chapter sixty-one

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APÓS DEIXAR O REMÉDIO SEPARADO com o pijama e a água, praticamente fugi do quarto dele

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APÓS DEIXAR O REMÉDIO SEPARADO com o pijama e a água, praticamente fugi do quarto dele. Eu não conseguia nem olhar para Filipe no fundo dos olhos.

Eu sempre consegui entender meus sentimentos e soube lidar com eles a vida inteira, mas quando se tratava de Ret, era uma montanha russa. Nunca sei se ele vai reagir normalmente ou simplesmente se fechar em seu mundo.

Não queria assumir, mas estava me machucando tudo isso e eu não sei o que fazer com tantas incertezas.

Corro em direção ao meu quarto e só me dou conta que estou me afogando em lágrimas quando vejo meu reflexo no espelho.

- Tonton, o que acha de irmos jantar amanhã? - Minha mãe entra no meu quarto como um jato que mal tenho tempo de disfarçar minha situação. - Cara bambina, o que houve?

- Nada, Pi. - Respondo, mas me derreto quando recebo seus braços apertados e seu afago no meu cabelo.

- Oh, converse comigo, figlia. - Ela sussurrava enquanto deslizava seus dedos sobre a minha coluna.

Meus soluços conseguem ser ouvidos do corredor, mas isso não me faz parar. Sinto que é um bom momento para desabar, mesmo que seja com minha mamma e não com o meu pai, como era de costume.

Pi segura meu rosto em suas mãos e olha com a imensidão azul dos seus olhos, iguais aos meus.

- Você precisa me dizer o que aconteceu. Alguém te machucou, Antonella? - Ela fala firme.

- Somente eu fui a responsável por me machucar, mamãe. Eu que me coloquei nesta situação. - Respiro fundo e fecho meus olhos estudando a possibilidade de contar toda a verdade para ela.

- Do que está falando? - Me desvencilho dos seus braços e coloco um pouco de água no copo de cristal que fica na bancada perto da minha cama. - Suas mãos estão trêmulas, figlia. Vou chamar o seu pai.

- Não faça isso, Pi! - Respondo rapidamente, sabendo que meu pai me faria contar em cinco minutos o que está realmente acontecendo, já que ele sempre conseguia extrair a verdade com seu jeito compreensível.

Só temo que ele não seja tanto se tratando do filho que ele praticamente acabou de descobrir ter estar se envolvendo com a sua "boneca".

- Mãe, eu acho que estou gostando muito de uma pessoa. - Eu falo e isso parece prender completamente a atenção de Pietra.

- E por que isso é ruim, Tonton? - Me sento novamente na cama e ela segura minha mão.

- Porque é completamente impossível e errado gostar dele. - Abaixo minha cabeça.

- Ele é casado? - Ela pergunta enquanto franze a testa incomodada.

- Claro que não, Pi! - Respondo e ela suspira. - Mas é quase tão complicado quanto isso.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora