Ela queria um emprego.
Ele queria alguém que resistisse a ele.
Abigail "Abby" Peterson é uma mulher baladeira que aproveita a vida como bem entender. Ela está a procura de um emprego e depois de um encontro com alguém do seu passado, um acordo é jog...
Esse capítulo tem mais de 5K então comentem muito, pois precisei reescrever ele todinho.
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Coloco o pano de prato no ombro e carrego a bandejas com os biscoitos de gengibre para a sala de jantar. Eu passei um bom tempo fazendo formas diferentes, como quando eu era criança.
A casa está toda decorada — Karen me obrigou a ajudá-la quando Beatrice fazia tudo errado e Liam só servia para beber o whisky — mas até que fizemos um trabalho bom.
Faz muito tempo desde que comemorei o Natal com a minha família. Essa data sempre fora sinônimo para tortura pois meu pai nos obrigava a ir para a festa na empresa e depois a festa que ocorria aqui, com os sócios mais chegados e a parte da família que é tão ruim quanto ele era.
— Você ainda não está pronto? — Karen arregala os olhos ao me ver arrumando a mesa.
Sorrio para ela.
— Está linda, maninha — não estou apenas tentando fugir do sermão que ela vai me dar, mas porque está realmente linda, com um vestido de seda verde que realça muito bem os seus olhos.
— Bem, obrigada. — Minha irmã põe o cabelo loiro que cresceu nos últimos meses por cima do ombro, fazendo as pulseiras de ouro balançarem em seu pulso. — Agora se apresse, daqui a pouco os outros chegam.
Os outros. Claro, os Peterson. A família da Abby... e ela.
A última vez que nos falamos foi em seu aniversário, quando consegui resistir ao impulso de ir até ela... e fazer outras coisas. Mas eu resisti, lembrando a mim mesmo que ela pediu um tempo.
Os meses que passei sem ela foram ao mesmo tempo um inferno por sentir sua falta a cada momento do meu dia e também maravilhoso porque eu tenho o Cristian. Passo a maior parte tempo com ele quando não estou no trabalho. Outra coisa que tem sido boa. Diferente de trabalhar na Davenport Company, a LPS realmente me agrada e não me dar dor de cabeça, além do fato que trabalhar com meu irmão e minha melhor amiga é reconfortante.
— O que você ainda tá fazendo aqui? — Beatrice se junta a nós, abraçando minha irmã por trás. É claro que está usando um terninho preto, a cor também sendo presente em seus lábios.
Às vezes não consigo entender como elas podem se dar tão bem sendo tão diferentes.
— Eu já estou acabando. — Reviro os olhos, trocando o lugar dos biscoitos com a bandeja das bengalas doces.
— Se você não sair daqui agora, eu vou chamar a mamãe — Karen ameaça.
Mesmo não querendo, eu acabo cedendo porque não quero que nossa mãe me puxe pela orelha.
Jogo o pano de prato nas duas ao passar.
— Não deixem Liam comer os biscoitos.
Assim que chego no topo da escada, ouço a campainha.
