Ele é o Rei

Não me obrigue a fazer isso

Só esclarecendo pra não ficar confuso: 

Itálico ou ⭑ = indicam flashback/cena do passado. 

Porém, o itálico também pode significar palavras-chave ou pensamentos do personagem em questão. Atenção no contexto pra entender direitinho.

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A carta de Seonghwa para os Senhores das Ilhas dizia para ficarem atentos. Ela enfatizava que Hang não estava mais no controle de nada e que eles responderiam diretamente a Seonghwa, mas, no final, dizia para ficarem atentos, pois algo estava por vir. Seonghwa não sabia o quê, mas sabia que estava. Ele pediu para reforçarem a vigilância das Ilhas, para melhorarem as defesas. Ele não era idiota de achar que Hongjoong estava quieto durante tanto tempo porque havia desistido.

Porém, ele não sabia que o que estava para acontecer, aconteceria tão rápido. 

— Achem um pássaro agora mesmo e enviem a mensagem para o Seonghwa! — Junjin gritava enquanto corria entre os destroços que se desprendiam do teto da mansão, a carta de Seonghwa ainda aberta em sua mão. 

— O que eu escrevo, senhor?! — perguntou um soldado, observando o lugar desabar ao seu redor, apavorado.

— Diga que Hala está sofrendo um ataque, para ele mandar reforços o mais rápido possível, qualquer coisa! 

— Ataque de quem, senhor? 

— Eu não sei! — Junjin berrou em desespero, o barulho de tiros e colisões acelerando seu coração. — Escreva qualquer coisa! Cadê os canhões? As armas? Soldados? Façam alguma coisa! Atirem em quem quer que esteja atirando na gente, revide, mate-os! Façam alguma coisa!

O pobre soldado o encarava com os olhos arregalados, inundados de medo. A cada explosão, mais ele se tremia, mais ele queria sair correndo e se esconder. Junjin deu mais um grito no rosto do rapaz, e ele não teve escolha a não ser ziguezaguear entre os escombros para achar um pássaro e cumprir a ordem. 

Soldados corriam de um lado para o outro, fugindo do bombardeio à mansão. Eles queriam correr para fora, mas nem todos estavam conseguindo. Alguns foram soterrados, outros, acertados em cheio pelos tiros. Flechas, balas, bombas, tudo que podia ser acertado de longe estava voando pelos ares e acertando Hala. 

Depois de atravessar paredes esburacadas, rastejar por espaços confinados, lesionar o joelho e cortar profundamente o braço em um vergalhão solto, Junjin conseguiu chegar do lado de fora. Conseguiu ver os navios que estavam atacando Hala. Conseguiu presenciar os muros caindo e suas defesas desmoronando. Foram pegos de surpresa, antes que pudessem executar a ordem de segurança de Seonghwa. 

— Não acredito... — boquiaberto e paralisado, ele reconheceu as cores dos navios. 

✹

Em Hori, Leeteuk já estava nos muros, ordenando que soldados atirassem e atirassem e atirassem mais balas de canhão contra os navios que chegaram atacando a ilha de repente. A testa dele sangrava e escorria por um de seus olhos, comprometendo parcialmente a visão. 

Seus canhões quase não acertavam o inimigo, e ele não sabia se era porque os inimigos eram muito bons navegadores ou se seus soldados estavam muito nervosos com o bombardeio repentino contra Hori. 

Os civis comuns corriam desesperadamente para o interior da ilha, visto que o ataque estava acontecendo somente da costa até a mansão. Os atiradores nos navios bombardeiros estavam sendo muito sagazes na mira, poupando ao máximo as áreas comuns.