Quebre, pedaço por pedaço

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QUEM É VIVO SEMPRE APARECE! sou uma mulher de palavra, falo muito e faço pouco, é por isso que eu digo que não vou sumir mais e sumo KKKKKKKKKK brincadeira gente, eu juro que to tentando, AMO VOCÊS 

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King Island, das Cinco Ilhas.

Sujin estava levando uma bandeja de chá e biscoitos para Sooyoung naquele começo de tarde. Ela havia passado o começo do dia no próprio quarto, sentada em uma poltrona ao lado da janela aberta e na companhia de uma xícara de café, pois o clima estava bastante agradável, com uma brisa fresca e revigorante. Assim, ela achou uma boa ideia abrir as janelas de Sooyoung também, para que a Senhora de King Island sentisse um pouco de frescor. 

Contudo, quando abriu a porta dos aposentos dela, deparou-se com as janelas já abertas, aquela mesma brisa de mais cedo soprando as cortinas brancas. A cama estava desarrumada e não havia nenhum sinal de Sooyoung no quarto. Os sapatinhos de pano da Senhora ainda estavam ao lado da cama, o que fazia Sujin pensar que ela não havia ido longe... podia estar no banheiro e esqueceu-se dos sapatos. 

Sujin colocou a bandeja em cima da pequenina mesa redonda de refeições — Sooyoung tinha uma só para ela em seu quarto, pois já fazia anos que não conseguia se reunir com sua "família" para comer, e eles precisavam alimentá-la de alguma maneira — e foi até a porta do banheiro, na qual bateu levemente duas vezes e esperou pela resposta; como não recebeu, bateu novamente, mais forte. Nada.

— Senhora? — Ela chamou, ainda sem resposta. 

Ela estranhou o silêncio, então decidiu abrir a porta. Ela já havia ajudado Sooyoung com o banho várias vezes, por isso deduziu que ela não se importaria se ela entrasse. Só precisava torcer para que a Senhora estivesse pelos menos um pouco lúcida, para não ter que enfrentar uma possível crise de histeria. 

No entanto, novamente ela se deparou com o cômodo vazio. A banheira estava seca, as toalhas, perfeitamente dobradas em cima da bancada. Nenhum sinal de uso do banheiro. 

Sujin começou a ficar preocupada. 

Ela voltou para o quarto, pensando que talvez Sooyoung podia ter acordado bem naquele dia e saído para caminhar sozinha. Porém, nenhum serviçal a viu nos corredores, senão teriam a avisado. Não fazia sentido... 

Ela olhou novamente para os sapatos. Do lado da cama, mais perto da janela. Lençol jogado para o lado. Sooyoung levantou e não voltou mais, a roupa de cama ficou lá do jeito que ela deixou ao sair. Janelas abertas. 

Sapatos esquecidos. 

Cama bagunçada.

Janelas abertas. 

Sujin caminhou até as janelas, uma sensação estranha se esgueirando por dentro dela. Um aperto repentino no peito. Seu corpo já estava sentindo as consequências de pensar nas possibilidades, a respiração estava acelerando e as pernas ficando rígidas de ansiedade. 

Ela olhou para fora, para a orla. Para o mar. Para a coisa branca flutuando e se perdendo no mar. Para o tecido branco flutuando e se perdendo no mar. Para o vestido branco flutuando e se perdendo no mar. 

Ela ficou estática, o coração chegando aos ouvidos de tão pulsante. 

Ela não queria que  fosse o que estava pensando. Mas só podia ser. 

Só podia ser, e ela precisou pular a janela em desespero e correr pela areia para chegar até o mar, onde estava aquele vestido. Ela foi cambaleando, tropeçando, ofegando, querendo que fosse mentira, que fosse coisa da cabeça dela. Que fosse só uma roupa qualquer que alguém perdeu ao se banhar na praia. 

Ele é o ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora