Pov Daniel
─ DANIEL, CORRE! NÃO OLHA PRA TRÁS! – escutava Anderson gritar, segurando minha mão com força, enquanto corríamos aparentemente sem rumo no meio de uma velha, abandonada e assustadora estação de trem.
Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, de como havíamos parado nesse lugar. Ao mesmo tempo que corria com Anderson, olhava ao redor algumas vezes por poucos segundos, e tudo que sentia era medo e confusão. Tudo estava muito escuro, com praticamente nenhuma luz, nem mesmo fraca, iluminando o lugar. Porém, eu conseguia ver algumas... teias de aranha gigantes e brilhosas?
"Mas o que está acontecendo aqui?!" pensei atordoado, com certa dor de cabeça, tentando entender o que está acontecendo e ou lembrar de alguma coisa.
Continuávamos correndo muito, até que num momento, acabei tropeçando em alguma coisa e caí com tudo no chão, gemendo de dor; E consequentemente, acabei puxando Anderson junto comigo, fazendo ele cair ao meu lado. Ofegante e com dor devido a queda, fiquei alguns segundos deitado e logo percebi que havia tropeçado em um trilho.
Eu e Anderson estávamos a poucos segundos deitados bem no meio dos trilhos, ambos respirávamos ofegantes. Passado mais alguns segundos, Anderson pareceu ter levado algum choque ou tomado um susto, pois ele levantou-se rapidamente, ficando sentado e me olhou com um olhar de pânico que me deixou com mais medo do que eu já estava.
─ Andy, o que foi?! O que voc... – sem me deixar terminar minha fala, Anderson levantou-se bruscamente, saindo dos trilhos e me puxando junto. – AI! – gemi alto de dor, sentindo que meu braço provavelmente havia quebrado com a queda.
─ Desculpa, mas eu precisei fazer isso! – exclamou ofegante, me olhando e logo em seguida, voltou seu olhar aos trilhos. – Eu precisei fazer isso rápido, ou estaríamos mortos daqui alguns segundos. – sua última fala saiu num sussurro, porém eu consegui ouvir. Fiquei ainda mais assustado.
─ Anderson, o que tá acontecendo?! Por que estamos aqui? Como a gente chegou aqui?! – enchi ele de perguntas, aguardando respostas.
─ Você consegue correr? Me diz que sim, pelo amor de Deus! – disse, ignorando totalmente as minhas perguntas, me deixando irritado.
─ Anderson, dá pra me responder?! – exclamei.
─ Daniel, se você não percebeu, agora é um péssimo momento pra gente brigar e eu estou tentando nos manter vivos, então se você não se importa, pode simplesmente responder a minha pergunta? – seu tom de voz era sério, assim como seu olhar penetrante no meu. Eu fiquei sem palavras, então apenas engoli em seco, assentindo.
─ Eu acho que quebrei meu braço... – massageei o local e mordi meu lábio ao sentir a dor aumentar. – Mas foi só isso mesmo, minhas pernas e pés continuam bons.
─ Ótimo. – Anderson disse, porém pareceu ter refletido por alguns milésimos de segundos depois. – Quer dizer, não totalmente ótimo porque pela sua cara, seu braço tá doendo muito, mas você me entendeu. – sorriu sem graça.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, até que me assustei quando literalmente do nada um trem passou com toda velocidade sob os trilhos; E apesar de sua velocidade e do ambiente muito escuro, reparei que sua cor era azul, alguns tons de azul misturados. "Se estivéssemos ali, com toda certeza estaríamos mortos agora" pensei e automaticamente engoli em seco novamente, sentindo meu coração errar as batidas. Olhei para Anderson, e o pânico em seu rosto era evidente.
Eu continuava sentado e ele em pé. Sem me dar chances de perguntar qualquer outra coisa, Anderson rapidamente segurou minha mão forte, me levantando e começou a correr novamente. Eu apenas o seguia, tentando ignorar a dor no meu braço e entender o que está acontecendo.

VOCÊ ESTÁ LENDO
One Shots - Barbixas
FanfictionCada "capítulo" será uma história diferente. Algumas mais fofas, outras +18, outras mais sérias e assim vai. Terá MUITO DANIDIO; mas não será só isso. Provavelmente sairá uma oneshot por semana, toda sexta-feira ou todo domingo. ( não prometo nada )...