chapter sixty-nine

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OS OLHOS QUE CAUSAVAM no meu peito, que faz meu coração acelerar, mas sempre de uma forma boa, estava me encarando com tanta intensidade que parecia despir todos os meus pensamentos mais secretos

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OS OLHOS QUE CAUSAVAM no meu peito, que faz meu coração acelerar, mas sempre de uma forma boa, estava me encarando com tanta intensidade que parecia despir todos os meus pensamentos mais secretos.

Ela sabe que não estou bem. Ela sabe que estou escondendo algo. Porém, de uma forma esquisita, ela sabe também que não é um assunto que quero tocar, então Nella escolhia outra forma de me desarmar. Me encarando com os olhos da cor do oceano.

- Eu quero você, Lipe. - Sinto minha nuca arrepiar com seu toque suave, e ainda mais com suas palavras.

- Mas você já me tem, princesa. - Acaricio suas bochechas rosadas.

- Não inteiramente. Te quero com toda a sua escuridão, com suas fraquezas, com todos os seus pecados. Você ainda se esconde para mim, Ret. - Fecha os olhos e isso me permite soltar o ar preso.

- Tenho medo de mostrar e você fugir de mim. - Encosto minha testa na dela.

- Só me mostrando para saber. - Antonella suspira. - Quem é "P" que mandou aquela mensagem para você?

Rapidamente me afasto e suspiro sabendo que seria difícil mentir para ela, mas ainda pior seria contar que contratei os serviços de um chefe do morro.

- É coisa minha, Nella. - Respondo de forma superficial e ela abaixa a cabeça.

Me aproximo segurando em rosto e vejo a insegurança gritar nos seus olhos.

- Por que está escondendo de mim? - Nella inclina a cabeça para o lado e sinto meu coração acelerar com o gesto. - Não pareço confiável para você, Filipe?

- Você é confiável, sem sombra de dúvidas. Porém, isso é um assunto que quero te poupar, para te proteger. - Suas sobrancelhas franzem e logo parece entender.

- Se não é seguro para mim, também não é seguro para você. - Sussurra. - Está pensando em fazer besteira, né? Filipe, você não pode se colocar em risco. Sua mãe iria odiar isso.

Como se uma adaga estivesse trabalhando com a ponta afiada em uma ferida no meu peito, viro de costas para Antonella e os calafrios sobem pelo meu corpo ao ouvir a palavra "mãe".

- É justamente por ela que estou fazendo o que estou fazendo. - Sou breve e isso parece incomodar Antonella.

- Vire-se para mim, Lipe. Não precisa esconder suas emoções. Não para mim. - Ela toca no meu ombro e meu corpo obedece ao seu comando.

- Eu vou me vingar, princesa. - Falei enquanto uma lágrima solitária descia do meu olho.

Depois de meses do ocorrido, consegui derramar uma lágrima. Agora poucas coisas podem me fazer chorar.

Antonella limpa a lágrima do meu rosto e me abraça em silêncio em uma tentativa de passar conforto.

- Está tudo beleza, loira! - Falo depositando um selinho em seus lábios avermelhados.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora