chapter ninety-three

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FILIPE RETLondres

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FILIPE RET
Londres








MEU CORPO TREMIA EM um misto de frustração e ódio. A sensação que tive quando descobri para onde Antonella foi e o que caralho ela estava fazendo lá me fez beirar um infarto de puro desgosto.

O gosto amargo da decepção em saber que nenhum momento ela teve consideração em pensar como eu me sentiria, sendo que eu jamais brinquei com ela dessa forma, envolvendo outra mulher.

A viagem e toda a programação que eu fiz para pedir ela em casamento enquanto estávamos jantando no terraço de um restaurante renomado, com melodia da minha música "Louco Para Voltar" que fiz para ela sendo tocada nas teclas de um piano pelo pianista que contratei, assistindo o brilho das estrelas e as luzes da cidade foi completamente arruinada.

— Gustavo, leva Antonella com vocês para o hotel? — Falo assim que me aproximo de Tico e Gus.

Caio e Vincenzo vieram em um carro, Gustavo e Thiago em outro e eu vim sozinho no terceiro Velar que alugamos.

— A situação está feia assim? Deixa ela voltar contigo, Ret. — Meu melhor amigo fala tentando limpar a barra da loira.

— Eu tô muito nervoso para dirigir e não confio a segurança de Antonella em minhas mãos neste momento. — Sou sincero e sinto Gustavo depositar sua mão no meu ombro dando uma apertada de leve.

— Tico leva Tonton e eu volto com você. — Antes que eu discorde, Gustavo toma as chaves do carro. — Nem vem, Filipe! Não tô maluco de te deixar causar um acidente ou morrer em Londres.

Sinto o aroma adocicado de rosas do perfume de Antonella e fecho meus olhos com força, sentido meu coração acelerar.

Ouço ela fungar e sei que está chorando. Evito olhar, pois sei que vai me deixar ainda mais frustrado saber que o meu orgulho não me deixará aninhar ela nos meus braços. Me sinto traído e a confusão me deixa maluco.

— Volta com Tico, Tonton. — Gustavo toma a iniciativa e abre a porta do carro, me dando um leve empurrão para que eu entre e sente no banco do carona. — Vou levar Ret.

Ele fecha a porta e respira fundo, liga o carro e espera que os outros dois saiam na frente, acompanhando por último.

— Não quero voltar para o hotel. — Observo a chuva cair da janela.

— Querer não é poder. Qual foi, Tirré? Eu sei que ela vacilou, mas não vai agir por impulso.

— Igual ela agiu? — Suspiro estressado. — Porra, Gustavo! Eu na maior dedicação, me virando do avesso, mudando minhas atitudes que sei que fazem mal à ela, para na primeira situação tirada de contexto ela meter o louco?

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora