Myne, das Cinco Ilhas.
Dia 13.— Você vai começar a se explicar, Jung? — Indagou o governador, nada amigável.
Wooyoung permaneceu largado na cadeira na ponta da enorme mesa de jantar, os olhos correndo por todo o retângulo de pessoas à sua frente. Ele sorriu.
— Explicar o quê? Eu vou embora desse muquifo caro, é isso.
Hongjoong respirou fundo enquanto esfregava os olhos. Todos tiveram uma reação parecida, tentando livrar o rosto do cansaço.
Após aquele vexame na festa, era óbvio que alguém teria que tirar Wooyoung daquele palco, e esse alguém fora Kyesang, o que acarretou em um desentendimento envolvendo os imediatos do capitão e soldados de Myne. Hongjoong apaziguou as coisas com o povo justificando o surto de Wooyoung com o excesso de bebida, e a desculpa caiu muito bem. A festa continuou para os habitantes, mas Wooyoung foi arrastado a contragosto para aquele cômodo em que estavam agora, e o núcleo principal se juntou logo em seguida.
— Wooyoung, você não vai embora — Hongjoong determinou.
— E é você quem vai me impedir, escolhido? — o deboche no tom dele foi intensificado pelo seu estado nada sóbrio.
— Você colocou muita gente em risco para ser trazido até aqui — começou a Lady. — Você chegou, nos enfrentou na frente de todos, provou sua arrogância e prepotência e poder, exigiu que suas vontades fossem feitas, e, em troca, nos disse que ajudaria contra King Island. Está me dizendo que vai ignorar tudo isso e ir embora?
— Sim.
Yoona franziu a boca em desgosto.
— Digno de um pirata haliano...
— E pelo quê você vai renunciar sua palavra? — Hongjoong estava sério, os punhos fechados. Mesmo insatisfeito com a postura do capitão, ele não deixaria a Lady aprofundar aquele argumento preconceituoso como se o haliano fosse daquele jeito só porque nasceu em Hala.
Wooyoung percebeu sua postura rígida. Talvez ele não estivesse bêbado o suficiente para lidar com o Hongjoong capitão. Ele se remexeu na cadeira.
— Não é da sua conta.
— Você está de sacanagem, Jung?! — Jongho bateu na mesa sem medir força, dando um susto em todos, exceto no haliano, que o encarou lentamente. — Quem você pensa que é? E quem você pensa que nós somos? Seus bobos da corte?
— Quase isso.
— Cortem a cabeça dele agora e a gente acaba com essa palhaçada — sugeriu Yunho, cruzando os braços.
Wooyoung riu.
— Chame seus soldados, general, e mande que tentem.
Yunho estreitou os olhos para ele, à procura de um blefe, mas só encontrou a face tranquila da autoconfiança de Wooyoung.
Jimin olhou ao redor, para o monte de guardas por toda a sala. Apertou os próprios braços cruzados, apreensivo. Nenhum rosto conhecido.
— Ninguém vai cortar... a cabeça... de ninguém — Yeosang, claramente muito fraco para bebida, tentou se colocar à frente, cambaleante, mas desistiu e ficou no mesmo lugar.
— Pelo amor de Deus — Kyesang revirou os olhos. — Alguém leve essa criança para o quarto.
Os guardas começaram a se movimentar, mas Yeosang gritou um "não" muito apressado e encarou feio todos os guardas que se moveram. Yunho se aproximou mais dele, de forma que o príncipe pudesse se escorar nele se necessário.
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Ele é o Rei
AdventureToda a infância de Kim Hongjoong fora destruída num piscar de olhos quando a denominada Invasão aconteceu na ilha em que morava. Um velho pirata ganancioso e com sede de poder deseja executar um plano insano de usurpar o governo das chamadas Cinco...