chapter one

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BEM POR ONDE COMEÇA? Meu nome é Antonella Bianchi Garcia e tenho vinte e cinco anos. Eu nasci na Itália e vim para o Brasil aos três anos de idade. Voltei para Milão aos quinze e, desde então, só vou em férias especiais para o Rio. Sou filha de uma italiana-brasileira chamada Pietra Bianchi e de um brasileiro chamado Gael Ferreira Garcia, e tenho um irmão de 30 anos chamado Vincenzo.

Minha família é dona de uma rede de restaurantes chamada Company Garcia e uma empresa de tecnologia que leva o mesmo nome. Meu pai, filho único, administra todos os negócios da família ao lado do meu avô Raul. O vovô Raul herdou a cadeia de restaurantes do meu bisavô e começou a investir muito em alguns outros negócios.

Vivemos em um condomínio que contém apenas duas mansões. A primeira casa pertence à família Cavaleiro, atualmente inimiga dos Garcias, e a segunda casa é a da minha família.

A família Cavaleiro é composta por Júlio e Amélia Cavaleiro, proprietários da casa e também de uma empresa imobiliária. Além de Violeta e Augusto, herdeiros de Júlio, Marcos é o marido de Violeta e Filipe, filho do casal.

Lembro-me de ver Filipe andando com seu skate tingido de spray de pinchar muro escrito "Filipe Ret" ao redor do condomínio, além de fazer algumas rimas com seus amigos em frente à sua casa. Eu sei que ele usava esse nome RET em seus grafites de parede que fazia pela cidade. Meu irmão me disse, além de me explicar que Filipe era um pouco rebelde com sua família. Muito pelo contrário dele, que na mesma idade já era um garoto exemplar, estudioso e trabalhador. Eu sei que Vin tem um certo descontentamento por Filipe, só não me pergunte por quê. Talvez seja por causa da briga entre nossas famílias.

Meu pai me explicou que Júlio e meu avô eram amigos. Eles se conheceram em um jogo de pôquer e se tornaram praticamente irmãos. Eles então decidiram construir este condomínio em um bairro nobre do Rio de Janeiro para manter contato e ter as famílias vizinhas um do outro. Tudo isso poderia ter funcionado muito bem se não tivesse havido uma briga de negócios há trinta e um anos, o que resultou em um ódio repentino entre os Garcias e os Cavaleiros. Descobriu-se que os dois se recusaram a deixar o condomínio e abandonar suas mansões. Completamente cegos pelo orgulho, cada um vive em suas casas, sem manter nenhum tipo de contato.

Decidi morar em Milão aos quinze anos porque achava que merecia uma pausa do Rio, que, embora seja o meu lugar favorito no mundo, me deixou sufocada pela superproteção do meu avô e por essa briga grosseira entre meus vizinhos.

Para dizer a verdade, eu realmente nunca entrei em contato com nenhum deles. Sempre morri de vontade de entrar naquela casa enorme. Meu pai sempre me explicou que era perigoso caminhar até lá, porque esse ódio entre as famílias poderia causar alguma confusão.

Eu sempre achei bobagem. Eu gostaria de conhecer a família em profundidade, embora sempre tenha sentido uma vibração estranha vindo lá.


• • •



Eu saio do banheiro ouvindo a música Diamons da rainha Rihanna e seco meu cabelo úmido com uma toalha branca.

Ouço meu celular tocando e vejo que é meu pai me ligando. Temos um ritual diário às treze horas, ele me liga pelo FaceTime para que possamos conversar. Eu sempre fui a favorita do meu pai e o filho favorito da minha mãe é Vincenzo. Dona Pietra sempre foi mais difícil de lidar, por outro lado, meu pai sempre me ouve pacientemente e me dá os melhores conselhos.

- Ciao papà! Como você está? - Ele aparece sorrindo na tela do celular com os olhos castanhos mais claros. Meu pai é um homem muito charmoso.

- Olá, Tonton! Seria melhor sentir você em meus braços, mas estou bem. - Eu reviro os olhos com o apelido que minha família sempre me chamou e nunca consegui me acostumar com isso.

- Ah, Sr. Gael! Você deveria deixar de lado o drama. Eu também sinto sua falta. Em breve vou visitar a mamãe, o vovô Raul, você e Vincenzo.

- Você poderia vir morar conosco de novo, filha. Sua faculdade de moda já terminou e pode fazer todos os seus cursos de pós-graduação à distância. - Ele insiste no assunto.

- Eu já tinha pensado nisso, pai. Talvez eu aceite esta proposta.

Conversamos por uns vinte minutos e ele desligou dizendo que tinha uma reunião no restaurante.

Penso no que o papai disse sobre voltar para o Rio, talvez seja hora. Eu já gostei muito de Milão. Eu sou apaixonada pela Itália e posso deixar meu apartamento do jeito que está até o dia em que queira voltar.

Sim, acho que essa é a melhor opção. Acho que vou começar a arrumar minhas coisas. Partiu Rio de Janeiro! Vou ficar do meu lado carioca e deixar a Antonella italiana quieta para esses tempos.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora