Duas famílias e uma briga antiga. Em meio ao caos da melancolia e dos segredos, duas pessoas que sentem uma chama acendendo pouco a pouco. Mas nem todos os desejos da vida podem ser realizados.
O que eles fariam se esse amor fosse impossível de vive...
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VOU DIRIGINDO EM DIREÇÃO À MANSÃO Garcia para conversar com Gael, mas antes tive que buscar Gustavo na barbearia porque o mesmo me pediu uma carona. Até parece que sou o pai desse malandro.
Resultado? Estou levando esse maluco para casa da minha "outra família que caga dinheiro" , palavras do mesmo. Ele encheu meu saco até quando concordei em trazê-lo para apresentar ao pessoal.
- Como você se sente sabendo que se colocar todo o dinheiro das suas família em um apartamento mediano, ainda não cabe? - Gus começa com suas bobagens.
- Me sinto igual a você quando o seu pai te deu aquela viagem para Miami. Vocês falam como se só eu fosse herdeiro. - Reviro os olhos.
- Quem vê assim até pensa que você é modesto, mano. Agora vamos mudar de assunto porque parecemos dois playboys que só pensam em gastar o dinheiro da família.
- Pior que a gente se encaixa bem nesses quesitos.
- Shiu! Se não eu faço igual a Antonella e calo sua boca com um beijo. Ops, esqueci que não teve beijo... Ainda!
- A Antonella minha irmã? - Eu falo com deboche e concorda. - Vai se foder, Gus! Esquece esse assunto.
• • •
Chegamos na mansão e depois fui obrigado pelo meu amigo a fazer uma "tour" na casa por lugares que nem eu mesmo sabia que existiam.
A conversa com Gael consistiu em me intimar sobre o lugar que estou "morando". Ele me ofereceu vir morar aqui ou até mesmo em algum dos seus milhares de apartamentos espalhados pelo Rio. Segundo Gael, é perigoso alguém com os sobrenomes como os meus andar por aí sozinho.
Eu sei que não foi por mal, mas me senti um pouco pressionado. Será que isso tudo é só fachada e no final Gael e todos vão começarem a agir como Júlio e os Cavaleiro? Confesso que isso está me preocupando.
- Eu adorei muito sua nova família! - Gus sussurra no meu ouvindo enquanto uma das empregadas servem um pedaço de torta. Gael nos convidou para fazer um lanche antes de irmos embora.
Concordo com a cabeça e tomo um gole do suco de laranja, mas começo a tossir quando vejo Antonella descer com um vestido preto sexy para caralho.
- Você tá bem? - Gustavo apoia a mão no meu ombro e começa a me abanar com um guardanapo.
- Boa tarde, pessoal! - Antonella fala com seu jeito doce e eu dou mais uma encarada nas suas pernas torneadas que aparecem na fenda sútil do seu vestido. - Papá, você viu o Vin? Ele prometeu me dar uma carona para a reunião que vou ter hoje com a equipe de marketing da minha marca.
- Você tem uma marca? - Não consigo conter minha curiosidade.
- Ainda não foi lançada, mas estou trabalhando para isso mudar. - Ela concorda e percebo um brilho crescer no azul do seus olhos.
