One Shots - Barbixas

Molho de tomate.

*a cia bbxs não existe aqui* "elidio só queria comer um simples macarrão com molho de tomate e queijo ralado. mas bem... o que fazer quando tem apenas 1 sachê de molho da sua marca favorita na prateleira e outra pessoa pega ao mesmo tempo que você?"

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─ Já peguei o macarrão, um pacotinho de queijo ralado e alguns tomates... – Elídio falava sozinho enquanto andava pelos corredores do pequeno mercadinho perto da sua casa. – ... Bem, só falta achar o molho. – foi em busca do que faltava para a receita que queria fazer e não tinha nenhum ingrediente em casa.

Distraído, Elídio virou o corredor onde sabia estar o molho de tomate da sua marca favorita. Andava devagar até que chegou na prateleira onde ele deveria estar e, sem olhar, levou uma mão até uma embalagem; Contudo, antes que encostasse nela, acabou tocando em uma mão, reparando o quanto ela era macia.

Ainda segurando a mão, levantou o olhar, ficando estático com a beleza do homem perto de si. Os cabelos eram levemente compridos e grisalhos em alguns lugares, usava óculos e tinha os olhos mais bonitos que Elídio já tinha visto.

Elídio ficou completamente desconcertado, só acordando e voltando ao presente quando escutou o homem forçar uma tosse. Elídio soltou a mão dele na hora, envergonhado.

─ Opa! – falou alto demais, ficando ainda mais envergonhado. – Desculpe ter... agarrado a sua mão... – sorriu sem jeito. "Céus, o que diabos aconteceu comigo?!" pensou, se sentindo um idiota.

─ Não precisa se desculpar, tá tudo bem. – o estranho sorriu pequeno, deixando Elídio nervoso outra vez. – Você provavelmente estava distraído e não me viu... – comentou e Elídio mexeu a cabeça, concordando. – E bem... Não sei se você reparou, mas esse é o último sachê de molho dessa marca e bem, pode ficar! – estendeu a embalagem para que Elídio pegasse, este que, mesmo nervoso, pensou rápido e decidiu arriscar-se.

─ Não, não! Você pegou primeiro, é seu! – afirmou com convicção, percebendo o homem arquear uma sobrancelha.

─ Tem certeza? – questionou e Elídio assentiu. – Bem, muito obrigado, então! – sorriu em agradecimento enquanto colocava o produto na cestinha que segurava e Elídio jurava que era o sorriso mais lindo que ele já tinha visto.

─ A propósito, sou Elídio. – se apresentou rapidamente antes que ele fosse embora. – E você é...

─ Daniel. – estendeu a mão e Elídio o cumprimentou, adorando sentir a pele macia dele outra vez. – Obrigado novamente pelo molho, Elídio. – outra vez aquela droga de sorriso perfeito estava presente, deixando Elídio desconcertado outra vez.

─ A-ah, não foi nada, Dani. – nervoso, gaguejou um pouco, se sentindo ainda mais idiota. Talvez havia passado tempo demais sem se interessar por ninguém e agora não sabia mais como flertar? Entretanto, estava decidido a tentar algo. – Mas sabe... – deixou no ar.

─ Sim? – colocou os olhos em Elídio, que engoliu em seco com o olhar tão hipnotizante dele.

─ É que sabe... Agora eu fiquei sem molho... – falava e Daniel arqueou uma sobrancelha, o olhando curioso e desconfiado. – ... Eu só queria comer um macarrão, sabe... Se eu tivesse um lugar pra ir agora... Comer macarrão... – deixou no ar e, segundos depois, escutou Daniel rindo baixinho, fazendo com que Elídio sorrisse.

Talvez Daniel havia entendido onde Elídio queria chegar e havia gostado da ideia? Talvez o plano de Elídio de ser convidado para casa dele havia dado certo? Ou talvez ele se ofereceria para ir até a casa de Elídio e cozinhar para ele?

─ Bem... – Daniel começou e Elídio ainda sorria. – Você gostaria de vir na minha casa? – questionou e o sorriso de Elídio apenas aumentou.

Porém antes que respondesse ao convite feito...

─ Lá tem somente eu e minha esposa. Então se quiser vir comer macarrão com a gente... – o sorriso de Elídio havia sumido completamente em segundos ao escutar a palavra "esposa" e, só agora, havia reparado que na outra mão de Daniel, estava uma aliança. Elídio não sabia onde enfiar a cara.

─ E-eu, e-eu, eu... – terrivelmente nervoso, gaguejou outra vez, fazendo Daniel rir. – Meu Deus, me desculpa mesmo! Eu não vi sua aliança e aí... Que vergonha. – sem querer ficar para escutar a resposta de Daniel, Elídio apenas virou de costas, deixando sua cesta na prateleira vazia e praticamente correu em direção a saída do estabelecimento.

Já havia passado vergonha o suficiente para o resto da semana.

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*09/31

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*ps: levemente inspirada na primeira cena do "título no meio #30"!