chapter thirty-nine

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OLHO PARA O JARRO DE FLORES  que ganhei de Pedrinho e dou risada lembrando do mesmo me perguntado o que meu pai tinha no "precioso" para fazer tanto filho bonito

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OLHO PARA O JARRO DE FLORES que ganhei de Pedrinho e dou risada lembrando do mesmo me perguntado o que meu pai tinha no "precioso" para fazer tanto filho bonito. Além de dizer que faria um ménage com Ret e Vin juntos.

Pedro esconde muito esse lado da sua bissexualidade por medo dos pais não aceitarem. Infelizmente, a família do meu amigo é daquelas que só acreditam no — politicamente correto —, e fazem questão de dizer que faria gosto do filho deles namorarem comigo. Por mais que soe irônico da minha parte, nossa relação mesmo com benefícios, como transas longas, é mais amizade que outra coisa. Com certeza não assumiria um relacionamento com Pedrinho, mesmo ele sendo uma pessoa maravilhosa.

Hoje é o dia do jantar beneficente organizado pela minha mãe, no qual tem os fundos destinados à projetos sociais e ONGs que ajudam pessoas em situação de rua e extrema pobreza. Além de fazer nossa parte sem que ninguém saiba, nossa família costuma promover eventos do tipo para que os amigos e sócios ajudem também.

O jantar de hoje também tem outro motivo. Meu pai resolveu unir o útil ao agradável e anunciar publicamente Filipe como membro da família. O que me causa uma certa ansiedade é o fato de que estou sentindo Ret me evitando. Não sei o que está acontecendo, mas esse comportamento dele está me dando nos nervos.


• • •



Observo a marca do batom vermelho na taça de champagne que volta e meia levo a minha boca. Optei por um vestido da mesma cor que meu batom, com um decote sútil e deixei meus fios loiros soltos e bem alinhados.

Já perdi as contas de quantos goles de bebida dei para tentar distrair a minha mente. Estou me sentindo sufocada, completamente desconfortável com essa forma que Filipe está me tratando, como se eu fosse extremamente irrelevante. Isso me faz pensar que talvez aquele Ret gentil que vi naqueles dias no inferno não passasse de uma forma que ele encontrou para abafar meu desespero. Talvez só exista o Filipe Ret arrogante, e não o meu Lipe cuidadoso.

- Né, boneca? - Ouço meu pai chamar minha atenção e caio na real que estava perdida no meu amontoado de pensamentos, ignorando todos ao meu redor.

- Sim, pai. - Concordo com seja lá o quê que o meu pai me perguntou.

Ele levanta animado e vejo Mel se aproximando de mim logo em seguida.

- Você não ouviu porra nenhuma que ele disse, né?! - Ela afirma mais do que pergunta e mordo a parte interna das minhas bochechas envergonhada. - O que aconteceu, amor? Por que você está tão aérea assim?

Sei que Mel é a minha melhor amiga e que nunca iria me julgar, mas é informação demais até mesmo para ela. Não quero parecer uma louca pervertida por estar pensando 24h em meu "irmão" e o porquê dele estar se comportando dessa forma.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora