Londres, Inglaterra.
Sebastian Sharpe.Era uma tragédia, nós brigávamos por tudo. Discordamos sobre quem ficaria com o balde de pipoca, o que iríamos beber, se as luzes ficariam acessas ou não e agora sobre o filme que nós iríamos assistir. Mari queria um filme de romance, táticas do amor, só o nome do filme não me encheu os olhos. Por outro lado, eu queria assistir ao clássico Top Gun, porém ela se recusava a ver um filme "antigo". Pensei em ir embora umas mil vezes, mas todas as vezes que estava indo em direção a porta, Mari começava com uma discussão nova e eu me recusava a perder um bom debate.
_ Eu não quero assistir filme de avião e ponto. _ falou cruzando os braços feito uma menina pequena.
_ E eu não quero assistir um filme clichê de um romance bobo. _ respondi enquanto revirava os olhos.
_ Não é um romance bobo. É sobre uma aposta entre o casal..._ rebateu ela.
_ Tá vendo, você já assistiu! _ reclamei.
_ E até parece que você não assistiu Top Gun! _ rebateu novamente.
Foi minha vez de cruzar os braços como um menino mimado e pude jurar que ela mordeu o lábio para evitar dá uma risada. Ótimo. Era só o que faltava ser motivo de piada para ela.
_ Fazemos assim, primeiro assistimos Táticas do amor e depois esse filminho. _ sugeriu ela.
_ Filminho? _ falei levando uma das mãos ao peito.
_ Cala boca. Você topa? _ perguntou ela.
_ Não concordo, mas tudo bem. _ disse por fim.
Nós nos arrumamos no sofá e então Mari deu o play no maldito filme. Tinha tomado o balde da mão dela só de pirraça e antes que ela brigasse aleguei que tinha que ter algo ao meu favor ao menos, ela ficou quieta e aceitou, mas antes de eu comemorar senti meu ombro doer e vi que ela tinha me dado um soquinho para que não comemorasse. Sorri fraco. Estávamos em uma cena em que o cara tinha levado a moça para jantar e ela tinha começado a rir dele. Cara, eu acho que morreria se um dia isso rolasse comigo. Garota totalmente desnecessária.
_ Sério, ela não precisava rir dessa maneira. Foi bacana o que ele fez. _ comentei.
_ Qual é, chamar o cara do violino foi muito clichê. _ respondeu ela.
_ Até parece. Vai me dizer que você não ficaria toda boba se o seu namorado fizesse algo do tipo. _ comentei debochando e ela revirou os olhos.
_ Fica quieto. _ disse e eu dei risada enquanto comia a pipoca.
Tinha se passado um bom tempo do filme e eu preciso admitir que fiquei muito intrigado com ele depois de ver aquela loira emocionada dizer a Asly que foi o Kiren que tinha feito ela sofrer. Não estava aguentando mais tanta ansiedade e também estava no meu limite por causa da Mari e de suas piadinhas sobre meu comportamento ao maldito filme. Nesse momento, eles estavam em um jantar e ele tinha se declarado, mas a cretina tinha feito uma merda de uma live para as seguidoras e falado umas merdas para ele e foi aí que eu surtei.
_ Como assim?! É sério que ela fez isso com ele só por causa da amiga? Ela sabe que foi uma filha da mãe com ele, né? _ comentei irritado.
_ Nossa, ridícula. Ela acabou fazendo o mesmo que os homens fazem, no dizer dela. _ reclamou Mari também.
_ Agora eu estou irritado e isso tudo é culpa sua. _ reclamei e Mari me olhou.
_ Minha? _ perguntou.
_ Você quem quis assistir isso. _ retruquei.
_ Tudo bem, justo. Porém, continua vendo. _ respondeu ela.
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Meu querido vizinho
RomanceMudar geralmente é uma decisão muito difícil, principalmente quando o futuro parece tão incerto. Muitas pessoas estão acomodadas e acostumadas com a rotina que levam que tem medo do novo, medo de que alguma mude e estrague a vida "perfeita" que se e...