chapter twenty-one

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PARECIA QUE EU ESTAVA PRESO em um filme de terror psicológico

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PARECIA QUE EU ESTAVA PRESO em um filme de terror psicológico. Eu sentia minha garganta fechada. Eu sentia meu corpo trêmulo. Uma névoa escura pairava nos meus olhos, me impossibilitando de raciocinar.

Eu sou filho de Gael.

Passei a vida inteira sofrendo por um homem que nem meu pai é.

Meu avô queria que minha mãe interrompesse a gravidez que eu estava sendo gerado.

Poderia soar irônico, mas que tipo de psicopata pediria para uma filha fazer isso sem ao menos deixar ela ter escolha?

Eu estava decepcionado em partes com a Violeta. Entendo seu receio de enfrentá-los, mas ela me via sofrendo, via tudo acontecendo e não me contava, nem que seja para me pedir segredo.

- Fefo? Por favor, fale alguma coisa.

Ouvi sua voz apreensiva e me virei em sua direção.

- É muita coisa para digerir. Eu quero um tempo.

Ela não discordou, pelo contrário, murmurou um "tudo bem" e colocou sua mão esquerda com receio em meu ombro. Olhei para o gesto, mas não consegui retribuir o seu carinho. Não dessa vez. Eu estava deixando meu lado egoísta falar mais alto. Simplesmente não poderia ignorar o fato dela ter escondido isso durante 30 anos de mim.

- Apenas me prometa que você vai dar uma chance para sua outra família. Por favor.

- Você não está muito na posição de pedir nada, mãe. Me desculpa se soou mal, mas eu não posso ignorar que me machucou.

- Entendo, e não estou exigindo que me perdoe. Apenas busque um pouco de luz e eu julgo ser com os Garcias que você irá encontrar.

E então o rosto de Antonella veio em minha mente. A mulher que estava roubando meus pensamentos ultimamente. A mulher que há dias atrás estava quase beijando meus lábios e transando comigo, movida pelo desejo que eu também nutria.

Essa mulher é minha... Essa mulher é minha irmã?

Eu oficialmente vou enlouquecer. Sufocado com tantos pensamentos, saio da biblioteca às pressas, mas antes pego meu caderno e vou em direção ao meu quarto.

Pego uma mochila enfiando três mudas de roupas emboladas, meu perfume, escova de dentes, carteira, carregador de celular e pego a chaves do meu Audi que eu espero que já esteja na garagem. Calço meu tênis e fecho a porta do quarto, trancando.

- Filipe, onde vai? - Minha mãe me alcança preocupada e eu apenas abraço ela forte e sussurro que vou ficar bem, mas preciso ficar sozinho para espairecer.

Descendo as escadas, eu encontro com quem eu menos queria, meu avô.

- Onde vai com tanta pressa, filho? - Ele vem movido a falsidade para perto de mim. Tudo isso me causa náuseas.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora