chapter eighty-six

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TUDO PARECE UM FODIDO BORRÃO

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TUDO PARECE UM FODIDO BORRÃO. Depois de ouvir o que PZ tinha para me falar, eu surtei. Não sei ao certo ditar meus passos após desmaiar naquele galpão e nem muito menos como de fato eu consegui chegar na mansão sem ao menos matar alguém atropelado ou enfiar meu carro em algum prédio.

Eu só consegui ter um momento de sanidade quando meus olhos pousaram em Nella. Ainda não me acostumei com o fato de amar alguém tão intensamente como eu amo ela.

Mas ainda assim tenho que lidar com todo o resto e o que menos quero agora é ter que sentir os olhares de pena de todos dirigidos a mim. Sendo este o motivo do porquê estou trancado no meu quarto desde que me convenceram a tomar um banho gelado e beber um suco de maracujá.

Como se a porra de uma fruta fosse fazer alguma diferença e acalmar esse inferno gritante em minha mente sádica.

Após a adrenalina diminuir no meu corpo, senti o ardor dos ferimentos nas minhas mãos. Demorou algum tempo até que finalmente o sangue estancou e não me incomodava sangrar, mas claramente incomoda a minha família e eu não quero causar ainda mais transtorno na vida deles.

Eu me sinto como um peso fodido que todos têm que carregar. Desde que entrei na vida dos Garcia e dos meus amigos, precisam lidar com as merdas e todo caos que carrego comigo.

Me amaldiçoou severamente por não ter ido até o fim em todas as vezes que cogitei a possibilidade de cometer suicídio, teria poupado todos. Portanto, agora isso está fora de cogitação, tendo em vista que jamais machucaria Nella dessa forma. Além disso, não confio em deixar minha loira sozinha no mundo, eu preciso proteger ela.

Faço tudo pela minha princesa, mesmo que isso exija que eu cale todos os meus demônios interiores.

O barulho de batidas na porta me tira dos devaneios e suspiro pesado.

— Peço que respeitem a minha decisão. Eu quero ficar sozinho. — Murmuro rouco, orando para alguma entidade me ouça e quem quer que seja vá embora.

— Não me peça para te deixar sozinho, gattino.

Ouço a voz aveludada de Nella do outro lado da porta e instantemente meu corpo parece relaxar.

— Então não me deixe sozinho, princesa. — Foda-se a ideia de evitar outras pessoas aqui.

Porque não se trata de outras pessoas, se trata da minha Antonella.

Ela entra no quarto meio insegura. Seu corpo está coberto por um vestido longo preto de pano fino, bem casual, e o seu nariz está com a pontinha vermelha entregando que estava chorando há pouco tempo.

— Como você está? — Ela senta do meu lado na cama e pega um dos travesseiros depositando em seu colo, apoiando seu rosto em suas mãos e permitindo com que seus cotovelos afundem na fronha macia.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora