Qualquer um de nós pode morrer

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Myne, das Cinco Ilhas.

No esconderijo, o clima era de apreensão enquanto esperavam o soldado Huening voltar. Todos os soldados estavam preparados, alimentados e armados, porém, aflitos, aguardando para saber como teriam que prosseguir. 

Kyesang andava de um lado para o outro e Lady Yoona não conseguia aquietar as mãos, ambos muito ansiosos. Hyuk se concentrava em respirar e manter a calma, como um bom e experiente lutador se preparando. 

A agonia deles só teria fim quando o soldado voltasse e dissesse quem havia chegado na ilha após as cornetas terem soado. 

Os minutos pareciam mais longos do que realmente eram. Mas, finalmente, o soldado voltou, e foi uma agitação coletiva quando ele desceu a escada correndo com o colega que iluminava o caminho e chegou ao salão, ofegante e pálido. 

— Seonghwa. 

 

Park Seonghwa desembarcou em Myne com a sua frota gigantesca ao redor de quase toda a ilha. Myne era enorme, e foi quase toda rodeada pelos navios dele. Seria impossível para uma frota comum atravessar aquela parede de várias camadas de navios e chegar no solo de Myne. 

Ele chegou colocando a postos as defesas nos muros da ilha, de forma que toda a parte mais baixa de Myne ficasse sob a proteção da muralha, com exceção das falésias atrás, que não precisavam de muros, pois sua altura e solo difícil já eram a proteção natural.

Dessa maneira, todos os arredores da ilha estavam preparados para defender ataques, e a frota estava pronta para tornar o ataque inimigo mais difícil de ser executado. 

— Conseguiram contatar a Baía do Desejo? — Seonghwa perguntou ao comandante de seu exército. 

— Não, senhor. Nenhuma das mensagens enviadas foram respondidas, e nenhum dos pássaros voltou. 

Seonghwa estreitou os olhos para ele. O comandante engoliu em seco, temendo ser responsabilizado por algo fora de seu controle. Contudo, para seu alivio, o herdeiro apenas fechou a cara e deu as costas.

Seonghwa sabia que tinha algo errado, mas ele não tinha tempo para se preocupar com a Baía naquele momento, alguém precisava se preocupar por ele. 

— Kyuhyun — ele encontrou o imediato falando com os canhoneiros dos muros. — Envie agora mesmo uma mensagem para JunJin. Ele não está fazendo nada em Hala nesse momento, ordene que ele vá até a Baía para saber o que está acontecendo e por quê pararam de nos responder. 

Kyuhyun também estranhou a informação de que a Baía estava incomunicável, franzindo o cenho.

— Sim, senhor. 

— Envie o pássaro e volte imediatamente. Fique perto. 

— Sim, senhor... 

Seonghwa exalou pesadamente após a saída de Kyuhyun. Tudo estava exatamente como ele ordenou, mas ainda parecia pouco. Algo no lado de lá ainda parecia mais assustador que toda a sua preparação, sua defesa e sua frota. 

Ou, talvez, o que realmente o assustava fosse o sentimento dentro dele em relação a Hongjoong. A sensação de ter que matar ou morrer, e Hongjoong ser a pessoa entre as opções. 

Ele balançou a cabeça, espantando o pensamento. Se pensasse demais, tinha a impressão de que se deixaria perder a guerra. Se pensasse demais em Hongjoong, ficava fraco.

— Senhor — um soldado chegou em boa hora. — Nós...

Seonghwa o interrompeu. 

— Já encontraram os Kang? 

Ele é o ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora