chapter twelve

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- ESTÁ TUDO BEM COM essa mão, Fefo? - Minha mãe pergunta e acaricia meu cabelo

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- ESTÁ TUDO BEM COM essa mão, Fefo? - Minha mãe pergunta e acaricia meu cabelo.

Minha mãe me chama assim desde que eu me entendo por gente. De acordo com ela, quando eu era um garotinho, me perguntaram como era o meu nome e respondi com um "Fefo". Ela adora contar essa história na mesma proporção que adora me chamar assim.

- Sim, não foi nada! - Ela olha para mim e suspira suavemente.

- Eu sei que você brigou com Marcos, filho. Eu já falei com ele, e ele vai se desculpar.

- Eu não me importo com as desculpas do Marcos, mãe. Eu sei que nada que sai da boca dele positivo para mim não é do coração. Você não deveria se culpar pelas merdas que ele faz.

- Sinto muito, filho! Eu me culpo muito por tudo. Mas um dia você vai me entender.

Eu sabia que minha mãe se sentia assim. Eu poderia ser egoísta e pedir a ela para se separar do meu pai, ou até mesmo ir morar em outro país com ela, mas sei que não é tão fácil.

- Sra. Violeta, você é literalmente a pessoa que eu mais amo nesta vida e a principal razão para me fazer querer viver ainda. Eu não seria capaz de odiá-la nem com muito esforço.

Ela enxuga uma lágrima que desceu do seu olho e me abraçou com força.

- E de onde veio esse piano? - Parece se tocar apenas agora sobre isso.

- É da Antonella, seu pai que lhe deu de presente. Eu não pude resistir e vim aqui tocar.

- Ela é uma garota muito gentil!

- Muito, e linda também! Ela nem parece ser irmã de quem é.

Percebo a merda que eu acabei de dizer e me repreendo silenciosamente. Minha mãe olha para mim com curiosidade e posso jurar que vi um pouco de preocupação no seu olhar.

- Você não está interessado nela, está, Fefo?

- Claro que não, mãe! Pelo amor de Deus, basta ter que lutar contra uma família. Não estou com vontade de atrair mais confusão, especialmente com o idiota de Vicenzo.

- É melhor assim, filho. Agora vamos para casa? Eu vou cuidar dessa lesão.


• • •


Depois de uma longa corrida, decidi vir à praia para assistir o nascer do sol.

Eu me deito na areia e suspiro olhando para o céu. Ultimamente, tenho sentido um aperto tão forte no peito, como se algo fosse acontecer.

Minha vida nunca foi tão boa. Desde criança, me senti rejeitado pelo meu pai, não importa o quanto minha mãe fizesse de tudo para cobrir seu buraco no meu coração com amor.

Eu tentei crescer sendo uma boa pessoa. Entrei na aula de piano, aprendi a lutar boxe, aprendi a falar italiano, inglês e espanhol. Eu sempre trabalhei duro na escola e tive um boletim espetacular. Apesar de tudo isso, nunca ouvi um "parabéns filho, estou orgulhoso de você" do meu pai. Eu senti a rejeição, o ódio que ele sentia por mim e não entendia o porquê, até hoje não entendo na verdade. Então, a partir dos 13 anos, eu me rebelei e decidi ligar o foda-se.

Eu saio dos meus pensamentos quando sinto meu celular vibrando no bolso, olho para a mensagem de Gustavo me chamando para ir ao Deluxe hoje.

Talvez uma boa noite de sexo me faça esquecer um pouco desse sentimento de merda.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora