53 - Acertos

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Este capítulo contém cenas de violência. Sugiro cautela. 😉

Glória Momentos antes, no carro

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Glória
Momentos antes, no carro.

Estamos numa discussão, onde todos falam e não chegamos a lugar nenhum. O capanga do Tales aponta uma arma em nossa direção e e acabo tendo um pequeno desmaio.

— Glória, acorda, por favor. — Volto a consciência com a voz da Silvia, chorando e tocando meu rosto.

— Ela só tá fingindo. — O mesmo homem continua a falar. Nesse momento, o que está na direção, pede calma ao colega e não é atendido, o tal Maguila continua a nos insultar.

— Quero ver o que o Xeique vai fazer com você. Se esfregando em machos, sendo mulher de dono de morro. Muito puta mesmo.

— Pare de falar merdas seu pau mandado, filho de uma puta. Ou você para esse carro, ou quem morre hoje é você.  Eu terei o prazer de enfiar uma bala em seus cornios. Digo devagar e baixo.

Todos ficam olhando e ele aparentemente fica ainda mais irritado e tenta me acertar no rosto, ergo o braço, onde levo o soco.

As meninas começam a gritar, o que diminui a nossa velocidade e os dois homens de moto que seguiam o carro, percebem a confusão, nos fazendo parar e apontando a arma para ele.

Momentos depois, o tal Maguila é retirado do carro, e o motorista faz um retorno rápido, seguindo para o hospital.

Chegamos ao hospital, e logo sou atendida. A Taina pagou à vista o atendimento, e então descubro que não foi nada grave, o bebê está bem, só um susto.

Só então desabo no choro. Estou tão nervosa com tudo que aconteceu.

E não consigo falar com ele. As meninas tentam seus namorados e nada. O dia que era pra ser inesquecível, se tornou um pesadelo.

Já tinha sido medicada e ficaria só mais algumas horas em observação para confirmar que a pressão estabilizou.

— Então? Conseguiu falar com o Bodão? — Pergunto a Silvia, que parece bem irritada.

— Não. Se ele foi transar com alguma puta pra me atingir, estará tudo terminado entre a gente.

— Digo o mesmo em relação ao Xeique. Se ele foi tão canalha assim, e nem me deixou explicar
que não houve nada com os dançarinos, e já foi me trair, nem entro nesse casamento.

— Calma, as duas. Devem ser de família, né? Chutar o balde sem saber direitodas coisas. — Tainá se aproxima falando.

— Olha quem fala? — A Silvia diz.

— Vou tentar mais uma vez falar com alguém e diferente de vocês duas, eu não terminaria com o Sorte, se ele me trair, eu só o mataria, simples assim.

Ela diz com um sorrisinho fofo no rosto e a mão na barriga. Pela primeira vez, após o pesadelo, caímos na risada.

A enfermeira me traz uma refeição, as meninas saem para comer na lanchonete e quando estou terminando, recebo uma mensagem de um número desconhecido.

Sem Saída: Crime Organizado Onde histórias criam vida. Descubra agora