Capítulo 39

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Londres, Inglaterra.
Dakota Steele.

Honestamente eu odiava a Stacy, mulher idiota e sem noção. Não sabia o que era limites, sério. Também confesso que fiquei surpresa ao ver o Jhonatan defender a Mari daquele jeito. Muitas coisas estranhas acontecendo, por exemplo, o Sebastian, nós não nos falamos tem um tempo e exatamente por isso estou em frente a porta do seu apartamento esperando ser aberta e assim que abriu, o seu semblante surgiu. Sua barba estava crescendo e usava uma calça de moletom preta e uma camisa azul, é realmente uma visão. Uma expressão estranha surgiu em seu rosto, mas não demorou muito e sumiu. Ele me deu espaço para entrar e assim o fiz, seu apartamento parecia normal e alguma maneira ele também, mas sentia que não estava.

_ Está me evitando? _ perguntei enquanto me sentava no sofá.

Não queria brigar com ele, mas ultimamente as confusões e desentendimentos pareciam vir na nossa direção e eu estava ficando louca.

_ Não. _ respondeu enquanto se sentava na poltrona.

_ Por que não me manda mensagem? _ eu não tinha pensado em nada antes de fazer tais perguntas.

_ Precisava de tempo. _ respondeu, novamente com poucas palavras.

_ Tempo para que? _ não estava entendendo.

_ Pensar, Dakota. Precisava organizar minhas ideias. _ respondeu enquanto enterrava seu rosto em suas mãos.

Sebastian sempre tinha sido um homem muito reservado e sim eu gostava, mas não quando o mesmo se fechava literalmente para o mundo e para mim. Me deixava desesperada para saber no que ele estava pensando ou sentindo. Mas, sempre soube que existia coisas que ele jamais contaria a alguém.

_ O que tá acontecendo? Conversa comigo. Nós não conversamos mais, Bass. _ implorei.

Sebastian olhou para mim por um tempo, não conseguia ler seus pensamentos. Seus olhos. Que droga. Por que ele tinha que ser assim?

_ Bash. _ sussurrei e então ele se levantou e suas mãos foram direto para seu cabelo.

_ Não é nada, está bem? _ disse ele.

_ Bash_ falei novamente enquanto ia até ele.

_ Não me chame assim! _ respondeu baixo, mas com firmeza.

Congelei em meu lugar, não me atrevi a dar um passo para longe ou para perto dele. Nunca ele tinha falado assim comigo. Ninguém nunca fez isso comigo. Qual o problema dele?

_ Dakota. Desculpe. _ falou novamente e dessa vez parecia cansado.

_ Não. Odeio que falem comigo assim e não irei desculpar, estou cansada de ir atrás de você e não receber nenhuma explicação. _ explodi.

Ele encolheu diante de minhas palavras. Nossa. Ele nunca tinha feito isso. Realmente as minhas palavras tinham machucado. Que bom. Talvez assim ele entenda como as pessoas se sentem. Não deixei que respondesse, peguei as minhas e segui em direção a porta e antes de sair, virei para ele e disse.

_ Se quiser, nem precisa ir com a gente hoje à noite. _ falei e bati a porta atrás de mim.

Lágrimas caiam pelo meu rosto e não sabia ao certo se era de dor ou de raiva, talvez a última opção. Ele não era assim e se insistisse nisso ia acabar me perdendo. Sai do apartamento e fui para o meu carro, conduzi até minha casa. Não poderia deixar que aquele idiota estragasse o meu dia. Não mesmo. E chorar não iria fazer bem para minha pele e eu queria estar uma deusa hoje à noite.

Meu querido vizinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora