Capítulo 25

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Londres, Inglaterra.
Sebastian Sharpe.

Ela estava muito diferente em quanto dançava na cozinha hoje de manhã, um diferente bom já que tinha me feito sorrir ainda deitado no sofá. Porém, notei que ela ficou tímida por achar que eu tinha visto e tudo que eu não queria era que ela ficasse tímida comigo por isso menti. Minha cabeça doía e me recordo de ter pensado que iria me arrepender hoje, mas tudo que eu não sinto é arrependimento.
Tinha acabado de sair do banho e vestido uma cueca box quando ouvi alguém bater um tanto apressado. Vesti uma calça de moletom e depois caminhei até a sala e quando abri a porta dei de cara com Dakota, que no momento não estava com uma expressão muito boa. Dei espaço para que ela entrasse e a mesma não demorou entrar e logo jogou a bolsa em cima do sofá.

_ O que aconteceu com você ontem? _ perguntou ela.

_ Bom dia, Dakota. _ respondi um tanto seco.

_ Bom dia. Agora pode responder minha pergunta? _ respondeu ela.

_ Fiquei com a Mariana ontem. _ disse dando de ombros e fechando a porta.

_ Como é? Ficou como com ela? _ perguntou e uma pontada de preocupação surgiu em sua voz.

_ Fiquei e assisti um filme com ela, Dakota. O que você achou que fosse? _ perguntei um tanto irritado.

Se havia algo que eu não gostava era que duvidassem do meu caráter. Eu jamais tinha dado um motivo para que tal coisa acontecesse e não admitia que o fizessem e Dakota sabia disso, o que fez minha irritação ficar um pouco maior.

_ Desde quando você e ela são amigos?!_ sua voz saiu um pouco mais cautelosa.

_ Nós não éramos. Porém, foi ideia sua sairmos os cinco para nos conhecermos, não foi? _ respondi.

_ Isso não significa que você pode me deixar para ficar vendo filme com ela. _ rebateu.

Enquanto ela reclamava, caminhei em direção a cozinha e peguei uma garrafa de vinho. Se eu iria ouvir reclamações, ouviria bêbado. Era bem mais fácil.

_ Eu não deixei você, Dakota. Jhonatan e Siena estavam lá. E além do mais, Mari não estava bem. _ argumentei e bebi um pouco.

_ E o que ela tinha? _ perguntou cruzando os braços.

_ Brigou com o namorado. _ respondi e ela deu um estalo com a língua.

_ Não sabia que você era psicólogo. _ rebateu.

_ Dakota, Jhonatan me mandou buscá-la e eu fui fazer isso, mas quando a encontrei, ela estava chorando e eu não podia sair como se não tivesse visto nada. _ respondi tentando ser um pouco paciente.

_ Tá, mas..._ tentou novamente.

_ Eu não sou um insensível, Dakota. Não existe "mas". Eu fiquei e ponto. Ela é sua amiga e eu também sou amigo dela e não deixaria ela só, porque se acontecesse algo depois não iria ficar bem. _ respondi sem emoção.

Ficamos em silêncio um momento e quando eu achei que tínhamos acabado, sua voz ecoou de novo.

_ Poderia ao menos ter me avisado. _ disse ela.

_ Eu não queria dizer por sms porque queria te informar pessoalmente. Porém, teria feito isso por celular se soubesse que duvidaria de mim. _ respondi e ela me olhou chateada.

_ Eu não duvidei de você. _ comentou, mas meu olhar foi o bastante para que ficasse quieta.

_ Conheço você melhor do que pensa. _ falei e me sentei no sofá.

Meu celular vibrou e por um momento sorri ao ver a última mensagem de Mari ao dizer que precisava beber. Acho que pensamos o mesmo nesse departamento, já que eu estava virando uma garrafa na boca nesse momento. Desliguei minha tela quando Dakota se sentou ao meu lado e suspirou um pouco triste.

_ Desculpe. _ foi tudo que disse.

Respirei fundo e então coloquei meu braço em volta do seu pescoço depositando um beijo no topo de sua cabeça.

_ Tudo bem. _ respondi.

_ É que eu fico preocupada as vezes, Bas. Nós não namoramos, mas odeio pensar em você com outra pessoa. _ comentou ela.

_ Dak, nós já conversamos sobre isso e se um dia eu fosse ficar com alguém, contaria para você antes de acontecer. _ disse para ela.

_ Promete? _ perguntou.

_ Sim, prometo. _ disse.

Ficamos em silêncio por um momento e depois decidimos que iríamos para casa dela ficar por lá hoje para compensar minha falta. Achei justo ir com ela e acredito que seja divertido. Porém, deixei avisado que não iria dormir na casa dela e claro que a mesma fez o possível para me fazer mudar de ideia, mas quando decido algo é um pouco impossível me fazer mudar de ideia. Ela desistiu e então fomos para sua casa e minha tarde foi boa até o momento que senti vontade de saber o que a Mari estava fazendo. Dessa hora em diante eu fiquei em um dilema para saber o que tinha resolvido entre ela e o namorado e tentar colocar em minha mente que a vida dela não era da minha conta. Merda.

Meu querido vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora