⚠️Este capítulo pode conter cenas que causam desconforto para alguns leitores.
⚠️ Agressão física.
🟡 Tenham cautela.
🚫 Pode conter gatilhos.
Glória
Quando eu decidi fugir do Rio, estava em meus planos, me afastar completamente do Tales. Doeu demais vê-lo beijar outra mulher. Mesmo que fosse um teatro. E talvez esse fosse um motivo para arrancá-lo da minha vida.
Me senti humilhada. Eu estive nos braços dele por tantas vezes ali, mas como eu não tinha nada para ser barganhado, tive que me manter em silêncio.
Eu iria conseguir esquece-lo? Provavelmente não. Ele se tornou tão forte e necessário para mim, mas eu precisava tentar. Eu tinha que sair daquele lugar. E fui pra longe dele, mesmo doendo muito.
Mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde ele me encontraria. Só não achava que fosse tão rápido. O filho uma cadela tinha me colocado não um, mas dois rastreadores.
Eu sei, jamais teremos uma relação conhecida como normal. Mas não importa. Quando abri a porta do banheiro e ele estava lá, com aquela cara de bravo, lindo, sentado e me esperando. No fundo eu gostei de vê-lo ali. Achei rápido demais, então tive a certeza que, de alguma forma, ele me rastreava.
Estamos deitados no sofá da linda sala do flat que ele preparou para me deixar escondida.— Renato, será que ele já chegou lá?
— Não sei, Glória. Ele não é de dar muitas explicações, em especial para mim, talvez o único que saiba do que está acontecendo, seja o Bode, mas nem precisa se animar.
— Ele não me contaria nada, né? Como será que as coisas vão acontecer. É como num filme de faroeste? Eles se encontram no meio da rua e trocam tiros?
Meu primo gargalha. – Você não está falando sério, né?
— Não, eu sei que não é como num filme, mas não faço ideia de como é. Não saber como as coisas estão acontecendo, me deixa muito angustiada.
— Você o ama mesmo, né? — Ele ergue a cabeça me olhando.
— Muito. Nunca senti nada parecido em toda minha vida. É diferente.
— Quando minha mãe confirmou que você iria pra lá, eu tive medo de você chamar a atenção de algum dos caras do morro. Mas na hora que o Xeique me ligou no rádio, perguntando seu nome, eu tive certeza, de quem você tinha despertado interesse. Mesmo que outro tentasse algo, não teria chances de se aproximar de você.
— Mas e se eu não o quisesse. Acha que ele não me obrigaria? Sei que não, mas ele é orgulhoso demais pra aceitar um não com facilidade. Como será que ele reagiria?
— Com certeza não. Ele já mandou para o inferno muitos que eram abusadores. Até ele, tem um limite pra maldade. Mas o Xeique não te deixaria em paz nesses três meses. Você não seria dele e de mais ninguém. Até porque, ninguém era doido de tentar a sorte.
— Eu sabia que não conseguiria ser imune a ele. Foi rápido. Ele me arrastou para o seu mundo. Um bandido. Arrogante, controlador, e muito gostoso.
— A parte do gostoso, eu discordo. — Ele faz uma careta e me joga uma almofada. — Mas ele realmente nunca agiu assim com nenhuma outra mulher. Era pra ser você.
Um, dois, três dias... Uma semana e nenhuma notícia. Meu sono era curto. O tédio era constante. O medo era minha companhia constante. Só queria ficar deitada. O Renato saio, descia um pouquinho, mas eu não tive coragem de ultrapassar a porta.
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Sem Saída: Crime Organizado
Romance🔞 Conteúdo adulto Glorinha tem quase 23 anos e sempre viveu numa cidade do interior de Goiás. Ela sonha em ser medica, mas onde mora não tem universidade, então, o mais próximo desse sonho, foi fazer técnico em enfermagem. O lugar mais distante...