"Me ajuda!"

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*a cia bbxs não existe aqui* "daniel não entende nada quando seu vizinho de porta, elidio, bate desesperadamente na sua porta às onze horas da noite, quase meia-noite."

[ ... ]

─ Dani! DANI! – a voz do vizinho ao lado e as batidas que ele dava na porta despertaram Daniel, que tinha acabado de deitar.

Depressa, levantou-se. Calçou os chinelos e em passos rápidos, já estava em frente a porta, a destrancando e abrindo em seguida.

─ Lico?! O que aconteceu? – perguntou, percebendo o desespero no olhar dele. Elídio usava pijamas, assim como Daniel.

Elídio nada disse, apenas segurou na mão de Daniel, puxando-o até o seu apartamento, que estava com a porta aberta.

Daniel não estava entendendo nada, até que, quando parou na frente da porta aberta e olhou para onde Elídio apontava, reparou que havia uma barata enorme – com direito a asas – no chão da sala de Elídio.

─ Me ajuda, me ajuda! Olha ali! – apontou para o inseto. – Pelo amor de Deus, mata isso! Eu tô sem veneno em casa e tenho medo de tacar o chinelo e ela voar em cima de mim! – falava agitado, em desespero.

Daniel, ainda em choque, conseguiu raciocinar rápido. Pediu para Elídio esperar alguns segundos que ele buscaria o tubo de veneno em sua casa. Elídio concordou. Daniel saiu e em instantes, voltou com a "arma" em mãos.

Elídio ficou atrás dele e Daniel praticamente despejou meio tubo de spray no inseto, que voou duas vezes, fazendo Elídio gritar. Ambos agradeciam pelo prédio ter poucos moradores e por, no andar deles, serem somente eles morando.

Minutos depois, a barata estava sem vida no chão. Daniel foi até o próprio apartamento e voltou com duas folhas de papel toalha. Pegou o inseto e foi jogá-lo no lixo. Em seguida, foi lavar as mãos na pia da cozinha de sua casa, ao que Elídio, seu vizinho, o acompanhou. Daniel percebeu ele envergonhado.

─ Ei, Lico. – chamou, já secando as mãos. - Não precisa ficar assim, tá tudo bem. – sorriu para ele, ganhando um sorriso totalmente envergonhado de volta.

─ Desculpa te incomodar essas horas. É que eu fui buscar água na cozinha e quando vi esse bicho, entrei em pânico. Eu morro de medo de baratas, como você deve ter percebido. Desculpa mais uma vez por ter te tirado da cama. – sorriu envergonhado outra vez. Daniel apenas sorriu compreensível.

─ Tá tudo bem, mesmo. E seu medo é totalmente compreensível, ainda mais essa que era enorme e tinha asas, cruzes. – ficou feliz por conseguir uma risadinha de Elídio.

Eles trocaram mais algumas palavras e Elídio se despediu, pedindo desculpas mais uma vez e Daniel disse que se outra intrusa aparecesse, Elídio poderia chamá-lo, não importasse a hora que fosse. Eles trocaram um "boa noite", sorrisos e cada um fechou a própria porta.

Ao finalmente estar de volta embaixo das cobertas, Daniel esboçou um riso, rindo sozinho. Adorava o quanto seu novo vizinho, Elídio, era doidinho e divertido. Adorava que, desde que Elídio havia se mudado para lá, sua vida estava bem mais divertida e alegre.

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*24/31

One Shots - BarbixasOnde histórias criam vida. Descubra agora