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Havia uma mesa cheia de comida, até estranhei, mas lembrei que agora havia mais pessoas.
Me sentei, senti todos me olharem mas ignorei.
- Então, como foi a praia?- Júlia perguntou, eu iria ignorar ela por completo mas meu pai me olhou como repreensão.
-Ah, foi legal.- Eu disse tentando parecer gentil.
Comecei a comer, mas Eleonor não tirava os olhos de mim. Eu tentava não encarar ela por muito tempo, só para não me assustar tanto, já que o olhar dela parecia ser tão pesado.
-Sophi, pode me ajudar a pegar a sobremesa?- Meu pai perguntou e eu assenti.
Peguei a sobremesa na cozinha, e ele me ajudou a colocar em alguns pratinhos.
-Acho que a gente não teve oportunidade de conversar.-Meu pai disse, porém continuei cortando a sobremesa.- Mas está tudo bem sobre isso de Eleonor e Júlia?
-Ah, não estou acostumada, e não gosto muito delas, mas se Eleonor te faz bem, tudo bem.- Eu disse e ele sorriu.- Quanto tempo vocês se conhecem ou ficam? Por que pra ela está grávida tem que ser um bom tempo.
-Um ano depois que sua mãe morreu.- Ele disse, eu senti meu coração acelerar, aquilo realmente havia doído.
-Certo, só queria saber isso. Está tudo bem!- Eu disse, mas eu sabia que não estava.
Voltamos para a mesa, tomei o resto de refrigerante que havia no copo e comecei a comer a sobremesa.
Passaram-se alguns minutos, eu comecei a sentir minha visão ficar escura, e meu coração acelerar muito. Em outros minutos, minhas mãos começam a tremer, e se eu estivesse soando antes, agora estava tudo gelado.
-Com licença, pai. -Eu disse me levantando com dificuldade, e enquanto eu subia as escadas, consegui cair no último degrau.
Entrei no meu quarto procurando água, e enquanto isso eu liguei para Jaden.
Call on ×
Jaden: Oi linda. Sophia:Me ajud.. Jaden: O que você tem? Sophia: Não consigo... Jaden: Amor, o que tá acontecendo?
×
Fiquei tonta e parecia que estava ficando sem consciência, então não consegui terminar a ligação. Falta de ar, tremores, suor excessivo, visão turva, eram tudo isso e muito mais que tomavam conta de mim naquele momento. Não demorou muito pra que meu corpo ficasse fraco, me fazendo cair no chão. Depois eu apaguei.
Jaden on •
Não havia entendido muito sobre a ligação de Sophia, mas alguma coisa estava acontecendo.
Vesti uma camisa e sai do quarto correndo.
-Onde vai?- Minha mãe perguntou.
-Sophia me ligou, uma ligação estranha, pedindo ajuda.- Eu disse pegando a chave do carro.
-Você vai lá? Vou também.- Minha mãe disse e eu assenti.
Tentei acelerar o máximo que eu pude, minha mãe até me deu alguns sermões pela rapidez, mas não me importei.
Sai do carro, com um pouco de dificuldade por estar descalço, acabei saindo com muita pressa.
Passei pela sala, assim que o pai de Sophia e as outras duas me viram, se levantaram vindo até mim.
-Jaden? O que aconteceu?- Harry perguntou.
-Vim ver Sophia.- Eu disse indo subir as escadas, mas Eleonor entrou na frente.
-Mas você não viu ela hoje, pra quê você vai vê-la novamente? Provavelmente já está dormindo.- Ela disse nitidamente nervosa.
-Mas quero ver ela.- Eu disse tentando passar mas ela me impediu novamente.
- Não é você quem decide isso, você não está na sua casa.- Ela disse brava.
-Hey, saia da frente do meu filho, ninguém fala assim com ele e nem impede ele de fazer nada. Suba, Jaden!- Minha mãe disse trás de mim.
Passei por ela, que dessa vez não tentou me impedir. Entrei no quarto de Sophia, e ela estava no chão. Meu coração acelerou.
-Sophia!- Eu gritando indo até ela.- Acorda, por favor.
Eu balancei ela várias vezes, havia algo na boca dela, ela teve uma convulsão. Não demorou muito pra quê as pessoas da casa dela chegassem no quarto, principalmente depois dos gritos que eu dei.
-Chamem a ambulância!-Joyce disse se abaixando até ela.
Robert chegou mais perto, e começou a fazer uma massagem cardíaca. Eu já chorava muito, e parecia que a cada pressão que Robert fazia contra o peito dela, era um soco na minha cara.
Segurei a mão dela, e beijei milhares de vezes.
- Não me deixa, por favor. Fica comigo. Você vai acordar, eu prometo que quando acordar, eu vou te levar daqui. Eu não posso te perder, você não pode me deixar aqui. Não pode. É uma injustiça viver sem você. Vamos, Sophia! Acorde.- Eu sussurrava enquanto beijava a mão dela, eu falava como se estivesse apenas nós dois no quarto, e ela estivesse me escutando.
- Está sem pulso. Ela morreu.- Robert disse colocando a mão na cabeça.
-O QUÊ?- Eu gritei.
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