chapter eighty-four

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A EXPRESSÃO NEUTRA DE GAEL me assustava

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A EXPRESSÃO NEUTRA DE GAEL me assustava. Nella permanecia imóvel, como se estivesse lidando com o maior dos seus pesadelos. Confesso que no momento sinto minha bochecha latejar com o possível soco no rosto que irei levar do meu pai por estar com sua filha de coração.

- Eu ainda estou esperando uma explicação. - Diz com a voz rouca pacífica, mas suas narinas dilatadas entregam seu estado por dentro.

- Pai, bom, é que... - Nella se dispõe a explicar, mas as palavras fogem da sua boca em questão de segundos.

- Gael, a verdade é que estamos juntos. - Falo de vez me colocando na frente da loira, esperando o murro dele.

- E você me fala assim? Juntos, tipo, juntos? - Sua sobrancelha arqueia e eu concordo com a cabeça. - Pretendiam esconder isso de mim a vida inteira?

- Íamos te contar, pai. Só estávamos esperando o momento certo. - Antonella diz com a voz baixa.

- Agora não me pareceu o momento certo. Quem mais sabe disso? O Enzo sabe? - Nosso pai cruza os braços e me encara.

- Ainda não. - Respondo envergonhado.

- Vocês acham que esconder isso de nós é a melhor opção então? - Seus olhos estão dançando entre mim e Nella.

- Estava com medo das reações de vocês, pai. Ainda estou. - Minha princesa responde e os ombros do meu pai caem.

- Preciso de tempo para digerir a informação. Porém, não vou admitir que continuem escondendo isso da nossa família. Vou dar a chance aos dois de contarem ao Enzo e ao avô de vocês ou eu me certificarei de dar a notícia. - Gael respira fundo. - Agora pode ir, Antonella. Quero conversar com o Filipe.

Nella parece preocupada em nos deixar sozinhos, mas olho para ela demonstrando segurança e isso faz com que obedeça a ordem do nosso pai.

Observamos ela sair da cozinha em passos lentos e então a atenção de Gael cai em mim.

- Pode ir em frente, pai. - Viro meu rosto deixando minha bochecha livre para receber seu golpe como um saco de boxe.

- Eu não vou bater em você, Filipe. - Gael estende seu braço e coloca a mão no meu ombro esquerdo, apertando firmemente, mas não de uma forma agressiva. - Quero conversar com você de homem para homem, mas não preciso mostrar minha macheza com agressão. Só quero que me responda uma coisa.

- Jaé! - Suspiro minimamente aliviado, porém seu olhar mirando no fundo do meu me intimida.

- Você a ama? Me diga que sim, me prometa que vai respeitá-la, cuidar e amá-la e eu darei minha palavra que vocês têm a minha benção. Antonella é minha filha e mesmo você sendo também, eu me certificaria de resolver pessoalmente se machucasse minha boneca de alguma forma.

- Eu a amo, pai. Amo como jurei que nunca amaria alguém na vida. De forma leve, Nella me faz querer viver todos os dias. Ela me mostrou meu lado vulnerável e fez com que eu gostasse disso em mim. Ela é a minha sorte e prometo pelo coração que bate em meu peito que eu prefiro morrer do que machucar minha princesa. - Deixo as palavras saírem com convicção e sinceridade, e foi impossível não notar a expressão durona dele amolecer em questão de segundos.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora