chapter forty-two

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ME SINTO A PESSOA MAIS BURRA que já pisou na face da terra

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ME SINTO A PESSOA MAIS BURRA que já pisou na face da terra. Como eu posso estar sentindo ciúmes da porra do Filipe Ret? E o pior de tudo é que eu praticamente gritei isso com todas as letras para ele, mas é inevitável esconder o que estou sentindo.

Só que essa merda toda tem que parar. Eu não posso continuar alimentando esse carinho a mais por ele, não dessa forma. Ret é meu irmão e eu preciso entender isso de uma vez por todas. Talvez fosse uma boa voltar para Milão.

Saio dos meus devaneios quando ouço a porta do meu banheiro sendo aberta e a figura de uma Steff sorridente olhando para mim.

Logo depois daquela catástrofe na cozinha, tratei de me recompor no corredor e voltar para a sala fingindo que estava tudo bem. Vi pelo canto dos olhos que Vin estranhou meu comportamento, às vezes é ruim ter alguém que te conhece tanto.

Assim que terminamos o vinho, convidei Steff para conhecer meu quarto e conversar mais um pouco sobre a campanha da minha marca, que inclusive estou meio indecisa com o nome.

- Sua casa é linda, Tonton. E agora entendo de vem tanta gentileza, sua família é maravilhosa igual a você. - Meu coração esquenta ao ouvir isso vindo dela. Eu sei que senti um incômodo quando notei a aproximação de Ret com ela, mas Steff não tem nada a ver com isso. Talvez só estivesse sendo simpática.

- Grazie, Teté. - Eu e Mel tínhamos apelidado ela assim.

- Tá tudo bem? Estou sentindo você meio para baixo. - Ela olha para mim preocupada e eu concordo. - Sabe que mesmo com pouco tempo de aproximação, quero você muito bem e tenho um grande carinho por sua pessoa. Pode contar comigo, chefe!

Ela apoia a mão no meu ombro e imediatamente sinto meus olhos inundarem de lágrimas, não consigo contê-las e acabo desabando no choro.

Sinto os braços de Steff ao redor do meu corpo que me abraçam com força sussurrando que vai ficar tudo bem.

Estou cansada, e principalmente, sufocada por não poder me abrir para o meu melhor amigo e irmão Vincenzo ou até mesmo meu pai. Eles dois sempre foram as duas pessoas que mais conversei sobre meus problemas e sentimentos, e esconder isso por não poder contar a razão de tanta angústia no meu peito está me matando. Não só o problema com Ret, mas também a forma como as coisas que vivi naquele quarto imundo vem me atormentando.

- Scusa, Teté. Estou cansada de tudo, acabei não aguentando. - Ela segura meu rosto e limpa minhas lágrimas.

- Não precisa pedir desculpas, Tonton. Eu não sei do que se trata, na verdade eu sei por alto o que aconteceu há uns dias atrás com você, mas não precisa se preocupar em desabafar comigo. - Ela sorri de lado e me abraça mais uma vez.

- Depois daqueles dias minha vida virou uma loucura. Ainda não consegui contar a minha família tudo que passei ali, até para que não se preocupassem, mas é difícil ser perfeita e fingir que sou inabalável o tempo todo.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora