chapter eighty-nine

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OUÇO O TOQUE DO MEU CELULAR SE misturar com as batidas do meu coração ansioso

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OUÇO O TOQUE DO MEU CELULAR SE misturar com as batidas do meu coração ansioso. Nella manteve seu olhar confuso em mim, talvez tentando compreender minha hesitação em atender o aparelho em minhas mãos ou até mesmo o suor escorrendo pela minha testa, em um claro sinal de nervosismo.

E então, diante de toda turbulenta emoção que vivi neste espaço curto de tempo, percebi a importância de Vincenzo em minha vida, tal como a de Gael, Raul e Antonella. Ele também é minha família, e mesmo que suas palavras tenham sido proferidas com a intenção de me machucar, e concordando que eu mereça cada uma delas, isso não apaga o fato dele ser o meu irmão.

– Filipe, está tudo bem? Quem está ligando para você? – Nella me traz de volta para a realidade e eu viro o celular em sua direção, fazendo com que ela suspire e entenda toda reação de inseguridade partida de mim.

– Alô! Vincenzo? – Atendo controlando o tom da minha voz, temendo transparecer minha ansiedade.

Poucos segundos, semelhantes a uma eternidade, passam acompanhados por uma respiração pesada, e quando penso em desligar a chamada, ouço ele limpar a garganta e falar pela primeira vez.

– Oi! Liguei para, hm... – Enzo gagueja demonstrando que está procurando palavras para justificar sua repentina ligação. – Para, você sabe, perguntar se já recebeu o presente do pai. Isso, quero saber se tudo ocorreu bem com a entrega do presente do nosso pai, já que ele estava ansioso desde que embarcamos para a Grécia.

Sinto uma leve pontada aguda no peito e a esperança de me acertar com Enzo se esvai rapidamente.

– Pode ficar em paz, recebi o presente. – A quebra de expectativa faz com que abaixe o tom da minha voz. – Valeu pela preocupação.

– Disponha! Vou voltar ao trabalho. Até mais. – Vincenzo diz em um tom frio.

– Tchau! – Me preparo para desligar a ligação, mas ele torna a falar.

– Ret! Bom, é que... – Seu silêncio toma as rédeas por alguns segundos. – Nada, deixa para lá.

Ele desliga a ligação e eu jogo meu celular com raiva na cama.

– Merda! – Praguejo estressado. – Você ouviu, princesa?

, Lipe. Eu conheço Vin, ele está se sentindo culpado pelas coisas horríveis que falou para você, e sabe ainda mais que nosso erro não justifica a insensibilidade que ele teve naquele momento de explosão. – Antonella massagea minhas costas e beija de forma carinhosa minha bochecha. — Por mais que me machuque toda a situação, eu sei que tudo vai se acertar com o tempo.

– Foda que ele não mentiu, amor. Eu sei que fui um tremendo filho da puta e mereço ouvir tudo o que ele falou. – Ganho um olhar de repreensão vindo da minha loira.

– Nem vem, Filipe! Não quero brigar com você agora. — Ela levanta da cama, mas puxo sua cintura, fazendo com que volte e sente no meu colo.

— Fala para mim então o que você quer. — Percebo que minhas palavras atingem Nella com força, fazendo com que ela ofegue.

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