Duas famílias e uma briga antiga. Em meio ao caos da melancolia e dos segredos, duas pessoas que sentem uma chama acendendo pouco a pouco. Mas nem todos os desejos da vida podem ser realizados.
O que eles fariam se esse amor fosse impossível de vive...
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DEPOIS DE INSISTIR MUITO PARA VIN ME TRAZER de volta para empresa, ele aceitou. Precisava ocupar minha mente com alguma coisa, mesmo sabendo que a única coisa que ela faria era repetir a imagem de Filipe entrando naquele hotel com aquela morena.
Já tinha rasgado diversos esboços de desenhos de modelos para a nova coleção que eu estava criando. Simplesmente não dava, eu travei completamente.
Ele me parecia tão sincero. Eu sentia algo diferente entre a gente. Como se não fosse só sexo. Como se tivesse algo a mais.
Che cazzo! Preciso do suporte das minhas amigas ou eu iria ligar para Ret e esculachar até a primeira geração da família dele.
Mando uma mensagem para Steff e Mel, para que venham até a empresa e subam urgente para minha sala.
Steff logo surge batendo na porta, tendo em vista que ela já estava aqui trabalhando.
- Chefinha! O que aconteceu? - Ela me abraça preocupada. Acabou que este apelido "chefinha" pegou verdadeiramente e ela só me chama assim.
- Merda com Filipe, amiga. Mas só irei contar tudo depois que Mel chegar.
Quando acabo de falar, Mel chega também. O prédio da casa dela é uma rua depois da minha empresa, então, tecnicamente perto.
- Pronto! Cheguei. - Ela me deu um beijo na testa, depois cumprimentou Teté e logo engatamos em uma conversa.
Contei cada detalhe de como tudo aconteceu e as duas ouviram atentamente palavra por palavra.
- Nossa, amiga! Vocês já tinham tido a conversa sobre ter algo sério? - Mel questiona.
- Nunca tínhamos dito isso diretamente, mas pela postura dele, eu achei que nossos sentimentos eram mútuos. - Bebo um gole de água e respiro fundo.
- Mas não estamos tirando soluções precipitadas? Será que Ret foi lá para transar com a mulher mesmo? - Steff pergunta focada em meu rosto.
- E o que mais estariam fazendo? Um homem e uma mulher se encontrando num hotel só pode ser para transar. - Minhas bochechas ardem e eu prendo o choro. - Até Vincenzo acreditou nisso. Ele mesmo que deu a entender.
- Se você está apaixonada, deveria falar para Filipe, A. - Eu e Mel tínhamos o costume de nos chamar só pela primeira letra do nome. - Foi assim comigo e com o Caio, e olha onde estamos agora.
Mel levanta a mão mostrando a aliança de namoro dos dois e eu não consigo evitar de sorrir. Ela estava tão feliz...
- Quem dera se Filipe aprendesse um pouco com Caio, Mel. - Apoio minhas costas na cadeira e tombo minha cabeça para trás. - O pior é que eu não consigo maquiar meus sentimentos, logo ele vai notar que não estou bem. Mas não posso simplesmente dizer que eu o segui até o hotel e encontrei ele com outra.
