Ela queria um emprego.
Ele queria alguém que resistisse a ele.
Abigail "Abby" Peterson é uma mulher baladeira que aproveita a vida como bem entender. Ela está a procura de um emprego e depois de um encontro com alguém do seu passado, um acordo é jog...
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— Então o quê? Ele foi embora? — Sabine pergunta do outro lado da linha depois que conto a ela o que aconteceu ontem.
— Sim — espero que não dê para notar a frustração em minha voz.
— E você deixou?
— E o que eu deveria fazer? — viro a caixa de leite na boca.
— Dar pra ele?
Engasgo, espirrando leite e não é uma coisa bonita quando molha minha blusa.
— Sim, eu com certeza deveria ter dado para ele na frente do meu prédio — resmungo, colocando o leite na pia e pegando papel toalha para me limpar.
— Por que não convidou ele para entrar, então?
— Porque estamos divorciados? — Desisto de tentar limpar minha blusa que agora está meio transparente e jogo o papel no lixo.
— E?
— Como assim "e"? Não posso transar com meu ex-marido. Além disso, precisamos pensar no Christian.
— Ainda não consigo ver o problema.
— O problema é que se eu transar com Dominic, mesmo que seja uma vez, não irá acabar bem. Nós iremos discutir e nossa relação ficará mais estranha do que já está e isso é algo que não precisamos se queremos criar o Christian juntos.
— Vocês ficaram juntos por dois meses por conta de um contrato e se saíram muito bem tentando esconder seus sentimentos.
Calo a minha boca porque ela tem um ponto e mesmo que eu tenha um argumento contra isso, não digo. Sabine apenas me ficaria tentando me convencer do contrário.
Graças a Deus, minha campainha toca.
— Eu vou ter que ir. Te ligo depois.
— Ligue apenas quando você tiver dado para ele.
— Então ficaremos sem nos falar até os fins dos meus dias.
— Veremos.
Reviro os olhos e desligo o telefone fixo antes de ir abrir a porta, Lena já latindo como se dissesse para eu me apressar.
— Bom dia.
Eu quero morrer. Agora mesmo. Um raio podia cair na minha cabeça. Uma cratera pode abrir sob meus pés.
Porque nem fodendo Dominic está parado na minha porta, segurando Christian, enquanto eu estou com uma camisa semi transparente e só de calcinha.
Meus dedos seguram a porta com força quando seus olhos azuis sobem em câmera lenta por minhas pernas até parar em meus seios. Eu sei que ele nota meus mamilos rígidos quando engole em seco.
— Eu não sabia que você viria hoje. — digo, lembrando-me que tem um bebê entre nós.
— Eu mandei mensagem — ignoro sua voz rouca ao pegar Christian. Eu deveria correr para me trocar, mas não é como se ele já não tivesse me visto com menos coisa que isso.
