15 - A curiosidade mata

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Glória

A tia já voltou para o Rio com a Tainá, Silvinha, Gordo e Renato. Ela está irredutível, quer voltar para o Goiás. Vai organizar as coisas  e tentar convencer o namorado w ir também para abrirem o bar em Morrinhos, minha cidade.

O Tales disse que depois eu iria, deixando minha tia com uma ruga de preocupação no rosto. E assim, ficamos só a gente. Quer dizer, nós e esse pessoal circulando pela casa.

Ele tem sido muito carinhoso quando estamos a sós, mas basta alguém aparecer, que ele muda completamente. Não sei como agir perto dele, se tem mais pessoas na casa. Ele nunca me toca, parece até indiferente.

Eu tenho ficado mais reservada, apenas faço nossa comida, e limpo a ala em que mais usamos, sala de jantar, TV e cozinha, além do quarto. Ele disse que por enquanto não poderia mandar ninguém pra arrumar as coisas. E sempre tem me ajudado.

Os homens são mal encarados, me olham descaradamente quando o Tales não está por perto. O que me constrange, fazendo com que evite ficar proximo a eles.

Eu não conversei com ninguém, até porque eu não sei falar inglês. Uma pena, daria tudo pra entender o que as mulheres vivem conversando e me olhando, ou o que a tal da Nastia tanto fala com ele.

Parei de falar com o Vieira, ele tem vindo pouco aqui e quando veio, estava com o rosto machucado. Na hora, me lembrei da conversa com a Silvinha.

Durante os dias, eu percebi uma movimentação em direção ao fundo da casa. Homens carregando caixas.

O Teles me matem completamente alheia ao que está acontecendo. Quando estamos a sós, o que fazemos é sexo. Não que eu esteja reclamando.

Falei com o Xeique que precisava de algumas coisas. Saímos com o básico da casa da minha tia. Magicamente, no dia seguinte, minha mala apareceu no nosso quarto.

- Eu queria ir numa farmácia, comprar uns produtos. - Falo com ele, enquanto tomamos banho.

- Não vai ter como. Não quero você saindo. - Cortou o assunto e não me deu mais nenhuma explicação.

- Como assim, não? Me dê um motivo, uma justificativa, pelo menos? Eu mereço. Não me trate com essa indiferença.

- Agora não, Glória. - Ele esfrega as têmporas. - Depois eu te explico tudo que você quiser saber, mas por enquanto, só me obedeça.

- Te obedecer? Você só pode estar brincando. Eu não sou criança. Não vou ficar sendo tratada desse jeito. Eu não sou um dos seus homens. - Falo alterada com as mãos na cintura e o cabelo cheio de espuma de xampu.

- Com certeza não é. Homens meus, não fariam esse tipo de merda, gritar comigo. Homens meus não colocam banca pra cima de mim, assim. - Ele pega uma toalha, se enrola e sai batendo a porta. Ok, nossa primeira briga.

Fico no quarto e não vejo a hora que ele voltou, só sinto seu corpo se encostando ao meu e ele me abraçando pela cintura. Estou apenas de calcinha e uma camiseta dele. Ele beija meu ombro e volto a dormir.

Acordo com o peso do seu braço em volta de mim. Tento sair devagarinho do agarro dele. - Você não é tão delicada quanto pensa. - Ele diz com a voz rouca.

- Não queria te acordar. Desculpa. — Falo seca.

-Sério que não queria? Você pula para levantar, Goiana. E porque esse tom comigo?

-Não usei tom nenhum, e não é bem assim, sou delicada. — Dou um tapinha em seu braço.

- Anota as coisas que você precisa, vou providenciar. - Ele beija meu pescoço e logo uma mão está esfregando meu clitóris e no momento seguinte, Tales afasta minha calcinha e sinto ele se enfiando dentro de mim.

Sem Saída: Crime Organizado Onde histórias criam vida. Descubra agora