44 - Vou atirar em você

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Glória

Estou com os braços cruzados, mas o coração a mil. Vou descobrir tudo o que houve entre ela e o Tales ,oh não me chamo Glória.

- Eu quem pergunto. - Olho meu relógio no pulso. - Mais de uma hora de atraso? E segundo informações, isso é uma rotina comum por aqui.

- Foi aquela fofoq- Corto sua fala e me levanto.

- Vamos parar a encenação. Você sabe o porque estou aqui.

- Não sei do que está falando. Se não tem nada para falar sobre o meu serviço, com licença, mas eu preciso trabalhar.

- Sério? Pare de bancar a funcionária do mês. O que você realmente está procurando aqui, Marília? Põe acaso é se tornar a senhora Teles? Sugiro desistir e pegar seu rumo.

Ela sorri ironicamente e me encara com raiva. - Você não manda aqui. Até onde eu sei, não passa da atual namorada dele, o Tales é solteiro.

Vê-la falando dele de forma tão íntima, me deixa irada. - Você acha que está em alguma posição pra falar comigo assim, não é mesmo? Acho que não sabe onde está se enfiando.

- Vamos ser realista aqui. Você não é mulher suficiente para ele. - Ela aponta para mim.

- E por chegar nessa conclusão, você acha que vou me afastar e deixar que você seja a mulher ideal para ele?

- Não sei o que você vai fazer. Mas até alguns dias atrás ele era solteiro, o que me leva a crer que a relação de vocês, não seja tão estável assim.

- Você não tem que fazer pré-julgamento da minha relação com o seu chefe. Mas me responde uma coisa. A decisão de tentar seduzi-lo partiu do nada?

- Você sabe que não. Tivemos um caso. - Ela mexe nos cabelos, tentando passar segurança em suas palavras.

- Eu sei que foi apenas uma noite. Não precisa mentir pra mim. - Ela me olha surpresa.

- Como pode ter tanta certeza? - Ela vem se aproximando da mesa.

- Eu sei de tudo. Não precisa fingir. E você pensou; ele é um homem bonito, rico, o candidato perfeito, mas se esqueceu que ele tem a mim. Não estou disposto a dividir o meu homem com uma puta.

- O que não quer dizer muita coisa. Desculpa, mas quando ele me falou sobre você, lá no quarto da cobertura dele. - Ela dá um sorrisinho. - Eu imaginei alguém mais apropriada, não uma mulher com aspecto doente.

A forma que ela fala da minha aparência, quase me deixa abalada, mas me mantenho firme.

- Para você ver. Mesmo eu tendo essa aparência, ele te dispensou. O silicone, aplique e extensão de cílios, não foram suficientes, né mesmo?

Ela fica furiosa, seu rosto ganha uma coloração avermelhada. Na minha condição física, se ela me atacar, eu saio perdendo. Mas o que ela não sabe, é o que tenho comigo, preso em meus cos e não terei nenhum problema em usa-lo nela.

- Ele não tem a mesma opinião que a sua, já que não reclamou do boquete.

- Você é tão baixa. Insistir em tomar o companheiro de outra mulher. Uma puta, isso que você é.

E quando eu termino de falar, ela vem pra cima de mim, eu a empurro com os pés e ela se desequilibra por causa do salto alto e cai sentada, eu consigo me levantar rapidamente, me ajiemhoneobrensuas pernas e seguro em seus cabelos.

-Eu passei um inferno por causa desse homem. Não foi culpa dele, mas por quem ele é de verdade.

- Me solta. Saia de cima de mim. Está me machucando.

Sem Saída: Crime Organizado Onde histórias criam vida. Descubra agora