ALMA REVEL - FR

chapter eighteenth

ANTONELLA GARCIA VAI ME ENLOUQUECER.
Eu não deveria cair nessas provocações dela, mas, em teoria, é fácil resistir a essa mulher, quero ver na prática quando ela está literalmente olhando profundamente em sua alma com aqueles olhos da cor do mar.

Respiro fundo e decido me levantar. Eu não quero ir para casa, só quero fugir de tudo o que me lembra a porra do meu pai.

Eu coloco minha mão no bolso rezando para que a chave do meu carro esteja lá e alguém ouviu minhas orações, porque está.

Eu caminho até a garagem da mansão e entro no meu carro. Enviei uma mensagem para Caio perguntando se ele está em casa e o mané nem recebeu. Eu decido ligar para Gustavo, já que tenho certeza de que ele nunca sai do celular.

- A que devo a honra, Príncipe Filipe? - Já atende cheio de brincadeiras para o meu lado.

- Você está em casa, otário?

- Por que você é tão grosso, meu amor? Eu estou sim, eu sempre estou quando é você quem vai me visitar. - Ele continua com suas graças.

- Pare de ser irritante, Gus. Preciso falar com alguém, estou prestes a surtar.

- Aconteceu alguma coisa, Ret? - Gustavo muda sua postura e fala mais sério.

- Nada de novo sob o sol. Estarei aí em cerca de 10 minutos. Falando nisso, você sabe onde Caio se meteu?

- Tenha cuidado na estrada, não quero ter que visitá-lo no hospital por causa de um acidente novamente. E aquele filho da puta está todo estranho esses dias, desaparecendo do nada, mal responde às mensagens do nosso grupo.

- Deve ter mulher no meio. Agora vou desligar.

Depois de me despedir do meu amigo, eu dirijo em direção à casa dele. Antes de sair do carro, vejo que minha mãe está enchendo meu celular com mensagens perguntando onde estou e se estou bem. Eu respondo brevemente com um - tudo ok - e vou até à portaria para o porteiro liberar minha entrada.

• • •

- Você está me dizendo que desgraçado do seu pai bateu em você e Vicenzo Garcia te defendeu? O mesmo Vincenzo que te odeia e sonha em deformar seu rosto?

- Depois de hoje, acho que ele só seria capaz de fazer algo assim com alguém se mexesse com sua família. Ele literalmente me defendeu, eu quase não conseguia acreditar quando vi.

- Isso é muito estranho, mano.

- Ele provavelmente acha que o que Marcos fez é um absurdo, parece que Gael, o pai dele, é como aqueles pais fodas, sabe?

- Mas é absurdo, Filipe. Não é porque Marcos é um constante sociopata filho da puta que nem ama seu próprio filho que é normal que ele se comporte assim com você.

- De qualquer forma, vamos pular para a parte em que eu quase peguei a irmã de Vincenzo.

- Nem fodendo! Você é um vagabundo, meu amigo. Você está paquerando com a filha do maior inimigo do seu avô?

- Que porra de paquerando! Nem mesmo a geração da sua avó usa mais esse termo, Gustavo. - Termino de contar tudo que aconteceu.

- Vocês seriam como aqueles casais que vivem um amor proibido e estão sempre em perigo de alguém descobrir. Aí no final, a paz entre as famílias reina e vocês se casam na Grécia.

Eu explodo em uma risada e Gus olha para mim com deboche.

- Você virou o último romântico agora, Gustavo? Isso é só tesão, mano. Você sabe que eu amo um desafio.

- Ficarei muito feliz em passar isso na sua cara quando você estiver apaixonado por ela.

- Apaixonado por quem? - Nos assustamos com a voz de Caio que entra pela porta principal do apartamento de Gustavo.

- Como você entrou aqui? Agora decidiu aparecer?

- Você esqueceu sua chave comigo, e não seria um problema para mim vir aqui sem avisar. E o que você quer dizer com "agora você decidiu aparecer"?

Caio tem o hábito de sempre invadir nossas casas e só Deus sabe como ele consegue fazer isso sem ser anunciado ou impedido.

- O que é um milagre, já que ele nos trocou por uma buceta! - Eu provoco e ele revira os olhos.

- Que babaca! É por isso que Antonella não vai querer se casar com você na Grécia.

- Antonella? E quem fez isso na sua cara, Ret? - Caio percebe meus ferimentos.

- O pai dele. E adivinha quem o defendeu? Exatamente, Vincenzo! - Gustavo dá com a língua nos dentes.

- O que te odeia? E como assim Antonella vai se casar contigo?

- Isso, o próprio cunhadinho dele! E ele quase fica com a loirinha.

- Cale a boca, porra. Não foi grande coisa, Caio. Se você não tivesse enfiado seu celular na bunda, teria visto minhas mensagens e participado da nossa conversa que eu expliquei tudo o que aconteceu. Onde você estava mesmo?

- Vocês se tornaram meus pais agora? Eu estava com uma pessoa que conheci no bar esses dias.

- Hmm, Caio Luccas namorando, hein?!

- Não fode, Gustavo! - Ele responde com raiva.

- E qual é o nome dela? Tem alguma amiga gata? - Eu pergunto.

- Se eu responder, vocês vão me deixar em paz?

- Provavelmente não, mas tenta a sorte.

- Cale a boca, Gustavo! Claro que vamos, mano.

- O nome dela é Mel. E eu realmente não conheço o ciclo social dela, já que só nos conhecemos há uma semana.

- Mel... Ela é o mel e você é a abelha que está se deliciando com o néctar, né, safado?!

- Filipe, vou quebrar a cara do Gustavo.

Começo a rir das suas palhaçadas e por um momento esqueço de tudo. Estar com meus melhores amigos é um dos poucos momentos com os quais me sinto feliz.

- Eu parei, é que hoje meu espírito da quinta série está aflorado, amigos.

- Ah, você jura, idiota?!

NOTAS

Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Gostaria muito de agradecer por lerem minha fic. Está meio complicado de atualizar esses dias, mas vou me esforçar para entregar pelo menos um capítulo toda semana para vocês. Assim que eu escrever, já vou lançando aqui.

Outra coisa, está próximo de acontecer uma coisa que vocês vão ficar tipo - como assim? - , mas tudo tem uma explicação, então peço que sejam pacientes e não desistam da fic. Prometo que vocês vão passar muitas emoções com a Tonton e o Lipe!

Votem muito, e eu queria muito que vocês interagissem por comentários também. Gostaria de saber se vocês estão gostando e também suas reações. Mas enfim, é isso.

BYE, BYE, VIDAS!