Meu querido vizinho

Capítulo 18

Queens, Nova York.
Christopher Hastings.

Estava muito irritado com ela, mas sempre soube que esse tipo de coisa iria acontecer. Ela não é minha propriedade, porém só em saber que ela estava com dois rapazes minha vontade era de parar em Londres e ficar com ela o máximo de tempo que eu conseguisse. Mas, sabia que isso não iria resolver, uma hora ou outra teria que voltar e ela iria ficar sozinha. Voltei em mim ao ouvir Susan, uma amiga do Daniel, chamar meu nome pela milésima vez. Quase reclamei com ela, mas tentei me controlar afinal Su só estava tentando me chamar de volta para o jogo. Não fiquei contente ao saber que o Daniel chamaria mulheres para cá, não quando eu sabia que se Mari soubesse ficaria com raiva e talvez até pensasse alguma bobagem, mas como a festa não era minha, não tinha o direito de reclamar, não é? Assim que entrei na casa, fui para sala onde todos se encontravam. Uns estavam deitados no sofá e outros se atracando pelos cantos. Abri uma cerveja e ingeri a mesma, precisava pensar em qualquer coisa que não fosse a Mari e as pessoas com quem ela estava.

_ Então cara, conseguiu falar com ela? _ perguntou Daniel.

_ Sim, consegui. _ respondi dando de ombros e bebendo mais um pouco.

_ E aí, quem eram? _ perguntou novamente.

_ Disse que era uns amigos. _ respondi.

Eu não queria ficar falando sobre aquilo, mas eu precisava ouvir tais palavras saindo de mim para que eu pudesse acreditar nelas e enfim ficar mais tranquilo.

_ Será mesmo? Natália disse que eles pareciam bem próximos no restaurante. _ comentou ele.

_ Eu sei muito bem o que a Natália disse, Daniel. _ respondi sem emoção.

Por mais que eu gostasse dele, não suportava quando o mesmo tentava se intrometer em minha relação com Mari. Daniel não tinha os melhores conselhos e não namorava com alguém havia anos então não tinha por que ficar dando palpite e alimentando os pensamentos ruins que existiam dentro de mim.

_ Calma aí, cara. Só estou tentando ajudar. _ respondeu.

_ Se quer realmente me ajudar, então traga mais uma cerveja. Não quero falar da Mari. _ respondi.

Eu confiava nela, mas saber que ela não tinha feito o que eu pedi era horrível e me deixava bem intrigado. Sabia que essas coisas poderiam acontecer, ela estava longe e tinha uma vida e eu odiava saber que não estava fazendo parte dela.

_ Chris, relaxa. Você está muito tenso. _ disse Susan sentando-se ao meu lado.

_ Estou cansado. _ respondi.

Susan sorriu e então suas mãos vieram para os meus ombros e fizeram uma massagem para que eu pudesse relaxar. Suas mãos eram leves e sabiam o que estava fazendo então por um segundo me permiti não pensar na Mari e no que ela estava fazendo ou com quem estava e aproveitei o alívio momentâneo que Susan estava me proporcionando. Meus dias estavam muito corridos devidos as reuniões do trabalho e estava lutando para fechar um contrato com uma empresa, não tinha dormido bem tinha uns dias e sentia todos os meus membros gritarem pela tensão. Levei a garrafa até os lábios e ingeri o líquido gelado, em seguida ofereci para Susan e a mesma bebeu. Ao me devolver minha garrafa, nos levantamos e chamamos todos para dançar. Havia um tempo que não aproveitava com meus amigos e nem ia para uma noitada, então eu merecia.

Susan e eu dançamos muito, mas sempre com moderação, apesar de ela ser linda e ter um perfume muito bom, o único lugar que a tocava era em sua cintura e ainda assim com muito respeito. Não demorou muito e ouvi a voz do Daniel, mas ele não estava falando ninguém em especial então não dei muita atenção e continuei dançando e bebendo.

_ Sua namorada não vai se importar? _ perguntou Susan.

_ Minha namorada não pode me dizer o que fazer. _ respondi dando de ombros.

_ Tem certeza? _ perguntou novamente.

_ Ela curte da maneira dela e eu da minha Susan. _ foi tudo que disse.

Ela então parou de fazer perguntas e começou a dançar de uma forma sexy que qualquer um poderia notar. Então me afastei um pouco, mas apenas para não parecer mais do que era e me divertir com ela.