Glória
Em três dias é a festa da Silvia. O Renato me encheu tanto o saco, que resolvi ir. Não sei se ele vai e também não perguntei. Minha mãe convencida pela minha tia, também resolveu viajar comigo.
Chegamos no Rio na quinta bem cedo. Fomos de avião, depois de muito insistir com minha mãe. Eu perdi um pouco do medo, mas sofreu a viagem toda.
Fomos recebidos pela Silvia, Tainá e um rapaz, que nos ajudou, o Bode, Sorte e Gordo, tinham ido revólver um problema. Vamos direto para a casa da Silvia. Que é muito linda e confortável.
- Amiga, como você está? - Tainá fala e me abraça.
- O pior já passou. Eu vou ficar bem.
- E ele? Não tem como não perguntar. — Ela sorri.
- Não existe ele. Existe eu. Vou cuidar de mim, da minha saúde, já perdi demais. — Tomei uma decisão, mas decido não contar nada.
- Ele confirmou que vem. Está pronta pra ficar de frente com ele?
- Nunca estarei, mas tenho que fingir que sim. -Sorrio nervosa.
- Você ainda o ama, não é mesmo?
- Como sempre o amei. Não diminuiu nada. Não sei mais o que fazer. Acho até que o amo mais.
- Aceitar que nós três somos iguais em relação a homens. Gostamos dos piores. - Pela primeira vez em muito tempo, sorrio genuinamente. Aliás, todas gargalhamos.
- Olha onde eu fui parar. Colômbia, mas nao tinha a menor chance de eu deixar meu preto.
Tainá começa a contar as situações que ela vem vivendo no país vizinho e sorrimos de nossa amiga que deixa o Sorte louco com as proezas dela. Mais tarde, saímos para comprar roupas.
Um segurança foi com a gente, muito a contra gosto do Bode e Sorte. - Porque um shopping logo hoje. Cheio e correndo riscos? - Bode fala.
- Porque queremos roupas bonitas que só vendem lá. Silvia fala e o abraça.
Não vi o Xeique em nenhum momento. Mas sei que ele já chegou. Soltaram fogos e o Gordo avisou que era pra ele.
Meu coração está apertado, estou nervosa, ansiosa. E se ele estiver com alguém ou com um harém novamente?
Mais tarde vai ter uma festa na casa dele, que ele ofereceu para a Silvinha e bode, mas já decidi não ir, me acovardei, tô com medo de ele ter alguém lá. A minha prima ficou triste, mas como eu vou a casa dele assim?
- Filha. Você está bem?
- Tô sim. Já tomei minhas vitaminas, comi.
- Não tô perguntando sobre isso. Mas aqui. - Ela coloca a mão em meu peito.
- Tá tudo bagunçado, mãe. E se eu não consegui conversar com ele, se ele estiver com outra, como vou esquecer esse homem. Na verdade, estou com medo do que vou encontrar, quando estivermos de frente um para outro. E se ele me esqueceu. Foi um erro eu ter vindo.
- Não filha. Erro é se esconder. Você não fez nada de errado. A Silvia ficou triste de você não ir. Deixa esse medo de lado e encare o que tiver de encarar. Vamos lá? Você pode se surpreender.
- Tudo bem, mas e se ele...
- Sem mas. Minha filha, eu venho acompanhando de perto a sua dor e sofrimento. O Tales nunca foi meu genro dos sonhos, mas se é ele quem te faz feliz, repense suas decisões.
Nos arrumamos e sorrio, vendo minha mãe e tia indo de moto para a casa do Xeique. O Gordo e o Renato vieram busca-las e depois meu primo voltou e me pegou. Ele só veio para o noivado da irmã, está decidido a ficar em Morrinhos mesmo. O que ele passou, foi muito grave.
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Sem Saída: Crime Organizado
Romance🔞 Conteúdo adulto Glorinha tem quase 23 anos e sempre viveu numa cidade do interior de Goiás. Ela sonha em ser medica, mas onde mora não tem universidade, então, o mais próximo desse sonho, foi fazer técnico em enfermagem. O lugar mais distante...