chapter forty-eight

1.9K 160 41
                                    


AINDA DESESPERADA, CORRO ATRÁS DA MINHA amiga e a puxo pelo braço, fazendo com que ela vire para mim assustada

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.








AINDA DESESPERADA, CORRO ATRÁS DA MINHA amiga e a puxo pelo braço, fazendo com que ela vire para mim assustada.

- Mel, espera! Não é nada disso que você está pensando.

- Amiga, está tudo bem. Eu não vi nada, ok?! - Ela responde.

- Mas não aconteceu nada. - Falo um pouco mais alto e ela me olha com preocupação. - Não aconteceu nada.

- E você queria que acontecesse, Tonton? - Mel pergunta segurando minha mão e sentando em uma das poltronas espalhadas pelo corredor.

- Eu nã... eu não queria. - Sinto minha voz falhar e meus olhos ardem com as lágrimas. - Cazzo di, eu queria! Como eu queria.

As lágrimas começam a rolar sem parar e minha amiga me abraça com força.

- Oh, meu amor! Calma. - Ela sussurra no meu ouvido com sua voz doce.

- É que é esquisito para mim. Eu me sinto culpada, me sinto uma pessoa estranha por querer isso, amiga. - Engasgo com as palavras e ela continua sussurrando para eu ter calma.

- Não vou julgar você, Tonton. É uma coisa normal? Não. Mas quando vocês se conheceram não sabiam disso, então não tinha como olhar com olhos de irmãos, entende? - Ela segura meu rosto com as mãos e espera minha resposta. - Talvez seja só o proibido que te interessa, amiga.

- Temo que não seja só isso, amiga. Eu achei que depois dos dias dele no hospital, tudo ia voltar ao normal. Que talvez aquela euforia tinha sido só medo de perdê-lo e a confusão dos meus sentimentos tinha me feito tomar aquela atitude. - Dou uma fungada e deito minha cabeça no ombro da minha amiga. - Mas é impossível estar perto dele e não querer tocá-lo, abraçá-lo ou até mesmo beijar sua boca.

Fecho os olhos sentindo meu coração sendo tomado por uma angústia.

- Primeiro você precisa se acalmar, beleza? Vocês dois passaram por muitas coisas juntos e talvez só estejam perdidos quanto à isso. Não precisa se culpar por nada. Somos humanos e estamos propícios a errar. - Ela diz pacientemente enquanto acaricia meus fios loiros. - Sabe se ele se sente assim também?

Demoro um pouco para responder. Filipe nunca se mostrou um homem aberto aos seus sentimentos. Até entendo que talvez isso seja consequência dos seus traumas, mas mesmo assim é uma incógnita.

- Não conseguimos ter muitas conversas abertamente sobre nada. Eu sei que ele sente algo por mim, mas talvez seja só carinho por ter o acolhido e tido paciência para ouvi-lo. - Ela sorri compreensiva.

- Tonton, não sou muito de assumir o papel de conselheira na nossa amizade, mas talvez você devesse ouvir seu coração e fazer o que tem vontade. - Olho no fundo dos seus olhos e eles estão brilhantes e sinceros como sempre. - Ninguém tem o direito de julgar o sentimento dos outros, mas você deve ter certeza disso. Ret mexe com você e eu já venho observando isso a um tempo. Quer se entregar por uma noite? Beleza. Quer se entregar para viver algo? Beleza. Mas lembre-se de saber as intenções dele antes, não quero que se machuque.

ALMA REVEL - FROnde histórias criam vida. Descubra agora