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Acordei com o sol queimando no meu rosto

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Acordei com o sol queimando no meu rosto. Depois daquela conversa pesadíssima com meu avô, apenas cheguei e me joguei na cama.

Hoje, eu e Shay iríamos transferir nossa matrícula da faculdade de Nova York para cá. Parecia até um pesadelo ter que voltar 'pra cá. Por sorte, as aulas não haviam começado.

Tomei banho, e fiz tudo que era necessário. Enquanto eu me arrumava, abri minha gaveta e me deparei com todas as minhas luvinhas, elas me trouxeram muitas lembranças.

Com o tempo, elas saíram de moda para mim e para minha personalidade. Mas eu só fingia, eu ainda era a mesma menininha de sempre. Na primeira oportunidade que eu tivesse, estaria usando elas novamente.

Desci as escadas, e já escutava as conversas na mesa. Ela estava recheada de comida, consegui escutar minha barriga roncar.

Mas algo estava errado, Eleonor estava sentada na cadeira onde minha mãe sentava. Por que justo ela?

- Bom dia, Sophia. Chegou tarde ontem.- Meu pai disse enquanto tomava seu café e lia o jornal.

- Vovô conversou muito.- Digo sorrindo sem mostrar os dentes, e me sento lado de Júlia, que sorriu quando me viu.- Agora podemos sentar na cadeira onde minha mãe sentava?- Todos me olham.

- Ah, Sophia, é apenas uma cadeira. Não seja ingênua.- Meu pai pouco se importando. Apenas pegou um pão, e comeu.

- Eu tenho certeza que sua mãe não iria se importar.- Foi a vez de Eleonor responder. Que ódio que eu tinha dessa mulher.

- Mãe! - Júlia disse em tom de repreensão.

- Já eu acho que ela iria se importar e muito.- Digo sorrindo com o sorriso mais falso que poderia colocar no rosto.

- Disse bem, você acha. Ela não está aqui 'pra você saber.- Eleonor respondeu, a raiva já subia pelas minhas veias.

- Quem sabe se ela está ou não, né? - Digo em tom sarcástico, lembrando de tudo que meu avô disse na noite anterior.

- JÁ CHEGA! - Meu pai gritou, fazendo todas da mesa se assustar.

Depois desse grito, metade do café foi um silêncio completo, só se escutava o barulho das xícaras se batendo no pires. Até que decidi quebrar todo o silêncio.

- Pai.- O chamo, e ele me olha com rapidez.- Onde fica aquela chácara que o senhor tem?- Pergunto, e ele com rapidez troca olhares nada bons com Eleonor.

- Chácara? Que legal, quando a gente vai poder ir?- Júlia pergunta, o fazendo ficar mais nervoso. Júlia me ajudou involuntariamente.

- Não sei, meninas. A casa tá em reforma, uma bagunça. Quando terminar, vocês podem ir 'pra lá.- Ele responde limpando a garganta, e Eleonor concordava com ele.

Não falei mais nada, quis deixar a pergunta no ar, apenas para ele saber que eu sabia da chácara. Terminei meu café, e fui com Shay até a faculdade. Era enorme, e isso era bom, já que a faculdade era nada mais, nada menos, que um internato.

𝘴𝘵𝘢𝘺 𝘸𝘪𝘵𝘩 𝘮𝘦 |  𝒋𝒂𝒅𝒆𝒏 𝒘𝒂𝒍𝒕𝒐𝒏. Onde histórias criam vida. Descubra agora