amores da sua vida.
Anderson estava distraído com a pequena no colo, balançando devagar de um lado ao outro, sorrindo todo bobo enquanto cantava a música "um anjo do céu" para ela, nem imaginando que estava sendo observado pelos olhos tão amorosos e que transbordavam amor de Daniel.
─ Um anjo do céu, que me escolheu... – sorriu para a pequena, deixando um suave beijo em sua testa. – Serei o seu porto, guardião da pureza... – Anderson suspiro, emocionado. Definitivamente, esse serzinho fofo e indefeso nos seus braços e o marido Daniel eram tudo para ele.
Daniel não conseguia parar de sorrir. Quis correr até a sala para pegar o celular e gravar o momento, porém suas pernas congelaram no lugar, não querendo sair dali e perder nenhum segundo daquela cena. Nenhum segundo de Anderson cantando para a sua filha. Nenhum segundo dela dormindo tão tranquilamente e tão segura nos braços dele. Nenhum segundo do sorriso lindo e radiante que Anderson tinha no rosto.
─ ... Que é pra eu cuidar, que é pra eu amar... – Anderson cantarolava outra parte da música. – Gota cristalina, tem toda inocência... Vem, oh meu bem. Não chore não, vou cantar pra você... – fez um leve carinho na mão gordinha da pequena. – Vem, oh meu bem. Não chore não, vou cantar pra você... – a neném, mesmo dormindo profundamente, havia sorrido e Anderson sorriu todo bobo junto. – Dorme, meu amor. O papai Andy ama você e o papai Dani também, viu? Você é a nossa joia perfeita, o nosso anjinho que veio do céu. Nós te amamos muito, pequena. – a voz doce, calma e leve fez a neném sorrir outra vez.
Daniel se achava a pessoa mais sortuda do mundo por ter presenciado essa cena. Por ter Anderson na sua vida há tanto tempo. Por agora terem um serzinho de luz – que trouxe ainda mais alegrias e amor para suas vidas – para cuidarem juntos. Por Deus, Daniel não aguentava tanto amor que estava presenciando, aquilo havia sido demais para o seu pobre coração. "Essa cena definitivamente é a personificação do amor", pensou, sentindo os olhos molharem.
Um suspiro baixo, porém alto o bastaste para denunciar que ele estava ali os observando escapou e, no mesmo instante os olhos de Anderson foram até a porta, sorrindo abertamente para o marido, que retribuiu.
─ Ei, pequena. – olhou para a filha por um instante, voltando os olhos para Daniel. – Seu outro papai chegou. – com os olhos, chamou Daniel para entrar, que devagar e em silêncio, caminhou até os dois. Deixou um selinho demorado e carregado de amor nos lábios do marido e, em seguida, um suave beijinho na testa da pequena, seguido de um "oi, meu bem" sussurrado bem baixinho, com a voz amorosa. A neném havia sorrido outra vez, fazendo ambos os papais quase derreterem de tanto amor.
─ Ela sorriu, Andy! Ela sorriu, você viu? – comentou falando baixinho, todo feliz e emocionado. Anderson sorriu.
─ Eu vi, amor. Ela sorriu pra você. – deixou um beijo na bochecha de Daniel. – Nós sentimos a sua falta. – comentou. Era verdade. Daniel sorriu pequeno, retribuindo o beijo na bochecha do marido, que sorriu outra vez. – Vou colocar ela no berço e ir terminar o nosso jantar, o que você acha? Deve estar com fome. – Anderson sugeriu. Daniel negou, porém o ronco de sua barriga denunciou a verdade. Daniel sorriu envergonhado pela mentira, ao que Anderson precisou segurar um riso. – É, eu definitivamente preciso fazer o nosso jantar. – comentou divertido. Foi a vez de Daniel abafar um riso.
Com a ajuda do marido, Anderson conseguiu colocar a pequena no berço, deixando-a confortável, com uma leve cobertinha. Eles olharam para ela por mais alguns segundos antes de saírem do cômodo, deixando a porta aberta.
─ Foi tudo bem, Andy? – Daniel questionou ao chegarem na cozinha.
─ Foi sim, amor. Ela só acordou chorando um pouquinho, mas não era fralda molhada e nem fome. Pensei que talvez pudesse ter sido cólica, daí peguei ela no colo e fiquei cantando até você chegar. – sorriu ao contar, fazendo Daniel sorrir junto. – Sério, Dani, eu amo essa pequenininha tanto, mas tanto. – suspirou, indo abraçar o marido. – Obrigado por me dar a nossa família. – sussurrou no ouvido dele, onde ambos sentiam o coração um do outro batendo juntos, em sincronia, dentro de seus peitos.
─ Eu que agradeço a você, Andy. – Daniel os separou um pouquinho, porém continuavam abraçados. Se separaram o suficiente apenas para que seus olhos se encontrassem. – Obrigado por ser meu melhor amigo, meu marido, a pessoa com quem eu quero partilhar a minha vida até o meu último suspiro. – ambos sorriram com os olhos marejados. – Obrigado por topar essa loucura de adotar um bebê e assim fazer o nosso amor pular para fora dos nossos corações, se transformando naquela coisinha pequenininha e fofa dormindo tranquilamente. Obrigado, Andy, por me fazer o homem mais feliz do mundo. Eu tenho muita sorte em ter vocês na minha vida. – Daniel não conseguiu mais conter as lágrimas, ao que Anderson já estava chorando enquanto deixava vários beijinhos por todo o rosto do marido, dizendo o quanto amava ele e amava a família deles.
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One Shots - Barbixas
FanfictionCada "capítulo" será uma história diferente. Algumas mais fofas, outras +18, outras mais sérias e assim vai. Terá MUITO DANIDIO; mas não será só isso. Provavelmente sairá uma oneshot por semana, toda sexta-feira ou todo domingo. ( não prometo nada )...